sábado, 11 de março de 2023

Os Payayá na Defesa do Território Sagrado - Release¹

 Povo Payayá recebe apoio de indígenas e não indígenas na defesa de seu território sagrado.

O Movimento em Defesa do Território Indígena Payayá realizará nos dias 11 e 12 de março o cercamento do território, de 49 hectares, atendido pela Funai e concedido pelo Governo da Bahia, em 2018, situado junto à nascente do Rio Utinga, no município de mesmo nome, ao norte da Chapada Diamantina.


Mais do que cercar um território, o movimento que nasceu em uma rede social como um convite ao trabalho voluntário ultrapassou a expectativa inicial da ação, em virtude da adesão de dezenas de pessoas da Bahia e de outros estados, tornando-se um movimento legítimo de luta em defesa dos povos indígenas no Brasil. 


O cacique Juvenal Payayá, que fez o convite, reconhece que as pessoas estão colaborando financeiramente com a ação porque há na sociedade uma compreensão maior do que representa a causa indígena – geralmente associada à defesa de territórios de povos que são guardiões das florestas, e estas são indispensáveis à preservação da vida no planeta.


“A causa indígena está tocando os corações das pessoas. Ninguém está fazendo nada por interesse, não são políticos com verbas públicas, são pessoas que estão contribuindo com o que podem dispor. Ou seja, o sujeito está colaborando para que os povos indígenas continuem existindo e para preservar seus territórios”, declarou o cacique. 


Entre os convidados, estão pessoas de diferentes idades e categorias, cujo traço em comum é a disposição de colaborar para cercar a área indígena, o que significa entrar na caatinga com facão e outras ferramentas apropriadas para roçar, cortar galhos, cavar buracos e levantar a cerca, um trabalho pesado. 


Enquanto alguns estiverem nessa tarefa, outros voluntários estarão trabalhando na recomposição do viveiro, plantando mudas de árvores nativas para reflorestamento. E outros já se escalaram para trabalhar na cozinha, preparando as refeições coletivas ao modo da casa, ou seja, elaborando pratos da culinária indígena usando produtos da agroecologia, que ainda é a principal fonte de renda dos Payayá.


A comunidade, que já teve a presença de mais de trinta famílias, hoje conta com doze, devido às dificuldades trazidas pela pandemia. O cacique Juvenal acredita, porém, que o cercamento vai consolidar o território dos Payayá como uma comunidade autônoma e sustentável, reunindo novamente os indígenas em torno de sua cultura e tradição.

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¹ Este release foi postado no Grupo de Whatsapp destinado a este mutirão e enviado pelo parceiro Eduardo Zanatta em 09.03.2023, o qual pede a sua divulgação.

Os Payayá - de Muralhas do Sertão ao Mutirão da cerca

 Hoje e amanhã, 11 e 12 de março de 2023, na localidade de Cabeceira do Rio, município de Utinga, Chapada Diamantina, Bahia, Brasil, os Payayá ali residentes, outros parentes vindos de outros municípios e até estados - estarão em regime de mutirão levantando a cerca de seu território sob o comando do Cacique Juvenal Teodoro Payayá.

- POR QUE CERCAR? - Esta pergunta alguns até fizeram e ainda poderão fazer. A resposta é simples. Basta fazermos uma análise do quanto de invasões têm se perpetuado em Pindorama roubada para o Brasil legitimado - exterminando seus donos e donas imemoriais, expulsões dos que resistiram, estupros e outras violências e crimes que a História e a Antropologia têm apontado. Logo, a sanha das neocaravelas e dos tataranetos da velha colônia ainda nos perturbam dia e noite e contam com toda a sorte de vândalos que são seus asseclas apara continuarem seus crimes em pleno século XXI - mesmo com tantas leis, tratados nacionais e internacionais.

Como sabemos - os Payayá - foram no passado os principais guardiões dos sertões do que passaram a chamar mais tarde de estado da Bahia. Esse povo liderou dezenas de ações junto a outros povos indígenas aliados contra a invasão dos bandeirantes - bandoleiros históricos - que vinham abrir estradas, matar, roubar, legitimar e entregar esses territórios dos povos originários aos barões, viscondes, condes e afins vindos das bandas de lá do Atlântico.

