quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

A Lei 11.645/08 em Ünkunahpó: Desenforme

Ünkunahpó -"Desenforme" Documentário que discute aplicação da Lei 11.645/08, que determina o ensino das Culturas dos povos Indígena nas salas de aula.

O Ponto de Cultura, Km 30, localizado em Embu das Artes, interior de São Paulo, já exercia atividades através da Associação de amigos de Bairro das Chácaras Batira. Por meio do trabalho, cujo objetivo é dar oportunidade para que a comunidade local efetive suas potencialidades na reflexão e construção de sua identidade, o Ponto de Cultura Km 30 é um dos vinte Pontos de Cultura que venceram o prêmio do Edital do Laboratório Cultura Viva, para a produção de quatro documentários que serão exibidos na Revista Digital Cultura Viva.

"Quando vimos o Edital, decidimos fazer algo sobre a diversidade dos Pontos de Cultura que são nossos parceiros.

Diretor Adolfo Borges, Bu'ú e Antonio
Estamos fazendo uma série de documentários sobre esses três Pontos de Cultura parceiros, e um sobre o nosso próprio Ponto, o Km 30", falou Eunice Silva, coordenadora do Ponto de Cultura Km 30.

Bu'ú e Profº Antonio Reis

"Desenforme" dá nome ao segundo documentário ou "Ünkunahpó" traduzindo da língua do povo indígena Ye´pamahsã (Tukano). Este documentário discute atividades de como aplicar a Lei 11.645/08, que determina o ensino das Culturas dos Povos Indígenas e Afro-Brasileira nas salas de aula das escolas publicas e privadas de todo o Brasil desde 2008 e como os professores devem se preparar através das artes indígnas, meio ambiente, línguas, tradições indígenas e História sobre os Povos indígenas. No documentário Também falamos das dificuldades dos professores de determinadas disciplinas, como História, que são obrigados a ensinar sobre as Culturas Indígenas e Negras, mas que não têm acesso a material ou preparo adequados para isso", falou Eunice.

As pesquisas para o Ünkunahpó contam com a colaboração do indígena Bu'ú Ye'pamahsã (ator, artista plastico e defensor da lei 11.645/08) e do Profº Dr.Antonio Reis(Doutor em História pela USP). As gravações foram realizadas em outubro de 2011, na cidade de Cotia, São Paulo- Brasil, mas ainda não tem data de seu lançamento.

informações:

http://pontodeculturakm30embu.blogspot.com/ e www.cinemaartes.com
Veja mais/ fonte http://labculturaviva.org/node/1000

Fonte: http://www.cinemaartes.blogspot.com/

O MORANDUBA TUPI DE JOUBERT DI MAURO

O estimado Joubert DI Mauro é professor da língua Tupi. Conhecimento este que disponibiliza via online. Veja o endereço abaixo de como acessar. Vale muito que faça a navegação no link: http://www.painet.com.br/joubert/index.html


Sempre, carinhosamente ele me envia o seu Bolteim eletrônico: MORANDUBA TUPI -, o mesmo ela faz com quem está cadastrado. O idioma Tupi vernaculizou a língua "portuguesa" em mais de 12 mil palavras. Falmos Tupi no dia dia e não nos percebemos disto - muitas das vezes. Modestamente tenho tentado fazer o que diz em upi: mojar cecê: "unir o que foi cortado".
O professor Joubert Di Mauro tem feito muito.



Visite sua página!

Se for estudante, pesquisador(a), professor(a), escritor(a)... terá imenso prazer!

Leia abaixo o Moranduba Tupi nº 28 que ele me enviou para o nosso e-mail:


MORANDUBA TUPI - Info 28 - OUTUBRO/NOVEMBRO/2011

Olá meus amigos cadastrados no Moranduba Tupi, é com prazer que lhes envio o Informativo 28. Aproveito para agradecer a boa vontade de todos e a receptividade que demonstram para com nosso Informativo.


NESTE NUMERO
Enviado pelos Leitores
Videos
Povos do Xingu: http://www.youtube.com/watch?v=YgtC93oUfNU
Notícias Indígenas
Notícias Socioambientais
ISA - Texto do Antropólogo Eduardo Viveiros de Castro
Cursos
Livraria: A Livraria BVHM (Livraria Biblioteca Virtual Haroldo Mauro) será inaugurada em breve em Piacatuba, distrito de Leopoldina, em Minas Gerais, próximo de Cataguases com o novo nome de Biblioteca Municipal Haroldo Mauro de Piacatuba.
Livros

ENVIADO PELOS NOSSOS LEITORES

COMECE VISITANDO O SITE ABAIXO PARA OUVIR MUSICA PARAGUAIA

http://pedromusicaepensamento.blogspot.com/

E escutem uma música Paraguaia em guarani muito bonita.

Pedro Alvares

E AINDA

Assista este vídeo e repasse:

http://www.youtube.com/watch?v=ulgsL-k9tXQ&feature=related

A sociedade precisa conhecer o sofrimento que passa o povo Guarani do Morro dos Cavalos.

Agradeço.

Pedro

AINDA:
Caro professor Joubert,
nosso: www.jornalporanduba.com - 2a.Edição, já encontra internet, inclusive trás uma matéria sobre descendentes dos Kariris no Rio Grande do Norte.
Grand abraço
Rubens Coelho

Meus Amigos,
Acabei de ler e assinar este abaixo-assinado online:
«pela demarcação do território indígena do SANTUÁRIO DOS PAJÉS»

http://www.peticaopublica.com.br/?pi=P2011N16684

Eu concordo com este abaixo-assinado e acho que também concordaras.
Assina o abaixo-assinado aqui http://www.peticaopublica.com.br/?pi=P2011N16684 e divulga-o por teus contatos.
Obrigado.
Júlio Alba
Amig@, se possível visite este link e, comente, se desejarar.
Muito grato,

http://ademarioar.blogspot.com/2011/12/curso-historia-da-bahia-historia.html
Ademario Souza Ribeiro

http://ademarioar.blogspot.com
Pedagogo - Universidade Federal de Ouro Preto - UFOP
Diretor Teatral - DRT 443/78
Escritor (poeta e teatrólogo)
Extensão em Desenvolvimento Territorial Sustentável/Gestão Territorial - UEFS
Extensão em Responsabilidade Social na Gestão Ambiental - CRA
Colaborador de Quilombos
Pesquisador dos Povos Indígenas



