sexta-feira, 15 de maio de 2015

Lançamento de publicações de documentação de línguas indígenas

No próximo dia 15, sexta-feira, às 11 horas, o Museu do Índio/FUNAI e a UNESCO realizarão o lançamento de publicações sobre a documentação de línguas e culturas indígenas brasileiras.

A preocupação com o registro sobre o modo de vida dos povos indígenas é um movimento fundamental diante das intensas mudanças por eles vivenciadas.

A Fundação Nacional do Índio / FUNAI - por meio do Museu do Índio (RJ) - e a UNESCO, desde 2008, desenvolvem o Programa de Documentação de Línguas e Culturas Indígenas - PROGDOC que visa à documentação e à salvaguarda de línguas e culturas indígenas. Até o momento, já foram realizadas 209 oficinas em campo e 122 no Museu do Índio (RJ).

A formação de pesquisadores indígenas e não indígenas e a criação de arquivos digitais, em centros de documentação nas aldeias e no Museu do Índio, são outros objetivos da iniciativa. O Programa beneficia mais de 30 mil índios - cerca de 35 etnias -  e abrange quatro projetos - Prodoclin (de línguas indígenas), Prodocult (de culturas), Prodocerv (de preservação de acervos) e Prodocson (de documentação sonora).

As 12 publicações que marcam o trabalho dos projetos de documentação de línguas indígenas são narrativas tradicionais e autobiográficas, livros de letramento e glossário enciclopédico. Há, também, documentação etnográfica e registros de música vocal e instrumental produzidos por pesquisadores indígenas.

O evento acontecerá, na sala de Multiuso, no prédio da FUNAI (SBS Quadra 02, Lote 14, Edifício Cleto Meireles, em Brasília. Além do lançamento de publicações, haverá a entrega de dossiês aos representantes das etnias envolvidas no Programa, contendo produtos dos 14 projetos de documentação de línguas.

Documentar as línguas e as culturas indígenas tornou-se uma tarefa urgente. Trata-se de um patrimônio que se encontra sob a ameaça de desaparecer, em grande parte, no decorrer deste século.
foto da nota 7 boletim janeiro
Equipe do Programa em campo / Etnia Karajá (TO)

Fonte:  http://www.museudoindio.gov.br/divulgacao/noticias/899-museu-do-indio-funai-e-unesco-lancam-publicacoes

quinta-feira, 14 de maio de 2015

A historiadora Consuelo Pondé de Sena morre aos 81 anos

Morre aos 81 anos a historiadora Consuelo Pondé

Da Redação
  • IGHB | Divulgação
    Consuelo Pondé era presidente do Instituto Histórico e Geográfico da Bahia - Foto: IGHB | Divulgação
    Consuelo Pondé era presidente do Instituto Histórico e Geográfico da Bahia
Morreu na manhã desta quinta-feira, 14, aos 81 anos, a historiadora e presidente do Instituto Geográfico e Histórico da Bahia (IGHB), Consuelo Pondé de Sena. Ela estava internada no Hospital Português.

Nascida em Salvador no dia 19 de janeiro de 1934, Consuelo Pondé possuía um vasto currículo nas áreas de História, Geografia, Sociologia e Antropologia, tornando-se referência no estado.

Exerceu o cargo de diretora do Centro de Estudos Baianos da Ufba, Associação Baiana de Imprensa, Casa de Ruy Barbosa, Arquivo Público do Estado da Bahia, além de ter sido chefe do Departamento de Antropologia e Etnologia da FFCH da Ufba e conselheira do Conselho Permanente da Mulher Executiva da Associação Comercial, da Associação Comercial e do Conselho Consultivo da Associação Bahiana de Imprensa.

Também publicou uma série de livros, entre eles "Portugueses e africanos em Inhambupe", "Introdução ao estudo de uma comunidade do agreste baiano: Itapicuru", "A imprensa revolucionária na Independência" e Os Dantas de Itapicuru".

No IHGB, estava em seu quinto mandato como presidente. O corpo da historiadora será velado durante a tarde, no próprio Instituto.

Fonte: http://atarde.uol.com.br/bahia/salvador/noticias/1680909-morre-aos-81-anos-a-historiadora-consuelo-ponde