Os Payayá foram impiedosamente caçados para extermínio e no mínimo aldeados, catequisados, admoestados, subjugados e outras práticas hediondas dos "civilizados europeus". Eram os Payayá entre outros povos combativos - chamados de "Muralhas do Sertão".

Retomando o início desta notícia, nestas datas, em mutirão a cerca estará sendo erguida. Que outros povos originários possam seguir esse exemplo. Os invasores são incorrigíveis e sem vergonha alguma, escrúpulo algum.

De Muralhas do Sertão ao Mutirão pela Cerca, viva os Payayá!!!

quarta-feira, 3 de agosto de 2022

PROPOSTA INDECENTE OU O QUE DIZIA CACILDA BECKER...

Por Ademario Ribeiro

- Alô, professor, tudo bem?

- Tudo. Quem fala?

- Aqui é da Escola X. Da TV Ene. Da Universidade B. Da Secretaria C...

- Pois não. Que deseja?

- Professor, quem nos indicou o senhor foi Fulano(a) de tal que tem uma grande admiração por sua Arte, por sua Poesia, por seu Teatro (por sua... por seu...).

- Muito grato! Qual o assunto?

- Vai ter um congresso, um seminário, uma festa em comemoração a ou (ao) dia da ou de e gostaria de convidá-lo para dar uma palavrinha aqui para nossos...

- Quais condições vocês oferecem?

- Não estou entendo... O senhor vem (apenas) para dar tua palavrinha e pronto! Não está bom para você mostrar o teu trabalho?

- E o meu translado de ida e volta? O material que produzi em anos de pesquisa e investimentos pessoais e que vou adaptar para esse momento? Vocês comprariam alguns dos meus livros para acervo da biblioteca de vocês e ou para sortear com os presentes?

- Ah, essa parte é complicada, professor. Não temos recursos para isso!

- Oh, querida, sou autônomo. Meus trabalhos não têm patrocinadores. São investimentos pessoais. Tiro da carne. Tiro da minha família para produzi-los...

- Mas é só uma palavrinha! Que custa?!

- Mas, vocês não têm verbas para essas ações?

- Ah, isso é complicado na hora de prestar contas!

- Não podem fazer uma “vaquinha” junto com teus colegas para custearem pelo menos o transporte e a compra de alguns exemplares do meu último livro?

- Não posso pedir isso à eles!

- Mas pode me pedir que me desloque de onde estou por conta própria, deixe de trabalhar para meu sustento e da minha família e trabalhe de graça para vocês que são uma instituição que pode pagar esse serviço cultural...

- Não é um serviço que queremos: é só uma pecinha de teatro... uma intervençãozinha, uma vivenciazinha, um recitalzinho, uma performancezinha, uma...

- O que crio, produzo, senhor(a) não é assim. Pelo contrário: é fruto de trabalho de estudo e pesquisa. Não tive ou tenho apoio financeiro de nada e nem de ninguém. Os temas que trabalho sempre foram antecedentes às leis, às políticas públicas ou às recomendações de organizações internacionais de fomento à Educação, Educação Étnico-raciais, Cultura, Meio Ambiente, Direitos Humanos, Ciências, Povos e Comunidades Tradicionais, etc.

- Foi por isso mesmo que te convidamos para essas ações...

- Por que não colocam essas ações no plano de trabalho de cada ano? Por que não contratam ações como essas que está me solicitando? Pode ser através de uma MEI, ME, EIRELI, ONG, Associação, por exemplo!

- Não trabalhamos assim!

- Disseram que o senhor tinha um trabalho admirável!

- Mas quem trabalha deve ter o direito de usufruir por seu ofício. Por seus esforços, talento. Algo semelhante ao ditado: “Aranha vive do que tece”.

- ... Porém só estamos te convidando para dar uma palavrinha e você aproveita e divulga teu trabalho! Não vejo nada demais!

- Vejo de menos, inclusive. Observemos: o obstetra, o gari, o policial, o político, o motorista, a moça do caixa do supermercado... esses têm o seu salário, gratificação, pró-labore, etc. para trabalharem... Por que comigo e com meus colegas temos que receber proposta como essa?