Marcelo Lucena me mandou o seguinte email da Cristina Portella contendo outros vídeos que também devem ser vistos. Abaixo: "Vocês, com certeza, já ouviram falar neste absurdo que é a construção da usina hidrelétrica de Belo Monte. Não basta a memória do rio São Francisco, nem da absurda Transamazônica...'eles', que nunca nos consultam, insistem.
A construção de Belo Monte vai devastar toda a região do Xingu, para operar com 1/3 da sua capacidade, pois a região não tem chuva durante 80% do ano.
É isso que chamam de desenvolvimento?? Tristeza.
Bem, depois podem ser plantadas novas mudinhas de espécies nativas, fazer mais um museu em memória dos índios que se foram, instalar uma CPI para apurar os desvios de verba ou os contratos irregulares e etc, etc. etc..
O depoimento das lideranças indígenas me emocionou, o dos artistas da Globo traz informações e me surpreendeu como mobilização que pode, sim, atingir mais gente.
Pra quem não viu ainda, queria dividir com vcs:
o depoimento das lideranças indígenas:

http://www.youtube.com/watch?v=dit1y0QUDcI&feature=player_embedded

Reunião de mais de 300 lideranças indígenas de 18 etnias diferentes da Bacia do Xingu com lideranças do Movimento Xingu Vivo Para Sempre na aldeia Piaraçu (MT) para discutir os impactos que a construção de Belo Monte representa para seus modos de vida. Unidos pelo Xingu, unem forças para resistir à Belo Monte, marcado por ilegalidades no processo de licenciamento ambiental e por violações de direitos humanos.
o depoimento dos artistas da Globo
http://www.youtube.com/watch?v=TWWwfL66MPs

Moramos todos no mesmo planeta, mas a causa ambiental me parece ser uma das mais difíceis das pessoas abraçarem, é sempre um problema "longe daqui", em "outro lugar", um problema "do outro". Por que será?
Cristina Portella"

OUTROS VIDEOS
http://www.youtube.com/watch?v=_A9KOROO7B0
http://www.youtube.com/watch?v=KGqmM1uzCbE
http://www.youtube.com/watch?v=-bqB5M4LLuE

VEJA OS VIDEOS NOVAMENTE

Os videos abaixo são muito importantes para que se tenha uma boa idéia da luta dos nossos índios através de suas entidades representativas. A inteligência de suas lideranças e a força arrasadora de seus argumentos são notáveis. Vale acima de tudo comparar o discurso destes líderes indígenas, sua lógica, sua sinceridade, sua força, sua verdade com os discursos das "autoridades" em geral, a que estamos acostumados ver diariamente na mídia. Clique em cada um por vez. O título do documentário é de uma canção que o povo Xucuru-kariri cantava em Pernambuco numa manifestação:

"Pisa ligeiro...pisa ligeiro...
quem não pode com a formiga...
não assanha o formigueiro"

No filme as lideranças contam como estão se organizando politicamente para atuar. Pisa Ligeiro está sendo considerado o filme do movimento indígena (pelos seus líderes)
O Documentário é de Bruno Pacheco de Oliveira.
DIVULGUEM! E MANDEM COMENTARIOS PARA INSERIR NOS PROXIMOS NUMEROS DO INFORMATIVO.

http://www.youtube.com/watch?v=FyvLGui2BXU
http://www.youtube.com/watch?v=pA3FsWwPZGY
http://www.youtube.com/watch?v=dVUjDluOoyg&NR=1
http://www.youtube.com/watch?v=xpWURauewD4

Clique em cada um por vez. Alguns são parecidos, mas são diferentes. Não deixe de ver integralmente os videos. As organizações que participam e apoiam este Documentário produzido pelo MUseu Nacional e Ufrj foram as seguintes:
COIAB - CIVAJA - FOIRN - APOINME - CIR- CGTT - CUNPIR - UNIACRE

"A libertação dos povos indígenas deverá ser feita por eles mesmos, ou não será libertação" Declaração de Barbados 1971"

NOTICIAS INDIGENAS


Indígenas permanecem sem respostas concretas após negociação sobre Belo Monte
Das 18 demandas apresentadas pelos indígenas ao governo, boa parte ficou sem resposta concreta. Em tarde conturbada, movimentos sociais e sociedade civil foram proibidos de participar de reunião que tratou do descumprimento das condicionantes para a construção da usina de Belo Monte, no Rio Xingu (PA). Até mesmo funcionários da Funai foram convidados a se retirar. A proposta de retirada dos observadores partiu do governo e foi acatada pelos indígenas.

Mais de 200 indígenas das etnias Xipaya, Xikrin, Kuruaya, Arara, Juruna, Assurini, Araweté, Parakanã e Kayapó se reuniram em Altamira (PA), no dia 1º de dezembro, para cobrar respostas sobre o cumprimento de medidas relacionadas aos impactos gerados pela usina de Belo Monte, no Rio Xingu (PA), em suas aldeias. Junto aos índios, representantes de movimentos sociais da região e da sociedade civil aguardavam as justificativas oficiais em relação ao desrespeito do governo e da Norte Energia (Nesa) - consórcio vencedor do leilão de Belo Monte - em relação à obra até que foram expulsos do local.

Reunião entre índios e governo na Casa do Índio, em Altamira, aconteceu com a exclusão do movimento social

A opção dos indígenas - por medo de perder o raro espaço de interlocução com o governo - foi a de seguir a indicação e retirar do local os observadores presentes na Casa do Índio de Altamira. "Fiquei surpreso ao ver que uma das condições do governo democrático e popular, eleito pelo povo, tenha sido a exclusão (para não dizer expulsão) do movimento social da reunião entre os índios e representantes da Presidência da República. A impressão que se teve foi de que o governo não queria que se soubesse que tipo de "negócio" estava sendo feito entre a Nesa e os povos indígenas - que estão certamente entre as principais vítimas de todo o processo", diz o antropólogo do Museu Nacional do Rio de Janeiro, Eduardo Viveiros de Castro, um dos convidados a sair do local.

Índios Xikrin enviam carta de apoio à atuação do MPF no caso Belo Monte


Mensagem é uma resposta às acusações da AGU contra o procurador Felício Pontes, que atendeu a um convite dos índios para falar dos impactos da hidrelétrica em outubro.
Os índios Xikrin do Bakajá, da TI (Terra Indígena) Trincheira-Bacajá (PA), enviaram ao MPF (Ministério Público Federal), em Altamira, uma carta em que expressam apoio à atuação da instituição no caso da hidrelétrica de Belo Monte. No documento, eles relatam as reuniões que tiveram em outubro com o procurador da República Felício Pontes para tratar dos impactos da usina sobre o Rio Bacajá, onde vivem.

"Os anciãos, as mulheres e os jovens das aldeias vivem preocupados com o futuro da comunidade e do nosso Rio Bacajá, por causa de Belo Monte. Muitas equipes da Eletronorte, Funai e Norte Energia visitaram as aldeias, fazendo muitas promessas, dizendo que a gente vai ter emprego, que vai ter melhorias para a comunidade. Mas ninguém esclarecia sobre a barragem e seus impactos", afirma o texto.

"Até hoje os estudos sobre o que vai acontecer estão em andamento. Belo Monte esta sendo construída, a gente ainda não sabe o que vai acontecer com a nossa vida e em nosso rio e nenhuma daquelas promessas foram cumpridas", diz a carta, assinada pelas lideranças da Associação Beby Xikrin.