sábado, 9 de maio de 2015

CNBB suspeita de crimes em série contra índios no Nordeste

Carlos Madeiro

Do UOL, em Maceió

  • Cimi/Divulgação
    Protesto contra a morte de Adenilson da Silva Nascimento, do povo Tupinambá, na Bahia
    Protesto contra a morte de Adenilson da Silva Nascimento, do povo Tupinambá, na Bahia
O assassinato de três lideranças indígenas no Nordeste em uma intervalo de oito dias causou preocupação aos povos que vivem na região e fez o Cimi (Conselho Indigenista Missionário) --entidade ligada à CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil)-- levantar a hipótese de que as mortes sejam "seletivas" e tenham relação entre si por envolver índios que se destacavam na luta pela terra.  
As mortes ocorreram no Maranhão e na Bahia. A primeira vítima foi Eusébio Ka´apor, morto no dia 26 de abril, noMaranhão. Depois, foram assassinados Adenilson da Silva Nascimento, no dia 1º; e Gilmar Alves da Silva, no dia 3 de maio --ambos os crimes na Bahia.
"Avaliamos que os ataques covardes não são fatos isolados. Trata-se de assassinatos sequenciais e seletivos de líderes e integrantes de povos indígenas no Brasil", afirmou o Cimi, que emitiu um manifesto nessa quarta-feira (6) demonstrando preocupação e pedindo a investigação dos casos.
Para o Cimi, os assassinatos "atestam o aprofundamento do processo de violação de direitos e de violências contra os povos indígenas no Brasil".
A entidade alega que é fundamental que os assassinos sejam identificados e punidos.
Para o órgão, três fatores principais justificariam as mortes: "Os discursos racistas proferidos por parlamentares ruralistas do Congresso Nacional, a paralisação dos procedimentos de demarcação e a omissão quanto à proteção das terras indígenas por parte do governo Dilma e decisões da 2ª Turma do Supremo Tribunal Federal (STF), que anularam atos administrativos de demarcação de terras nos últimos meses".
No dia 29, o secretário-executivo do Cimi, Cleber Buzatto, denunciou ao Fórum Permanente para Questões Indígenas ONU (Organização das Nações Unidas), em Nova York, a insegurança de lideranças indígenas que lutam por seus territórios e pediu providências pela retomada das demarcações das terras indígenas no Brasil.
Também pediu uma "ampla consulta com os povos indígenas e construção uma legislação inclusiva sobre biodiversidade".

As mortes

O agente indígena de saneamento Eusébio Ka'apor, 42, da aldeia Xiborendá, da Terra Indígena Alto Turiaçu (MA), foi assassinado no dia 26 de abril com um tiro nas costas. Ele voltava de uma aldeia onde mora o filho e estava de carona em uma moto, quando dois homens encapuzados abordaram o veículo, pediram que parasse e, em seguida, o acertaram um tiro.
Testemunhas afirmam que o crime foi cometido por madeireiros do município de Centro do Guilherme.
Eusébio era integrante do Conselho de Gestão Ka'apor e teria sido morto em retaliação a ações de fiscalização e vigilância territorial iniciadas em 2013 pelos índios. Em março, a tribo fechou todos os ramais de invasão madeireira da Terra Indígena Alto Turiaçu. Eusébio era considerado um líder combativo contra a exploração ilegal de madeira.
Diante da repercussão, o Ministério Público Federal no Maranhão requisitou abertura de inquérito à Polícia Federal para investigar o caso. Os índios afirmam que temem prestar queixa na delegacia da cidade por conta de possível apoio da polícia local aos madeireiros.
O agente indígena de saúde Adenilson da Silva Nascimento, conhecido como "Pinduca", 54, foi assassinado no dia 1º, numa estrada que liga Ilhéus ao município de Una, nas proximidades da aldeia Serra das Trempes, Terra Indígena Tupinambá de Olivença (BA).
Segundo o Cimi, o assassinato de Adenilson ocorreu em situação semelhante ao de Eusébio. Dois homens encapuzados cercaram e atingiram Eusébio com um tiro nas costas. A Polícia Civil ainda investiga o caso.
Em protesto pelo crime, cerca de 300 indígenas tupinambás fecharam, na última segunda-feira (4), a ponte que liga o distrito de Olivença a Ilhéus.
Já o indígena Gilmar Alves da Silva, 40, foi morto enquanto ia à aldeia Pambú, povo Tumbalalá, no município de Abaré (BA).
Ele também pilotava uma moto, que foi interceptada por um automóvel. Com o impacto, Gilmar caiu e foi alvejado por uma sequência de tiros. Ele ainda conseguiu voltar a sua a aldeia, mas não resistiu e morreu.
A Polícia Militar conseguiu apreender o carro usado. O suspeito do crime está sendo procurado, mas não teve o nome revelado.

Funai acompanha

Ao UOL, a Funai (Fundação Nacional do Índio) informou que está acompanhando as investigações das mortes de Eusébio Ka'apor e Adenilson da Silva Nascimento, mas que em relação à morte de Gilmar Alves não tem conhecimento do caso.
Sobre as demarcações, o órgão disse que a orientação do governo federal "é no sentido de promover o maior dialogo possível entre os órgãos da administração pública federal e entes federados eventualmente atingidos pela demarcação de terras indígenas, de forma a minimizar os conflitos de interesse, construir consensos, contribuindo para a redução de conflitos".
A Funai ainda disse que, com essa orientação, o resultado, em um curto prazo, é o "retardamento da edição dos referidos atos administrativos".
Fonte: http://noticias.uol.com.br/cotidiano/ultimas-noticias/2015/05/08/cnbb-suspeita-de-crimes-em-serie-contra-indios-no-nordeste.htm

quarta-feira, 6 de maio de 2015

Assassinatos sequenciais e seletivos de indígenas no Brasil

Nota do Cimi sobre assassinatos sequenciais e seletivos de indígenas no Brasil

Os assassinatos em questão atestam o aprofundamento do processo de violação de direitos e de violências contra os povos indígenas no país
 