- Ah, mas você pode vir para divulgar o teu trabalho, já disse, aliás, nem sei se pode usar o espaço daqui para fazer merchandising!

- Querida, desde os anos 70 que eu atuo nessas áreas que você bem mencionou. Eu não sou emergente! Sou um sobrevivente e como todo mortal que se preza, pago impostos, tributos, taxas, faturas (essas batem sempre à minha porta e não quer "uma palavrinha" e eu que não pague em dia)!

- Ah, todavia o senhor não é famoso, consagrado, não é nenhuma celebridade...

- Não sou e do jeito que você me quer na tua instituição, eu nunca sairei de onde estou, não pagarei minhas contas e nem vou sobreviver! Cacilda Becker dizia: “Não me peça para dar de graça a única coisa que tenho para vender”.


domingo, 6 de dezembro de 2020

Oré - Îandé (Nós sem vocês - Nós com vocês): Um livro multilíngue!

Este é o mais novo livro de Ademario Ribeiro e foi escrito nas línguas Indígenas: Guarani, Kiriri, Patxohã e Tupi, traduzidas para a língua Portuguesa.  Seu título, Oré - Îandé (Nós sem vocês - Nós com vocês) convida-nos a refletir desde os pronomes pessoais oré e îandé da 1ª pessoa do plural das línguas Guarani e Tupi/Tupinambá. O pronome oré se aplica quando se exclui o ouvinte e o pronome îandé se aplica quando se inclui o ouvinte. Exemplo para oré: Eu e ele (exclui o ouvinte). Exemplo para îandé: Eu e você (inclui o ouvinte).

Logo, aqui, desde o título Oré - Îandé (Nós sem vocês - Nós com vocês) podemos, também, pensar e refletir quando incluímos ou excluímos os outros - indígenas e não indígenas. Será que podemos ampliar nossas atitudes de alteridade para com o outro, esse outro supostamente diferente de nós.

A obra é composta de poemas, notas sobre a escrita e pronúncia dessas línguas e de sugestões metodológicas. Esses textos podem contribuir para que educadores(as) e alunos(as) possam debater e refletir em favor da inclusão do ensino da temática indígena - determinado pela Lei 11.645 de 2008, com vistas a ruptura da lógica colonialista repleta de equívocos, preconceitos, discriminações e fazendo valer a proposta pedagógica da Nova História indígena, numa abordagem e perspectiva intercultural e interdisciplinar.

Filho de Amélia Souza Ribeiro e Alberto Severiano Ribeiro, nasceu em Miguel Calmon, Bahia, terras imemoriais do povo Payayá, do qual, por parte de sua mãe se autodeclara indígena dessa etnia. Doutorando e mestre em Ciências da Educação na Universidad Interamericana (UI), especialista em Educação, Pobreza e Desigualdade Social (EPDS) pela Universidade Federal da Bahia (UFBA), licenciado em Pedagogia pela Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP), escritor, poeta, teatrólogo e diretor teatral.

Há mais de quatro décadas (des)envolve projetos socioeducativos, artístico-culturais e ambientais em seu estado, com ênfase na Região Metropolitana de Salvador e com destaque no municipio de Simões Filho. Membro e fundador de diversos conselhos municipais e de organizações civis, como: ARUANÃ (Associação para Recursos Ambientais e Artísticos, ALARME (Academia de Letras e Artes da Região Metropolitana de Salvador) e da Associação Muzanzu do Quilombo Pitanga de Palmares, todas na Bahia.

Em sua literatura constam dezenas de peças teatrais, artigos, crônicas, poemas, os livros, Sopros e Flexas (1985) e Poética Poranduba – Eco Étnica (2001) e outros livros em parcerias com escritoras(es) indígenas.

Contatos com o autor

Site: ademarioribeiro.pensamentações.com

Blog: ademarioar.blogspot.com

Facebook: Ademario Ribeiro

Instagram: ademario_ribeiro

E-mails: ademarioribeiro2015@gmail.com

edicoeskurupyra@gmail.com

Características

Título: Oré - Îandé (Nós sem vocês - Nós com vocês)

Autor: Ademario Ribeiro

lSBN: 978-990670-2-0

Editora: Edições Kurupyra

Ano de publicação: 2020

Capa: Supremo 300g.