A TI Trincheira-Bacajá fica às margens do Rio Bacajá, um tributário do Xingu que deságua na Volta Grande, onde o volume de água deve ser reduzido entre 80% e 90% por causa das barragens de Belo Monte. Os Estudos de Impacto Ambiental foram entregues em 2009 e os Xikrin deverão ser afetados pelo empreendimento. Apesar disso, até hoje os impactos e as respectivas compensações ainda não foram esclarecidos.
Quando convidaram o MPF para conversar sobre a situação, os Xikrin estavam já há dois anos tentando obter informações do governo e do empreendedor. "O medo do que pode acontecer com a gente e a necessidade de conhecer nossos direitos e o que a gente pode fazer para se defender, levou nossa comunidade a convidar mais uma vez o procurador Felício Pontes. Ele é o advogado do povo indígena, conhece nossos direitos", aponta a carta.


Abaixo-assinado em defesa dos Guarani-Kayowá é entregue no Ministério da Justiça

Na última sexta-feira, 9/12, o ISA protocolou a entrega do abaixo-assinado contendo 2 184 assinaturas ao Ministério da Justiça. A cyberação pede à autoridades a rigorosa apuração das violências contra os Guarani Kayowá de Mato Grosso do Sul, que vêm crescendo e culminaram com um ataque de pistoleiros em 18 de novembro ao acampamento Tekohá Guaiviry, no município de Aral Moreira (MS). Os corpos do cacique Nísio Gomes e de mais dois indígenas continuam desaparecidos.

Esse ataque ao acampamento Tekohá Guaiviry, em Mato Grosso do Sul, engrossou a lista de crimes cometidos contra os Guarani-Kayowá. Segundo dados do Relatório de Violência contra os Povos Indígenas naquele estado, produzido pelo Conselho Indigenista Missionário (Cimi), entre 2003 e 2010 ocorreram 253 assassinatos de indígenas.
Até agora foram realizadas três prisões, mas o caso não está resolvido. Os corpos dos indígenas feridos continuam desaparecidos.


NOTICIAS SOCIOAMBIENTAIS


Projeto de gestão sustentável em terras indígenas terá apoio do Governo alemão
A Fundação Nacional do Índio e o Banco Alemão de Desenvolvimento (KfW) estão, mais uma vez, construindo um projeto de cooperação para implementação de ações voltadas à gestão sustentável das terras indígenas brasileiras pelos povos que nelas habitam. Pela primeira vez no Brasil, o Dr. Ulrich Schröder, presidente do grupo bancário KfW, juntamente com outros representantes da instituição, visitou a Terra Indígena Waimiri Atroari (AM), nos dias 25 e 26 de outubro.

A delegação alemã foi acompanhada pelo presidente da Funai, Márcio Meira, para conhecer um pouco mais sobre os povos indígenas brasileiros, sobre o trabalho da fundação e explorar nova possibilidade de parceria, por meio do "Projeto de Proteção e Promoção dos Povos Indígenas do Brasil". O Governo alemão já se comprometeu a doar 8 milhões de Euros para este projeto, ainda em elaboração, e está estudando a possibilidade de aumentar esse valor e também de conceder um empréstimo ao Governo brasileiro.

Funai atua para ampliar acesso de indígenas a documentos básicos

Documentos como certidão de nascimento, RG, CPF etc, são a porta de entrada para muitos direitos. Para ter acesso a esses documentos, porém, os povos indígenas brasileiras enfrentam mais dificuldades do que o restante da população. A distância entre as aldeias e os órgãos de registro ou a recusa - por parte dos cartórios - em emitir certidões de nascimento com nomes indígenas, por exemplo, são alguns deles.

Os índios não precisam de autorização da Funai para obter sua documentação, mas a Funai atua sempre para facilitar a documentação dos indígenas. Os problemas encontrados pelos indígenas no acesso a documentação básica, e a forma como a Funai pode enfrentá-los, foram tema de um dos debates da Sétima Oficina Regional de Capacitação sobre Segurado Especial e Políticas de Promoção e Proteção Social para os Povos Indígenas, promovida pela Funai, entre os diauas 28 de novembro e 2 de dezembro, na cidade de Fortaleza, Ceará. No evento, cerca de 70 servidores de 5 coordenações regionais da Funai relataram dificuldades encontradas pelos índios de sua região e trocaram experiências.

Indígenas participaram da 3ª Conferência Nacional de Políticas para as Mulheres


Terminou ontem (15) a 3ª Conferência Nacional de Políticas para as Mulheres que aconteceu em Brasília. Cerca de três mil mulheres estiveram reunidas para discutir e elaborar políticas voltadas às cidadãs brasileiras. As mulheres indígenas foram representadas por 32 delegadas de diversas etnais e 11 convidadas.

Nos três dias de Conferência, foram discutidos temas como a autonomia econômica feminina, a maior participação das mulheres na política e o fim da violência contra as mulheres. O evento é o resultado de um processo participativo que mobilizou mais de 200 mil mulheres em todo o país e consolidou as propostas das conferências estaduais e municipais que começaram em 1º de julho deste ano. Também foram definidas as responsabilidades do governo federal frente às demandas apresentadas pelos municípios.

As principais proposições levantadas pelas mulheres brasileiras nas conferencias municipais, em mais de dois mil municípios de todas as regiões do país, são sobre ampliação da rede de apoio as mulheres, como mais creches e mais vagas nos postos de trabalho ampliação da licença maternidade, formalização de trabalho domestico e fortalecimento da rede de enfrentamento à violência contra as mulheres.

DIRETO do ISA - INSTITUTO SOCIO-AMBIENTAL


Por Eduardo Viveiros de Castro

"As culturas indígenas não estão fundadas no princípio de que a essência do ser humano é o desejo e a necessidade. Seu modo de vida, seu "sistema" de vida, no sentido mais radical possível, é outro. Os índios não rezam pelo sistema econômico-religioso ocidental que consiste em tirar das pessoas o que elas têm e fazê-las desejar o que não têm - sempre. Outro nome desse princípio é "capitalismo", ou "desenvolvimento econômico". Esta é a velha história bíblica da falta e da queda, da insaciabilidade infinita do desejo humano perante os meios materiais finitos de satisfazê-los.

O desenvolvimento é sempre suposto ser uma necessidade antropológica, exatamente porque ele supõe uma antropologia da necessidade: a infinitude subjetiva do homem - seus desejos insaciáveis - em insolúvel contradição com a finitude objetiva do ambiente - a escassez dos recursos. Estamos no coração da economia teológica do Ocidente, como tão bem mostrou Marshal Sahlins; na verdade, na origem de nossa religião do "desenvolvimento". Mas essa concepção econômico-teológica da necessidade é, em todos os sentidos, desnecessária. O que precisamos é de um conceito de suficiência, não de necessidade.