O Conselho Indigenista Missionário (Cimi) manifesta profundo lamento e preocupação com o assassinato de três lideranças indígenas, em uma semana, no Brasil.  Avaliamos que os ataques covardes que mataram Eusébio Ka´apor, no dia 26 de abril, no estado do Maranhão, Adenilson da Silva Nascimento, do povo Tupinambá, no dia 1º de maio, e Gilmar Alves da Silva, do povo Tumbalalá, no dia 3 de maio, estes no estado da Bahia, não são fatos isolados. Trata-se de assassinatos sequenciais e seletivos de líderes e integrantes de povos indígenas no Brasil.

Consideramos que tais assassinatos são resultados fáticos da associação nada casual de três fatores principais, a saber: os discursos racistas proferidos por parlamentares ruralistas do Congresso Nacional, a paralisação dos procedimentos de demarcação e a omissão quanto à proteção das terras indígenas por parte do governo Dilma e decisões da 2ª. Turma do Supremo Tribunal Federal (STF), que anularam atos administrativos de demarcação de terras nos últimos meses. Esses fatores servem de combustível que alimentam a sanha assassina dos inimigos dos povos indígenas no Brasil.

Os assassinatos em questão atestam o aprofundamento do processo de violação de direitos e de violências contra os povos indígenas no Brasil. Para fazer frente a esta situação, passa a ser fundamental que os assassinos sejam identificados e punidos, e que os fatores acima elencados sejam superados.

O Cimi se solidariza com os povos Ka´apor, Tupinambá e Tumbalalá e com as famílias de Eusébio, Adenilson e Gilmar neste lamentável e triste momento de suas vidas.

Conselho Indigenista Missionário – Cimi
Brasília, DF, 5 de maio de 2015

 





terça-feira, 5 de maio de 2015

III FORO INTERNACIONAL DA ABS EDUCACIÓN, DIVERSIDAD Y TERRITORIOS INDÍGENAS





Salamanca, 7 de mayo de 2015


10.00h - Acto de Apertura
Dinámica de Apertura: Ofrenda a la Pachamama

Mesa de Autoridades
José María Hernández Díaz (USAL)
María Esther Martínez Quinteiro (USAL)
Ángel Baldomero Espina Bárrio (USAL)
Miguel Carrera Troyano (USAL)
Daniel Valério Martins (Presidente ABS)
Ademir Valdir dos Santos (UFSC/Brasil)

11.00h Painel de Apertura
Educación, Diversidad y Territorios Indígenas no Brasil
Leonel Piovezana (UNOCHAPECÓ/Brasil)

Lilian Blanck de Oliveira (FURB/Brasil)


12:00 Mesa Temática I – Educación Intercultural, Diversidad Religiosa y Derechos humanos
José María Hernández Díaz (USAL)
Ademir Valdir dos Santos (UFSC/Brasil)
Luciano Nunes de Oliveira (UEPB e FUNDAJ/Brasil)

Adecir Pozzer (SED e USJ/Brasil)

Coordinación: Elcio Cecchetti (USAL e UFSC/Brasil)

16.00h – Mesa Temática II – Ciencia, Conocimientos y Prácticas Tradicionales
Juan Antonio Rodríguez Sánchez (USAL)
Eliana Pilar Cossio Coca (USAL e UMSS/Bolívia)
Adrian Gonzalés (USAL)
Ana Cláudia Rocha (UESB/Brasil)
Coordinación: Euzelene Rodrigues Aguiar (USAL e UNEB/Brasil)

18.00h – Mesa Temática III - Tierras y Territorios Indígenas
Daniel Valerio Martins (USAL)
Roger Vargas Huanca (USAL)
Giovana Didoné Piovezana (UNOCHAPECÓ/Brasil)
Racquel Valério Martins (USAL)
Coordinación: Silvania Márcia Bezerra Viana (USAL)

20.00 – Clausura
Prof. María Esther Martínez Quinteiro (USAL)

Coordinación
Daniel Valério Martins (USAL)
Elcio Cecchetti (USAL e UFSC/Brasil)
Euzelene Aguiar (USAL e UNEB/Brasil)
Nara Rubia Zardin (USAL)
Racquel Valerio Martins (USAL)

Lugar: Sala de Grados. Facultad de Educación. Universidad de Salamanca
(Paseo de Canalejas, 169 - ver mapa) - Teléfono: 923 294 630

Inscripción: gratuitas.
Para inscribirse, es necesario enviar un correo para foroabs@hotmail.com hasta el día 05 de mayo, informando nombre completo, e-mail e institución.

Certificación: ABS e GIR Helmántica Paideia



Fonte: ANAIND