Papel: Offset 90g.

N° de páginas: 96

Línguas: Guarani, Kiriri, Patxohã, Tupi/Tupinambá e Português

Dimensões: 15 x 21



sexta-feira, 16 de agosto de 2019

6ª JORNADA DE AGROECOLOGIA DA BAHIA, 2019

Amigxs, na Cabeceira do Rio Utinga, Território do Povo Payaya, no município de Utinga na Bahia, acontecerá a 6ª Jornada de Agroecologia da Bahia, vocês estão super-convidadxs a participar.
Leiam abaixo algumas orientações!

Saudações indígenas Payaya!
Ademario Ribeiro Payaya.






Companheiros e Companheiras,

Neste ano de 2019, será realizada uma nova Jornada da Teia dos Povos que irá acontecer em um território indígena na Chapada Diamantina-Ba. A conjuntura política do país reforça a importância da realização deste encontro como forma de fortalecer a solidariedade e a ação conjunta entre movimentos, povos e comunidades. Será um espaço de celebração e união, capaz de conectar sociedade, natureza e ancestralidade em um único espaço, reunindo vários elos de resistência e luta. Nessa perspectiva, a Teia dos Povos convoca os Elos e Núcleos de Base com algumas orientações para organizar e mobilizar nossos coletivos, no intuito de fortalecer e garantir a nossa VI Jornada de Agroecologia da Bahia nas Terras Payaya.
1. Sobre os alojamentos:

Na Jornada haverá área para camping direcionada as caravanas participantes, assim, será necessário que cada caravana oriente sua base sobre a necessidade de levar: barracas para camping, itens de higiene pessoal, colchonete, rede, lençol, prato, talheres, copo.
2. Sobre as cozinhas:

Haverá espaços para montar as cozinhas, assim, é necessário que cada caravana garanta sua estrutura de cozinha (fogão, botijão, panelas/tachos, alimentação).
3. Sobre a Alimentação:

Pedimos aos elos/Núcleos de Base, para se responsabilizarem pela alimentação de seu coletivo, especialmente para quem tem uma alimentação restrita. Pedimos que os Elos e NBs garantam produtos da terra: hortaliças, frutas, verduras, polpas, aipim, farinha, feijão…entre outros.
4. Sobre a Feira dos Povos:

A Feira agroecológica do Povo é um importante espaço sócio cultural, onde há trocas de saberes e fazeres. É um espaço de interação entre os povos que preservam a diversidade da cultura popular e alimentar. Portanto, é necessário que tod@s tragam artesanatos, sementes, alimentos, roupa artesanal…. É preciso que os interessados se inscrevam na plataforma da Teia dos Povos (disponível no site de inscrição) para participarem da feira.
5. Sobre a apresentação de pôster:

Haverá uma equipe do científico e pedagógico que antes e durante a Jornada estará orientando e acompanhando as submissões de trabalhos. As propostas devem ser encaminhadas para jornadautinga@gmail.com.
6. Sobre as oficinas: 

Convidamos os Elos e NBs a proporem Oficinas para serem realizadas durante a Jornada. Sabemos que nosso povo possui muito conhecimento sobre plantas medicinais, artesanatos, práticas agroecológicas, produção de alimentos (doces, geléias…), produção de cosméticos naturais… etc. Assim, convidamos aqueles e aquelas que desejarem facilitar uma oficina a entrarem em contato conosco, para compartilharem o conhecimento com o nosso povo durante VI Jornada.
7. Sobre as comissões de trabalho:
Cozinha e Limpeza

Limpeza: Durante os cinco dias, é importante que os espaços estejam limpos e organizados, para isso é necessário que todos os participantes se mobilizem e cuidem do espaço. 
Cozinha: As cozinhas serão organizadas por região, cada Elo e Núcleo de Base se organizarão e montarão a estrutura de cozinha com outras caravanas de acordo a região que atua. É importante que cada caravana venha com sua equipe de cozinha já montada para facilitar no processo organizativo.
Disciplina e segurança

