Fronteira da História e da Cultura










MARCO II


SÍTIOS E PONTOS HISTÓRICOS - ITINERÁRIO


- PITANGA DE PALMARES (PÁTIO DA DANÇA DE SÃO GONÇALO);
- ESPAÇO DA ANTIGA FAZENDA MOCAMBO E RIO IMBIRUSSU, ATUAL BACIA JAONES II;
- DAMBE DO ALTO – RUINAS DA MATRIZ DE S. MIGUEL DO COTEGIPE;
- VIAS DE PENTRAÇÃO DO CIA: PASSAGEM PELA FRENTE DA UNIDADE ECOLÓGICA DE COTEGIPE – UEC;
- LAGOA DAS COBRAS E LAGOA DO GUÍPE;
- SOBRADO E SENZALA DOS USINEIROS MAGALHÃES;
- MARINA ARATU;
- IATE CLUBE ARATU;
- PANORÂMICA DA BAÍA DE ARATU E BAÍA DE TODOS S SANTOS;
- MAPELE (ALTO DA PENSÃO - STRSF: SR. MANUEL);
- ENCORADOURO BELOV, PONTE FERROVIÁRIA, FONTE DA GUINDA EM MAPELE...

Depois iremos complementando.



Eis que os pedidos de professores, alunos, profissionais outros, pesquisadores e instituições - tocaram fundo e abrimos então aqui em nosso blog a Fronteira da História & Cultura a fim de satisfazer as demandas sobre a História e Cultura de Simões Filho. Inclusive, alguns alunos de Pós-Graduação de alguns cursos. Entre estes, a professora Maria das Neves, carinhosamente conhecida como "Das Neves" no meio educaional.

Então vamos iniciando aqui alguns marcos.


MARCO I - PROS LADOS DA BAÍA DE ARATU, DAMBE E MAPELE


Mais uma vez nos voltamos para a nossa cultura, história e meio ambiente e reencontramos as nossas riquezas que precisam ser cada vez mais incorporadas ao conhecimento e ao convívio dos seus munícipes! Simões Filho tem uma paisagem e uma passagem pela história da Bahia e do Brasil – das quais podemos nos orgulhar.

AS MATAS DO ENTORNO DA BAÍA DE ARATU

"Quindô, Cassenda, Brochado, Coroa de Matoim". Estes nomes eu fui "pescando" numa conversa informal mas muito bem marejada com Jailton (Guiu), pescador dos bons de Mapele, amigo de Raimundo Nascimento o "Birro" da Associação de Marisqueiras e Pescadeiros de Simões Filho, sediada em Mapele.

Uma localidade que pulsa nas mentes dos munícipes é o Dambe e que muitos populares chamam de Dame e que documentos mui antigos denominam-na de Dambé, - está incrustada na enseada da Baía de Aratu, um acidente geográfico da Baía de Todos os Santos onde o quarto bispo do Brasil – D. Constantino Barradas erguera a Matriz de São Miguel de Cotegipe em 1608, através da Companhia dos Jesuítas. Por tanto, mais uma oportunidade para celebrar os quatrocentos anos desta Paróquia que hoje está construída no centro do município.
Com esta Caminhada Ecológica, pretendemos sensibilizar os participantes sobre o patrimônio histórico-ambiental: ruínas da Matriz, Baía de Aratu, vegetação com remanescentes de mata atlântica e ainda, por seus moradores, em particular, aqueles que são os descendentes do apogeu da cana de açúcar e seus engenhos que são os afro-brasileiros que ali ainda residem, afinal, todos são, para nosso orgulho: SIMOESFILHENSES!

Com esta Caminhada Ecológica acontecendo no Dia Nacional do Samba, teremos muito samba com vários grupos, - reverenciando com este gênero musical a paisagem bucólica do Dambe, da Baía de Aratu e do “mar verde” que era o Cotegipe por seu canavial, ‘a mais notável sesmaria de Paripe’ segundo Gabriel Soares de Souza em seu “Tratado Descritivo do Brasil” de 1587 ou as referências a esta localidade feitas por Wanderley Pinho em seu livro “História de um Engenho do Recôncavo”!!!

Em 2007 fizemos mais uma das muitas Caminhadas EcoHistóricaCulturais ao Dambe, exatamente na data, 2 de dezembro, Dia Nacional do Samba e meses antes dos 400 anos da Matriz de São Miguel de Cotegipe! À cada senda ou esfinge a ser decifrada eu falava para os caminantes sobre os seculares fatos e ou habitantes dali e aí surgiram nomes assim. Veja abaixo:

NOMES DESTACÁVEIS:

João de Velosa (possivelmente o primeiro sesmeiro. Era apadrinhado do rei);
Mem de Sá trouxe Heitor Antunes “Cavaleiro da Casa Real” e Ana Roiz, sua esposa;
Sebastião Faria (Casa-se com Beatriz Antunes filha de Heitor e Ana);
Sebastião da Ponte, vizinho de Sebastião Faria;
Sebastião Alvarez, o velho, teria sido o Barão de Cotegipe (pois este se casou com a filha de Sebastião Faria, poderoso engenhista da época.
Wanderley Pinho;
João Costa;
Tia Anastácia Martins de Freitas
Sr. Jerônimo Conceição
D. Neide Ferreira Camargo...