Contra a teologia da necessidade, uma pragmática da suficiência. Contra a aceleração do crescimento, a aceleração das transferências de riqueza, ou circulação livre das diferenças; contra a teoria economicista do desenvolvimento necessário, a cosmo-pragmática da ação suficiente. Os índios são os senhores da imanência. Que transcendência temos nós, os orgulhosos brasileiros, supostos representantes da Razão e da Modernidade, a oferecer a eles, neste desanimador começo de século? É mais fácil os índios nos libertarem que nós irmos libertar a eles. Pelo menos em espirito."

Além do excelente noticiario do ISA apresentamos um Site importante. Basta clicar em http://www.socioambiental.org/loja/

ISA lança o mais completo site sobre Terras Indígenas


De Olho nas Terras Indígenas traz informações organizadas pelo Programa de Monitoramento de Áreas Protegidas do ISA sobre cada uma das 669 Terras Indígenas (TIs) existentes no País. O site é o primeiro passo em direção a uma plataforma digital com a qual indígenas e não indígenas poderão colaborar diretamente.

O painel de indicadores socioambientais de TIs De Olho nas Terras Indígenas reúne dados comparativos sobre temas como pretensão minerária, direitos territoriais, desmatamento e sociodiversidade, apresentados na forma de mapas, gráficos dinâmicos e rankings. São informações sobre os 238 povos indígenas que vivem em 669 Terras Indígenas, somando uma população de cerca de 560 000 pessoas.


Curso Novo


Baseado no nosso Livro "O Tupi na Gastronomia Brasileira". Já temos um bom número de alunos. Solicite sua inscrição e receba as aulas anteriores. O Curso é grátis, por email e não é um curso de receitas.
O objetivo é valorizar, através do Tupi, nossa rica e criativa gastronomia, incluindo pratos, comidas, bebidas, condimentos e objetos de cozinha. Também Já temos o Curso em CD, além de outros. Veja a seguir.


Curso De Tupi


Para quem não tem recebido as aulas basta solicitá-las por email. Quem participou das doze aulas de Tupi deve solicitar o Certificado de Participação no Curso Completo de Tupi.

Cds

CD: "O TUPI NA GASTRONOMIA BRASILEIRA" (primeira parte:pratos e comidas)
CD: "Pequeno Dicionário em Tupi de Plantas e Frutas Comestíveis e Medicamentosas"
CD: "Mitos do Povo Tupi" (redigidos em português e tupi)
CD: "Curso Completo de Tupi em doze lições, o Vocabulário Português-Tupi e oito cantigas indígenas."
Consultas em tupi@painet.com.br

LIVRARIA E BIBLIOTECA VIRTUAL MORANDUBA TUPI:
email: joubert@ism.com.br

- A Livraria BVHM (Livraria Biblioteca Virtual Haroldo Mauro) será inaugurada em breve em Piacatuba, distrito de Leopoldina, em Minas Gerais, próximo de Cataguases com o novo nome de Biblioteca Municipal Haroldo Mauro de Piacatuba.

- A Livraria BVHM oferece: http://www.leblon.net/joubert/biblioteca.html
Livros para todos...milhares de volumes para consulta,aluguel,compra e venda...tudo em torno do livro.

- Do Professor José Takehara: Gramática de Nheengatu em Esperanto; O dicionário Esperanto-Tupi e diversos Contos em Esperanto e Tupi; e ainda a Gramática Nheengatu em Português. O Professor Takehara é tupinólogo e esperantista.

sociVisite também: http://www.leblon.net/joubert/vinhoarte.html
para conhecer os cursos de Vinhos Básico e de Degustação;
Curso de Arte para Leigos. E Solicite o novo Informativo de Vinho e Arte.oambiental | notícias socioambientais | loja | fale com a gente
©
- LIVRO: "BOM DIA AMÉRICA DE 500ANOS"
Isaura Amélia de Sousa Rosado Maia e Lucina Hermila Guerra
...negros, índios e europeus que contribuíram para a formação cultural do povo potiguar...
(enviado pelo JORNALISTA RUBENS COELHO editor do Poranduba de Mossoró)
Consultas em: rubenscoelho@hotmail.com

- Do Jornalista Rubens Coelho: Jornal PORANDUBA - Não deixe de solicitar no email:rubensfcoelho@hotmail.com

- Do Dr. Antonio Carlos Peixoto o Livro PORTO BELO/Santa Catarina (1500/1600) Primeiro Volume. Fundamental para quem se interessa pela presença pouco conhecida, mas marcante, dos índios no Sul do Brasil. JÁ SAIU TAMBEM O SEGUNDO VOLUME!: PORTO BELO/Santa Catarina(1600/1700) Abandono. Vem aí o Terceiro Volume.

- Não deixe de Visitar as Pensamentações de Ademario Ribeiro em: http://ademarioar.blogspot.com/
Ademario Ribeiro - Sertanejo das Terras dos Payayá, filho de Amélia Souza Ribeiro Ribeiro e de Alberto Severiano Ribeiro (in memoriam)... Escritor (poeta e teatrólogo), diretor teatral, educador ambiental, pesquisador dos povos indígenas e pedagogo.


obs.: muitas vezes omitimos a acentuaçao das palavras
abraços
joubert

Sites do Prof. Joubert:


www.leblon.net/joubert/novosite.html
http://www.leblon.net/joubert/novosite.html NOVO!
http://www.painet.com.br/joubert ANTIGO!
Mande o endereço e RECEBA pelo correio:

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Curso de Tupi/Vocabulário Português-Tupi/ 8 Cantigas Indígenas - CD (R$20)
Como Degustar o Vinho - CD (R$15)
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Coleção Lendas do Povo Tupi - Livro (R$10)
Hino Nacional Brasileiro em tupi - gratis em: http://www.leblon.net/joubert/hinotupi.html

ATENÇÃO para os CURSOS grátis e por email:

Estudos Culturais:
- Curso Experimental: O Tupi na Gastronomia Brasileira (primeira parte) Novo!
- Curso de Tupi em 12 Lições e Gramática Nheengatu organizada pelo Prof.Takehara
- Curso de Vinhos Básico e/ou "Como Degustar o Vinho"
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esculturas e pinturas os movimentos, as escolas, as tendências. O
artista e seus dilemas. Aprenda a Ler uma Obra de Arte.
- Curso de Cachaca com Seresta (aguarda inscrições para começar)

Estudos Interdisciplinares: (ainda em formatação)
- Curso de Turismo e Desenvolvimento Rural
- Curso de Comercio Exterior
- Aperfeicoamento em Estudos Internacionais

OUTROS ASSUNTOS DE INTERESSE ENCONTRADOS NO SITE

Programa de Estudos Multiculturais e Interdisciplinares
Estudos Interdisciplinares: Para Interessados na Era da Globalizacao.
Glossario de frutas brasileiras em construção: no site
Dicionario de mulheres ilustres do brasil em construção: no site
Arte e Entretenimento conheça no site:
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Tecnologia de agua e alimentos
Teatro e TV parentes e amigos ilustres
"Ecogenia Marxista" (A mulher no Centro do Universo Economico) Leia
no Site a Apresentacao do Livro do Prof.Joubert.