A segurança é autogestionada, por isso, é importante que cada NB traga pessoas que possam colaborar na segurança e disciplina dos espaços coletivos.
Saúde
Durante a Jornada é importante que a medicina popular esteja articulada com o setor de saúde, este, terá o papel responsável de organizar as dimensões do cuidado no dia a dia da Jornada, envolvendo a saúde preventiva com práticas tradicionais como os fitoterápicos e o uso de plantas medicinais, nesse sentido é importante que as caravanas venham com algumas pessoas ligadas a esse perfil para assumir essa tarefa.
Mística/Cultural

Cada dia será apresentada uma mística antes de iniciar as atividades. Haverão durante as atividades intervenções culturais e ao final do dia teremos apresentações artísticas das diversas regiões. Cada Elo e Núcleo de Base terá espaço para apresentar as místicas, rituais e culturas de suas regiões. Por isso, é importante que tragam: materiais de ornamentação (tecidos, bordados, flores naturais, plantas, esteiras, balaios, cestos, peneiras, artesanatos em geral), os símbolos de luta que representam os territórios/Movimentos (Bandeiras, estandartes, maracás, sementes…), instrumentos musicais (tambor, pandeiros, violão…) e muita animação.
Terreiro Lúdico

Durante os dias da Jornada haverá atividades pedagógicas voltadas para as crianças participantes do evento. As atividades trabalharão a identidade, educação agroecológica, o lúdico como mecanismo de valorização dos saberes popular, utilizando arte, brincadeiras e músicas voltados para o Tema: Terra, Território, Águas e Ancestralidade: Tecendo o Bem Viver. Para tanto, as atividades necessitam ser conduzidas por pessoas que já atuam com crianças de maneira pedagógica. Permitindo assim que as crianças participem como seres protagonistas junto a seus pais e demais participantes na Jornada de Agroecologia.
*Atenção: É importante que as caravanas que estão distantes da Chapada Diamantina, saiam de suas regiões ou estado, um ou dois dias antes do início das atividades, para que possam organizar com antecedência e participar de toda programação da jornada. 
*As inscrições estarão disponíveis no site: teiadospovos.com.br
Estamos à disposição e desejamos que os espaços de Pré-Jornada sejam animadores e fortaleçam as caravanas rumo a VI Jornada de Agroecologia da Bahia!

Um forte abraço!
Equipe do Pedagógico – Teia dos Povos
 MAIORES INFORMAÇÕES:
E-mail: teiadospovos.livre@gmail.com
TELEFONES PARA CONTATOS: Solange Brito (73) 98116 – 3894,
Juvenal Payaya (71) 98885-8815, 
Deysiane Ferreira (73) 98133-1032,


sexta-feira, 29 de março de 2019

Universidade para Todos - (UPT) - UNEB

Pré-vestibular Universidade para Todos aprova 893 estudantes na Uneb

O pré-vestibular Universidade para Todos (UPT), da Secretaria da Educação do Estado,
contribuiu para a aprovação de 893 alunos no vestibular 2019 da Universidade do Estado
da Bahia (Uneb), uma das quatro instituições estaduais de Ensino Superior parceiras do
programa. Entre os aprovados, por conta da ampliação do sistema de cotas, estão 43 
quilombolas e seis indígenas. Outros 3.153 foram classificados e muitos ainda podem ser
convocados pela Uneb nas próximas chamadas para a matrícula. Desde 2007, o UPT já
colaborou para o ingresso de mais de 18 mil estudantes no ensino superior.
A indígena Amaranta Almeida da Poncada, da Aldeia Boca da Mata, em Porto Seguro, é
uma das aprovadas e vai cursar Enfermagem. “Vou realizar um dos maiores sonhos da
minha vida, que é fazer um curso que trará um retorno muito importante para a minha 
comunidade. Minha intenção é me tornar enfermeira para ajudar o meu povo”, afirma. 
A estudante conta também que a oportunidade de fazer o UPT foi decisiva. “O curso
contribuiu muito para que eu passasse na Uneb. Tinha dificuldades na área de exatas,
que foram destravadas no curso. As aulas e os professores eram ótimos. Estou muito
feliz com esta vitória”. 
A coordenadora do UPT na Secretaria da Educação do Estado, Patrícia Machado, ressalta
que as universidades estaduais parceiras – Uneb, Uefs, Uesb e Uesc – estão, atualmente,
fazendo o levantamento dos estudantes aprovados nos vestibulares. “Passamos o ano de
2018 voltados para esse foco, com aulas regulares de segunda a sexta-feira; fizemos aulões,
revisão e tivemos orientação vocacional para mostrar aos estudantes o perfil de profissional
que o mercado hoje deseja e os cursos que temos em cada uma das universidades para que
eles tivessem esse conhecimento no momento de fazer a opção, seja no SISU ou no vestibular
tradicional”, explica. 