Preparei uma lista com frases para serem afixadas nos marcos durante Caminhada EcoHistóricaCultural:
10 Placas de 30 x 70 cm com as seguintes frases abaixo:
1. O manguezal é berçário da vida marinha. Isto é cultura!
2. 70% das vidas marinhas dependem dos manguezais. Isto é cultura!
3. Preserve o manguezal. Isto é cultura!
4. Os mangues produzem mais 95% do alimento que capturamos do mar. Isto é cultura!
5. Kirimurê era o nome Tupinambá da Baía de Todos os Santos. Isto é cultura!
6. A Baía de Aratu é um acidente geográfico. Isto é cultura!
7. Nas terras de Cotegipe foram erguidos notáveis engenhos. Isto é cultura!
8. Os soldados libertários passaram por nosso massapê e apicuns. Isto é cultura!
9. Na Água Comprida a ferrovia abriu o seu caminho de ferro. Isto é cultura!
10. A Ex-Matriz de São Miguel de Cotegipe foi erguida em 1608. Isto é cultura!
O2 Placas de 70 x 1,50 cm para as seguintes frases abaixo:
1. Aqui viveram: Tapuias e tupis. Portugueses e holandeses. Senhores de engenhos e jesuítas. Africanos forros, escravos e ladinos. Isto é cultura!
2. Esta região testemunhou as batalhas entre portugueses e holandeses por mais de 3 décadas. Isto é cultura!

CONVERSAS PELAS BEIRAS:

Sr. Jerônimo Conceição nascido no Dambe há 83 anos, sua mãe era indígena e seu pai africano. Era sobrinho de Tia Anastácia com quem foi morar após a morte de sua mãe.
- Última missa na Ex-Matriz, foi em 1935, celebrada pelo Padre Monteiro;
- D. Tolentina tinha um escravo por nome Braz.
- A Ponte Mapele – Passagem dos Teixeira deve ter uns 70 anos e foi construída pela Estaca França e fica a partir da Ponta Alexandre Dias.

Obs: Do início do Dambe (no alto) ao fundo da RDM (ex-SIBRA) estão 15 famílias. Quando se engloba Dambe (no alto) e o Engenho de Baixo apresentam-se 555 famílias.

Fonte:

O que é uma Baía: As baías são acidentes geográficos, junto aos braços de mar, lagoas costeiras, estreitos e fiordes, como ambientes costeiros que contêm água do mar diluída pela drenagem costeira, genericamente chamados de estuários. A Baía de Todos os Santos é a maior reentrância de águas profundas e abrigadas do Brasil e do Atlântico Sul. Ela é considerada a segunda maior baía navegável do mundo, evidentemente por conta das dificuldades conceituais; mas o substantivo é ser um dos melhores sítios do Brasil, quiçá do mundo, mas certamente entre os melhores, adequado para implantação de portos, terminais, estaleiros, marinas e atividades náuticas.

Pronto. Descansemos a prosa. Depois retomamos com um novo marco.

7 comentários:

  1. Parabens por esse trabalho, muito interessante e rico. bjs!

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  2. Muito grato, cara Rose, pela visita e carinho. Volte sempre!

    Beijos

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  3. Salve Ademário, vc sabe algo dessa igreja em ruinas na ilha de são joão? Abraço e parabens pelo serviço

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  4. Salve JF!

    Vc se refere a foto do casarão dos usineiros Magalhães? Na ordem: a 4ª e 8ª fotos?

    Abraço,

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    1. Olá! Passo diariamente por Aratu e CIA até chegar à BR 324, com destino a Camaçari. E sempre me impressiono com as ruínas de um casarão. Já tentei saber mais sobre, mas, não encontrei nada. Vc poderia falar mais sobre essa ruína?
      Obrigada, desde já.

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    2. Querida, trata-se da Freguesia de São Miguel do Cotegipe, quando o quarto bispo do Brasil – D. Constantino Barradas a erguera 1608. Claro há várias dicrepâncias em relação às datas de edificação. Grato pelo contato!

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  5. FELIZ de encontrar mais um amante pela historia de Simões Filho, parabenizo o seu talento e amor colocado nesse trabalho, como você, eu também gostaria que os simõesfilhense conhecesse sua real historia, e sentisse orgulho de ser filho da boa terra e da boa gente!

    Amigo um forte abraço;

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