Endereço do site Novo do Prof.Joubert: http://www.leblon.net/joubert/novosite.html
Endereço do site de Gastronomia ainda em construção: http://www.leblon.net/joubert/gastronomia/index.html
Endereço do site de Vinho e Arte ainda em construção: http://www.leblon.net/joubert/vinhoearte/index.html
O anterior, embora desatualizado, ainda vale uma visita de reconhecimento: http://www.painet.com.br/joubert
Seja parceiro em:
http://www.publipt.com/pages/index.php?refid=tapejara

Crédito da foto: http://www.painet.com.br/joubert/tupy.html

quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

ARUANÃ, ONG DA TRANSFORMAÇÃO

Fico bastante contente que a ONG ARUANÃ - Associação para Recursos Ambientais e Artísticos, tenha uma nova diretoria e contente porque fica claro de que ela como foi concebida, fundada e mantida prova-nos de tem forte seu símbolo de transformação, superação.A ONG ARUANÃ tem como logomarca, uma árvore decepada pela moto-serra da ignorância, do desamor, do desfiliamento. Mas o seu “broto” é a esperança. É o que pode ser resgatado, transformado, transmutado. É floração enramando e se encipoando na Teia da Vida! Então o “Broto” tem um significado que a destingue.

O novo mandato (2011 - 2013):


DIRETORIA EXECUTIVA
1. YÃ BOMFIM RIBEIRO – PRESIDENTE
PROFISSÃO: TÉC. ADMINISTRATIVO/GRADUANDO EM ENGENHARIA AMBIENTAL
2. LILIANE BOMFIM DOS SANTOS SOARES – DIRETOR SECRETÁRIO
PROFISSÃO: GRADUANDA EM ENGENHARIA AMBIENTAL
3. LORENA ANATÓLIO CERQUEIRA RAMOS – DIRETOR FINANCEIRO
PROFISSÃO: CONTADORA
4. MAÍLSON LUIS VITORINO SILVA – DIRETOR DE PROJETOS E PESQUISAS
PROFISSÃO: ENGENHARIA DA COMPUTAÇÃO

CONSELHO FISCAL EFETIVOS
1. LECI ANATÓLIO CERQUEIRA
PROFISSÃO: PSICOPEDAGOGA/ESPECIALISTA EM AT. FISICA E SAÚDE
2. TÂNIA CARVALHO DE SOUZA
PROFISSÃO: PROFESSORA
3. ADEMARIO SOUZA RIBEIRO
PROFISSÃO: DIRETOR TEATRAL E PEDAGOGO

CONSELHO FISCAL SUPLENTES
4. CASSIA FIRMO DE OLIVEIRA
PROFISSÃO: PEDAGOGA
5. MÁRCIA TEIXEIRA BARBOSA BOMFIM
PROFISSÃO: DOMÉSTICA
6. MARTA REJANE LOPES CARVALHO
PROFISSÃO: ARTESÃ

ARUANÃ – Associação para Recursos Ambientais e Artísticos, fundada em 01.10.86, em Simões Filho, Estado da Bahia, é uma pessoa jurídica de direito privado, sem fins econômicos, com Utilidade Pública Estadual e Municipal que atua com equipe multidisciplinar nas áreas das políticas públicas com foco para projetos socioeducativos, capacitação de professores, educação de jovens e adultos, educação ambiental, manifestação cultural e oficinas artísticas com ênfase para o teatro.

PRINCÍPIO GERAL:

Contribuir para a formação de atitudes e valores que mobilizem e organizem pessoas e coletivos a compreenderem a interdependência humano-natureza, motivando funções sociais cada vez mais responsáveis.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS:

Fomentar as Políticas Públicas através de projetos sócio-educativos, contemplando as camadas mais carentes, otimizando a educação sanitária e ambiental, formando cidadãos, atores sociais responsáveis;
• Capacitar Jovens com vistas à sua inserção no mercado de trabalho;
• Capacitações pedagógicas;
• Fomentar e apoiar ações e projetos voltados à Reciclagem e à capacitação de pessoas nesta temática com foco econômico e socioambiental;
• Produzir Arte e Cultura com vistas, a ressignificação, interpretação e valorização da nossa Identidade Étnico-Cultural;
• Apoiar, promover e ou realizar atividades que ampliem a reflexão crítica da Relação do Humano e seu Meio, do Local ao Global;
• Reinserir Crianças e Jovens junto às suas famílias, fortalecendo seus vínculos, favorecendo a ampliação da sua auto-estima e conscientizando-os da importância de sua permanência e ou reingresso na educação formal.

Sua participação em alguns coletivos

Fórum Brasileiro de ONGs e Movimentos Sociais pelo Meio Ambiente e Desenvolvimento - FBOMS;
• Conselho Municipal da Assistência Social;
• Fórum Estadual Lixo & Cidadania;
• Rede Brasileira de Educação Ambiental - REBEA;
• Titular no Comitê Gestor da APA Joanes – Ipitanga;
• APEDEMA - Assembléia Permanente das Entidades em Defesa do Meio Ambiente;
• Titular da cadeira de Meio Ambiente do Território Metropolitano de Salvador - TMS;
• LIGAMBIENTE;
• Cadastro Estadual de Entidades Ambientalistas – CEEA/IMA...

quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Memórias Reveladas das Lutas Políticas na Bahia


O Estado da Bahia através da Fundação Pedro Calmon e o Centro de Memória da Bahia, ógãos da SECULT - Secretaria de Cultura desse Estado, dá um passo de relevância social, política e cultural ao lançar seu Projeto MEMÓRIAS REVELADAS DAS LUTAS POLÍTICAS NA BAHIA (1964 - 1980).


Oportunidade de relevo para que baianos e brasileiros como um todo, possam prestigiar, participar e apoiar tal iniciativa no sentido da construção plural da Memória de Tod@s nós! Também oportuno, parabenizar a FPC e CMB por mais esta contribuição singular no Estado, nas pessoas de Dr. Ubiratan Castro e Drª Jacira Primo.

(AR)


Convite:


A Fundação Pedro Calmon convida para o lançamento do projeto Memórias Reveladas das Lutas Políticas na Bahia (1964-1985), em 16 de dezembro, às 18 hs, no Palácio Rio Branco.
Segue anexo convite de lançamento.

Atenciosamente,
Centro de Memória da Bahia - Fundação Pedro Calmon

Fonte: Convite enviado para meu e-mail pessoal

Parkatejê preserva em livro seu idioma e a Lei 11.645/08


Parabéns à Profª Leopoldina Araújo e ao Cacique Krohokrenhum por essa proeza (leia abaixo) em prol da cultura e da memória da tribo, do Brasil e do mundo. O Brasil precisa ser passado à limpo como aconselhava o brilhante antropólogo Darcy Ribeiro!
Viva a Cultura e História dos Povos Indígenas que a despeito de tantos massacres – nos compartilharam o paraíso Pindoretama!