A importância do UPT é também comentada pela coordenadora do programa na Uneb, Simone
Wanderley. “Mais uma vez, a Uneb prova que a universidade é um espaço para todos. Esse
resultado reforça o alcance social do projeto e reafirma o seu principal compromisso que é
democratizar o acesso ao ensino superior”.
Sobre o UPT 
O Universidade para Todos é uma ação voltada ao fortalecimento da política de acesso à educação
superior, direcionada a estudantes concluintes e egressos do ensino médio da rede pública estadual.
Em 2018, foram disponibilizadas 14 mil vagas em cerca de 176 municípios da Bahia, com 237 locais
 de funcionamento. 
O curso é presencial, com carga horária de 20 horas semanais e aulas das disciplinas Português,
Redação, Matemática, Física, Química, Biologia, Literatura, Língua Estrangeira (Inglês ou Espanhol),
História e Geografia. O objetivo é consolidar e aprofundar conhecimentos adquiridos pelos alunos,
preparando-os para os processos seletivos de ingresso ao ensino superior. Além das aulas regulares
são realizados projetos complementares, como seminários, oficinas, simulados e orientação vocacional. 
Fontes: Ascom/Secretaria da Educação do Estado 

segunda-feira, 7 de janeiro de 2019

PUEBLOS INDÍGENAS EN LUCHA POR EDUCACIÓN PROPIA

UNA DÉCADA DE LUCHA POR EL DERECHO A LA EDUCACIÓN PROPIA DE LOS PUEBLOS INDÍGENAS


Viernes, 01 de Agosto de 2014



FechaMartes 5 de agosto de 2014.
Lugar: Aula Magna de la Universidad Católica de Asunción
Hora de inicio:19:00hs.

El documento describe y analiza el recorrido de los miembros del Grupo de Seguimiento a la EducaciónIndígena (GSEI) desde su creación en julio del año 2003.
El GSEI, ha desarrollado un papel preponderante, en la búsqueda y consolidación de propuestas hacia unaEducación Escolar Indígena que responda a las particularidades lingüísticas y culturales de los diversos Pueblos Indígenas que habitan en el Paraguay.

Para ello ha sido muy importante contar con un marco legal, que asegure el derecho a la educación escolar indígena,  hacer seguimiento para su promulgación, concretada a través de la Ley 3.231/07 que “Crea la Dirección General de Educación Escolar Indígena” y su posterior Reglamentación víaDecreto Presidencial N° 8.234/11.

El GSEI, mediante estrategias de fortalecimiento interno, ha logrado en un proceso gradual de capacitación  política, técnica y  legal impulsar el protagonismo de las comunidades y organizacionesindígenas en el ámbito de la escolarización, así también ha demostrado la capacidad de trabajo en redes, con las comunidades y organizaciones indígenas, con instituciones estatales y de la sociedad civil.

Se destaca el trabajo y acompañamiento continuo de la CONAPI, que desde el inicio vienedesarrollando su rol de “aliada” de los objetivos y la causa del GSEI.

Actualmente  ha tomado más protagonismo y empoderamiento en su rol de velar y contribuir en el cumplimiento y ejercicio de los derechos de los Pueblos Indígenas a una educación especifica y diferenciada garantizada por la Constitución Nacional, el Convenio 169 de  la OIT y otras leyes,
generando e incidiendo en políticas públicas educativas acordes al marco legal vigente.
Voceros Oficiales: Equipo Coordinador del GSEI
Simón Oviedo: 0984 - 614 - 170
Juan Servín: 0984 – 626 - 012
María Concepción Flores: 0986 – 230 – 980

Actividad  a ser realizada con el apoyo de UNICEF y CONAPI.


Disponível em:
Acesso em: 07.01.2019.