Que venham mais exemplos como este, e, esse material, entre outros, inclusive escrito pela ótica de escritor(a)s indígenas e ou de escritor(a)s não-indígenas comprometid@s com a cultura e história ameríndia, podem e devem estar disponíveis nas escolas para que professore(a)s e estudantes possam enfim, aprender/ensinar a partir do determina a Lei Nº 11.645/08.

Eis a matéria:



Tribo Parkatejê edita livro para preservar seu idioma


postado por Andreia Santana @ 7:36 PM - 10 de dezembro de 2011



Li a notícia na EFE (agência de notícias espanhola). A comunidade indígena Parkatejê, do Pará, lançou um livro e um vídeo na última sexta-feira, 09, que imortalizam seus hábitos, costumes e cultura de seu povo. A publicação também cria uma gramática de sua língua nativa, o Jê Timbira, para salvá-la da extinção.
O projeto foi idealizado pelo cacique Krohokrenhum, 80 anos, líder da comunidade formada por cerca de 400 pessoas, que vive em uma reserva de 62 hectares no território paraense.

O livro de 196 páginas tem capítulos dedicados aos sábios conselhos de Krohokrenhum – que apesar da idade é ainda quem lídera as caçadas de seu povo – e às histórias de luta, adversidades e conquistas dos Parkatejê. A coordenação do trabalho de mapeamento linguístico do Jê Timbira foi responsabilidade da pesquisadora Leopoldina Araújo, que chegou pela primeira vez à aldeia há 37 anos com o desejo de estudar a língua indígena para um trabalho de pós-graduação.
A iniciativa devia se estender a outras comunidades remanescentes no país.

Fonte: http://literatura.atarde.com.br/?p=959

Fotos: Google imagens.

quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

ENSINAR/APRENDER HISTÓRIA RECENTE...

ENSINAR/APRENDER HISTÓRIA RECENTE:
A RESISTÊNCIA A DITADURA MILITAR NO BRASIL


A professora de História e Mestre em Educação, Tânia Miranda, uma cidadã brasileira, que brilhante e destemidamente lutou com iluminad@s camaradas contra as trevas da ditadura militar, lançou seu livro: “Ensinar/Aprender História Recente: A Resistência à Ditadura no Brasil”, com prefácio do professor Emiliano José, também jornalista, escritor e deputado federal (PT/BA). Tive o prazer de a personalidade pessoalmente, no dia 12.12.11, por ocasião do Seminário “Ensino de História da Bahia: desafios e perspectivas”, na Biblioteca dos Barris – Salvador.

Vou adquirir esse livro e lê-lo para poder me “ligar” e compreender mais e melhor, e, ora, pela ótica da Profª Tânia Miranda -, sobre aqueles tempos de chumbo. Quanto a oportunidade do Seminário realizado pela Fundação Pedro Calmon – FPC e pelo Centro de Memória da Bahia, que tem à sua frente, como Diretor geral,Dr. Ubiratan Castro, e como Diretora do Centro, Drª Jacira Primo, foi excelente para historiadore(a)s, professore(a)s, pedagogo(a)s, militantes dos movimentos sociais e demais atores/atrizes envolvid@s com a educação e na produção e com a função social do conhecimento.

Viva longa à todas e à todos que foram e são imprescindíveis!!!

Fonte da foto: http://saitica.blogspot.com/2011/10/quem-samba-fica-por-rui-patterson.html

Professor(a) Indígena: uma conquista, pra valer!


Professor indígena: conquista histórica


Qui, 27 de Janeiro de 2011 12:09
Jornal A Tarde, Salvador,BA.
Por Tânia Miranda


A sessão plenária da Assembleia Legislativa da Bahia do dia 22/12/10 é histórica
Foi aprovado projeto de lei, inédito no País, que cria a carreira de professor indígena, alterando o Estatuto do Magistério Público do Ensino Fundamental e Médio do Estado da Bahia. A aprovação dessa lei é um marco histórico e jurídico na garantia dos direitos educacionais dos índios, que pode ser resumido nas palavras do cacique Lázaro Kiriri, da Aldeia Mirandela, do município de Banzaê: "Queremos uma educação em que o índio seja doutor sem deixar de ser índio".


Dados do Ministério da Educação (MEC) informam que em todo o País há 2.422 escolas funcionando em terras indígenas, onde 174 mil estudantes são atendidos por 10 mil professores, dos quais 90% são indígenas: 2.242 possuem ensino fundamental, 6.447 ensino médio e 1.311 concluíram o ensino superior. A Bahia possui 397 professores indígenas atuando nas 62 escolas instaladas nas aldeias, sendo dez estaduais e 52 municipais. No total, são 7.122 estudantes matriculados em 2010 de 116 comunidades, atendendo as 14 etnias que habitam o Estado.

Esses profissionais têm demandado enfaticamente a regularização da carreira do magistério. A maioria possui vínculos temporários que não garantem direitos trabalhistas, geram rotatividade e prejudicam as atividades escolares. São contratos de trabalho precários, impedindo que os professores indígenas construam uma carreira de magistério estadual e, ainda, provocam a descontinuidade do processo educativo, devido a relação temporária entre os professores e o sistema de ensino. Com a criação da nova categoria, eles poderão ingressar, por concurso público, no quadro permanente e estável de professor indígena.

Além da garantia trabalhista, a regulamentação da sua vida funcional significará a continuidade de uma gestão autônoma na implementação do novo marco legal da educação intercultural na contemporaneidade.


Essa ação é atribuição das secretarias estaduais e o MEC vem insistindo na necessidade dessas instituições atenderem com urgência a esta demanda.

A Bahia é o 1º Estado a assegurar esse direito. A Secretaria da Educação, por meio da superintendência da educação básica, da diretoria de inclusão e diversidade e da coordenação de educação indígena, elegeu essa demanda, em 2007, como prioridade na área da diversidade. Juntamente com as 14 etnias, o Fórum Estadual de Educação Escolar Indígena e a assessoria do ex-deputado Zilton Rocha elaboraram esse projeto de lei enviando-o ao governador. O projeto percorreu os labirintos do sistema jurídico-administrativo baiano para, finalmente, se transformar em lei.


O caminho para a construção de uma escola que reflita o modo de vida próprio, a valorização e a manutenção das culturas e tradições indígenas e o aproveitamento sábio dos territórios tradicionais, começou a ser trilhado. O princípio básico da legislação que ampara a educação escolar indígena é o reconhecimento da condição das escolas possuírem normas próprias e, também, de conferir poder às comunidades indígenas na definição e permanência dos agentes educativos que atuam nessas escolas - corpo docente, gestores, pessoal administrativo e de apoio. A educação ganha um novo sentido para esses povos, tornando-se um meio de acesso a conhecimentos universais, sistematização de saberes tradicionais e ressignificação dos valores culturais.

A Bahia encontra-se num processo de transição entre a escola posta para índios na visão externa e a nova escola pensada e construída a partir da visão indígena.

Mas a dívida social ainda é imensa.


Na condição de diretora de inclusão e diversidade da Secretaria da Educação do Estado da Bahia, no período de 2/07 a 5/10, tive a honra e a oportunidade ímpar de trabalhar ao lado da índia tuxá, Rosilene Araújo, coordenadora de educação indígena e sua equipe, e juntas escrever um rico capítulo da história da educação escolar indígena que agora é coroado com a aprovação da nova lei. Ciente do dever cumprido e de que o sangue indígena que corre nas veias de todos nós foi fortalecido.


A aprovação dessa lei é um marco histórico e jurídico na garantia dos direitos educacionais dos índios.
Tânia Miranda Historiadora, mestre em educação
tania.miranda@terra.com.br


Créditos das fotos na sequência.

Foto 1 - http://www.cidadaodomundo.org/2005/12/lazaro-o-bom-cacique-dos-kiriris/
Foto 2 - Instituto Ecofuturo/Biblioteca de São Paulo
Foto 3 - Juvenal Payayá
Fotos 4, 5 e 6 – Natalina Ribeiro

sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

Curso História da Bahia. História & Histórias: velha e nova ótica/lógica

Diário de um Aprendiz – Anotações II


“Acreditar na existência dourada do sol
mesmo que em plena boca
nos bata o açoite;
Arrebentar a corrente que envolve o amanhã...”

(O Cavaleiro e os Moinhos de João Bosco e Aldir Blanc).


À guisa do maior interesse


Alguns dos conteúdos ministrados pela Profª Drª Antonietta D’Aguiar Nunes, no Curso História da Bahia e por causa dos quais quis estar presente para aprender mais e informar mais ainda sobre eles. Vejamos os que destaco abaixo.

Gostei das referências sobre a Pré História Brasileira e baiana. Boas revelações, inclusive sobre o ponto de vista do Prof. Carlos Etchevarne!

Indígenas que aqui viviam: Diminutas referências. Quem eram? Onde estavam. De que grupo/tronco linguístico? Há remanescentes? Como estão as atuais no Estado da Bahia? Que dificuldade ainda encontram os que restaram? Quantos são e aonde estão localizados?

O Descobrimento do Brasil na Bahia. Ah, como gostaríamos fosse sob uma nova ótica, nova leitura e não apenas na lógica do invasor/colonizador ou ainda sob o prisma eurocentrista ou dos preconceitos históricos. Cada dia vemos mais ruas, prédios e monumentos dedicados à memória daquels "homens bons". (?!).

Aldeamentos indígenas. Ah, como pode ser revelador trazer esse tema, capaz de jogar luz sobre várias discrepâncias e facilitar o conhecimento do que vemos hoje entre as populações indígenas. Há remanescentes? Como estão as atuais no Estado da Bahia? Que dificuldade ainda encontram os que restaram? Quantos são e aonde estão localizados? Eles são os Tupinambá de Okivença ou da Serra do Padeiro? São as pessoas que se afrmam Payayá em vários pontos da Chapada Diamantina? São quem e o que resultaram de malefício os aldeamentos? Como isso deu? Que resistência? Os indígenas ficaram passivos diante de todas essa práticas eurocêntricas e crueis?! Não houve rebeliões, levantes, guerras, etc.?!


Primeiros engenhos sob o ponto de vista do passivo socioambiental. A expansão pecuária: casas da Torre e da Ponte. E que vemos como a expansão do extermínio dos povos indígenas. O medo instalado pelos donos e seus capangas, jagunços e afins até hoje perdura pelos sertões. O colonialismo ainda perdura depois de seus primeiros governadores gerais e caramurus...

A revolução dos alfaiates ou dos búzios: quanta história, heróis ali e pouco sabemos e que haveremos de pesquisar, escrever e avançar. Darcy Ribeiro já nos convacava a passar o Brasil a limpo. Isto anda é urgente-urgentíssimo.

Rebeliões escravas: idem acima.

Luta pela independência na Bahia. Quantas lutas até à sua consolidação. Quantos fatos cotidianos e inusitados podem trazer-nos lampejos a compreendermos a existência de personagens simples pertencentes às camadas populares, afinal, essas e outras lutas naõ tiveram só a participação dos invasores ou brasileiros "brancos"!...

Revolução dos Malês: outra história ainda em muito nos Subterrâneos e
aponta para uma outra lógica de recorte étnico.

Episódio de Canudos. Sua relevância sociohistórica pode render muito ainda.
A atuação de Anísio Teixeira: a maior autoridade da educação no Brasil e das
mais significativas para o mundo. Exemplo e vanguarda.

Centro industrial de Aratu e Pólo Petroquímico de Camaçari: o que eles
foram mesmo de desenvolvimento. Para quem? Seus impactos no meio
ambiente/mananciais de águas, extermínio de exemplares da mata atlântica e o
passivo socioambiental como um todo?

As páginas da "velha História" servem-nos. As novas leituras, escritas e reescritas precisam sair dos subterrênos e da subalternidade e serem encorajadas a se apresentar. O medo, a mordaça, o preconceito, a vilania e seus afins fizeram surgir pessoas fracas. Não temos saudades daqueles tempos - temos sim, uma enorme saudade do que virá em direitos e construção de um mundo melhor!

segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Curso História da Bahia e a Aula de Tupi.


Aula de Tupi no Curso de História da Bahia


De tanto ver triunfar as nulidades; de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça.
De tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar-se da virtude,
a rir-se da honra e a ter vergonha de ser honesto.
(Rui Barbosa)


Diário de um Aprendiz – Anotações I


Desejo aqui expressar meus sentimentos e apreensões ao estar participando do Curso História da Bahia, coordenado pela Profª Drª Consuelo Pondé de Castro, presidenta do Instituto Geográfico e Histórico da Bahia - IGHB, e como instrutora, Profª Drª Antonietta D’Aguiar Nunes. Entretanto, inicialmente, afirmo de que sou perfeccionista, embora possua muitas imperfeições, felizmente, temos aprendido com Paulo Freire que dizia que, “Não há vida sem correção, sem retificação”. Não queria que a busca pela escrita perfeita me fizesse mergulhar em profundas autocríticas e por isso, não dividisse com você, caro(a) leitor(a) – estas preocupações acerca do que eu já pensava os Povos Indígenas, seus patrimônios, particularmente, aqui, o lingüístico - sob o predomínio da Língua Tupi, e, ora o que venho assistindo neste Curso não apenas na condução da instrutora, Profª Antonietta, como na aula do segundo dia ministrada pela Profª Consuelo. Novamente me alio ao outro pensamento do mestre citado acima: “Não é no silêncio que os homens se fazem, mas na palavra, no trabalho, na ação-reflexão”.

Profª Consuelo

Profª Antonietta

Os Povos Indígenas e, especificamente o idioma Tupi, tem sido motivos de grande paixão e pesquisa do meu autodidatismo. Palavras, frases ou textos maiores, nesta língua -, tenho incluído em minhas poesias, textos teatrais, performances, palestras, etc. Pesquiso tudo o que encontro pela frente com relação a este idioma e, como já entendo que há uma histórica confusão quanto o que se chamou e vem se afirmando ser Tupi, terei que ser seletivo quanto às fontes, afinal, posso ampliar ou não as discrepâncias ou erros de muitos autores em afirmar que essa palavra ou aquela expressão é ou não Tupi. Claro, adianto: não sou tupinólogo, contudo, haverei e havemos de ter maior cuidado neste sentido. Enfim, o pouco que sei estou dinamizando e não está morrendo dentro de mim. Como poeta, teatrólogo, pedagogo, diretor teatral – um misto de pesquisador e arte educador, tenho disseminado sobre a importância das Línguas Indígenas e de como a língua Tupi foi importante e continua sendo em nosso país, etc.

Bem. Embora tenha muito interesse na História da Bahia nos aspectos: implantação do CIA, episódios no Recôncavo, Guerras e Levantes, A Revolução do Alfaiates/Búzios, A guerra de Canudos, Revolução dos Malês, etc. Motivei-me bastante por esse Curso História da Bahia a fim de reencontrar a professora Antonietta a qual conheci no final dos anos 80 em virtude de suas pesquisas sobre a Freguesia de São Miguel de Cotegipe/Recôncavo, e, para rever também a professora Consuelo que iria ministrar a aula: “Falares do grupo lingüístico tupi-guarani”. Ambas as professoras são, ao lado dos ilustres professores baianos, como Cid Teixeira, Luis Henrique Dias Tavares, Luiz Roberto Santos Moraes, Maria Hilda Baqueiro Paraíso, Maria do Rosário Gonçalves, entre outros – reservas de notáveis conhecimentos, diante das quais haveremos de muito beber e saciar a nossa sede de saber.

Entretanto, ao longo da sua aula, Profª Consuelo nos apresentava seus pontos de vista com relação ao que, como, onde e com quem se vem investindo em cultura em nosso Estado, governos e empresas. Sem dúvida me associo firmemente a esses seus comentários. Tenho inclusive, trazido essa crítica ao longo de anos junto a políticos, empresários, artistas e produtores culturais, igrejas, universidades, comunidades quilombolas, indígenas, ribeirinhas, etc. Há um fosso, um despropósito nesses investimentos – aliás, eles têm um propósito. Um planejamento bem engendrado, articulado: dificultar o acesso da população, inclusive dos jovens a uma cultura de formação do caráter, da ética, de valores essenciais à melhoria da civilidade.

Nesses últimos dias escrevi às escritoras e professoras Eliane Potiguara e Graça Graúna sobre essa frieza e abandono a que estão submetendo as artes e cultura. Há uma poluição orquestrada, uma má vontade crescente no país, impetrada para que as pessoas diminuam o senso crítico, a capacidade de indignar-se a fim de que se avantaje uma certa “sociedade do espetáculo” que se regozije diante da mediocridade, da vulgaridade e que produza uns tipos de poluições. Os que produzem práticas assim ou que estejam descomprometidos com o contrário - têm mais espaço nas mídias e "investimentos".

Como diminuir os níveis altos de barbarismos/violência nos campos, cidades e no trânsito e a corrupção nos vários setores, enfaticamente na política, se não tivermos princípios, ações e exemplos altruístas, solidários e que formem cidadãos e cidadãs neste país e, isto, desde a sua geração no ventre da mãe, no ventre da família e no ventre social?!

Mas, voltando à aula da professora Consuelo: “Falares do grupo lingüístico tupi-guarani”.

É mais que necessário o esforço para contribuirmos na transformação da sociedade. A cultura e a educação de um povo são a alavanca para conquistarmos o que sonhamos, o que precisamos, o que precisa vir a ser. Sem essa utopia, babau: palavra Tupi que significa: acabou! Ficaremos na pindaíba (pescaria infrutífera) ou ficaremos de caju em caju (de ano em ano) – palavra e expressão da mesma língua – esperando pelo Super-Homem?
Ah, como gostaríamos de que a professora Consuelo tivesse mais tempo e investimentos dos governos para instigar a nhe’enga tupi e, em cursos vindouros, pudesse constituir, quem sabe, grupo(s) de monitores deste idioma!
Ao findar ela a sua aula – a última?! Desejamos profundamente: A’an-i! - “Não!”.
Meio aruru (triste, tristonho, zangado) Insisti-lhe-eu: Taujé? Ejori! – Ao que seria em português: Vamos? Vem!
Para finalizar as primeiras Anotações, afirmo a quem tomar conhecimento destas, de que, tenho estudado e pesquisado solitariamente (autodidata) a Língua Tupi em diversas fontes, particularmente em autores tais como: Eduardo de Almeida Navarro, José de Anchieta, Lemos Barbosa, Silveira Bueno, Aryon Dall’Igna Rodrigues, Teodoro Sampaio, Moacyr Ribeiro de Carvalho, Gonçalves Dias, Darcy Ribeiro, entre outros, sobretudo, nos três primeiros. Contudo, em virtude desse último contato com a professora Consuelo, ficou-me forte o interesse de me aprofundar nas obras do Mestre Frederico Edelweiss, voltadas ao Tupi, muito e porque não desejo estabelecer uma geléia tupínica no que escrevo com paixão. Enfim, foi muito salutar conhecer mais a respeito do que foi conhecida como essa língua-pedra-fundamental: Língua dos Tupinambá, Língua Geral, Língua Brasílica, Brasiliano, O Grego da Terra, Língua da Terra, Nheengatu, Abanheenga... e que erroneamente, foi chamada, escrita, cunhada e até “criada” como disciplina: “língua tupi-guarani”.
Parodiando Gregório Mattos, afirmo: “Triste Brasil! Oh quão dessemelhante”.

Crédito do Cartaz: http://www.ighb.org.br
Créditos das fotos: Créditos (fotos 2 e 3): Sabrina Gledhill ou
Fonte: http://picasaweb.google.com/111221205135580385924/SeminRioNacionalManuelQuerinoVidaEObra?gsessionid=xcRNACdfunNalHe7Zm4LjQ#

domingo, 4 de dezembro de 2011

Eliane Potiguara - Colóquio de Escritoras Indígenas Y Afrodescendientes


Estimada irmã e guerreira Eliane Potiguara, isto que nos informa é realmente um Colar de Pérolas! Ficamos orgulhosos e honrados com sua participação no Colóquio Internacional de Escitoras Indígenas Y Afrodescendientes e também porque, Graça Graúna e você, inclusas na Antologia, com certeza embelezam-na!

Continue a confortar a Tajira, sua filha amada; breve ela estará em casa e bem, muito bem.

Muita luz e muito grato por mais uma contribuição sua socializada à tod@s nós!

Fica com a Forlça!!!