quinta-feira, 22 de abril de 2010

Fronteira da Teatralidade - A Bomba na Rede da Teia











Apresentação (release)

A Bomba na Rede da Teia(Espetáculo para todas as idades).

Do PROJETO PESCANDO da ARUANÃ – Associação para Recursos Ambientais e Artísticos e FUNDAÇÃO CRÊ, que possui um leque de ações e campanhas para a retirada de “pesqueiros” e sensibilização das comunidades em geral, nasceu o Curso de Teatro e Educação Ambiental e desse, como resultado prático, o espetáculo A Bomba Na Rede Da Teia. A 1a fase (a Teia), iniciada em setembro de 2001, contava com trinta jovens, na maioria, moradores de Mapele, Santa Luzia e Cotegipe (entorno da Baía de Aratu, um dos 35 pontos da Pesca com Bomba). Nessa fase trabalhamos a integração, relações interpessoais, conhecimentos sobre Educação Ambiental, etc., como tentativa de construir/constituir (a Rede) com essas crianças, jovens e suas comunidades, Promotoria de Meio Ambiente do Ministério Público, a fim de darmos um BASTA a essa prática com explosivos, entre outras, predatórias e darmos lugar a uma Sociedade e Desenvolvimento Sustentáveis, em particular, ao Homem e ao Mar e Manguezais da nossa Baía de Aratu!

Na 2ª fase, costuramos tudo isso com o teatro, - veículo educativo e transformador e produzimos essa montagem com os causos das Rodas dos Pescadores com os fios das cantigas de roda, brincadeiras à beira do mar, poesia, denúncia, apelo dramático pela vida do Homem e do Mar e seus Manguezais!

ELENCO:
Demerson Rodrigues
Graciela Cavalcante
Joilson de Jesus da Silva
Marcelo Barros
Marênia Vafel
Milana Oliveira
Miguel Filho
Valmir Santana

FICHA TÉCNICA:
Rino Carvalho - Figurino
Walden Rodrigues - Cenário, Adereços e Fantasias
Angélica Paixão – Costureira
Natalina Bomfim Ribeiro – Contextualização Pedagógica
Fábio Prado - Arranjos & Direção Musical
Ademario Ribeiro - Elaboração do Projeto, Professor de Teatro, Educador Ambiental, Relações Interpessoais, Texto Dramático, Concepção Musical, Direção de Produção & Direção Geral
Prefeitura de Simões Filho (Secretaria de Educação e Cultura) - Apoio
ARUANÃ & Fundação Crê - Execução do Projeto & Produção.

Agenda & Roteiro:
A BOMBA NA REDE DA TEIA

Agenda & Roteiro: A BOMBA NA REDE DA TEIA foi apresentada em mais de duas dezenas de escolas do município de Simões Filho e participou de alguns festivais e fóruns com temática socioambiental.

Contato: 8733 1148 - Ademario Ribeiro
Apoio: Ministério Público - Promotoria de Meio Ambiente de Simões Filho - Prefeitura de Simões Filho - Secretaria de Educação e Cultura - Assessoria de Imprensa
Produção e Execução: ARUANÃ & Fundação Crê

ROTEIRO DO TRANSPORTE:
 Saída às 13:00 horas da sede da ARUANÃ (Prédio do Ministério Público, antigo SENAI), passando pela Praça Principal de Cotegipe, rumo à Mapele nos seguintes pontos: Fim de Linha, Alto da Torre e em seguida para a Escola programada para o dia. Retorno às 16:30 horas, seguindo este itinerário: Mapele+Cotegipe+ARUANÃ (Ministério Público).

Matéria do Correio da Bahia, 28/08/2002*

Meio Ambiente / Proteção aos cardumes
Peça teatral alerta comunidades litorâneas do estado para os males causados pela pesca com bomba
Por Daniel Freitas

Baleias, botos e caranguejos contracenam com pescadores, marisqueiras e repórteres. Assim é a peça A bomba na rede da teia. Nela, esses personagens expõem as conseqüências da pesca com materiais explosivos, prática predatória que causa mortandade de peixes e distúrbios neurológicos em pescadores.
A peça enfoca a área da Baía de Aratu, um dos 35 pontos do litoral baiano afetados pela pesca com bombas. O texto relata os estragos da prática para a comunidade, como o rachamento das paredes das casas e dos tubos das mais de 15 empresas que atuam na área - como a Petrobras, Luminar, Usiba, estaleiro, Belov, Dow Química entre outras - e o extermínio de espécies marinhas, comprometendo a economia local.
Os nove atores do espetáculo são ex-integrantes do Curso de Teatro e Educação Ambiental promovido desde setembro do ano passado pela organização não-governamental Associação para Recursos Ambientais e Artísticos (Aruanã). Com sede em Simões Filho, a ONG resolveu utilizar os recursos teatrais para divulgar a cidadania ambiental entre os jovens. Desde agosto, A bomba na rede da teia está sendo vista em dezenas de colégios municipais da região, com o objetivo de conscientizar os estudantes de que meio ambiente é coisa séria e, como tal, deve ser preservado.
"No ano passado, seis mil toneladas de peixes foram mortos por aqui em virtude da pesca com materiais explosivos", revela Ademário Ribeiro, presidente da Aruanã, autor do texto e diretor da peça. O roteiro inclui histórias de pessoas que morreram ou perderam os braços ou as pernas, ficaram surdas ou enlouqueceram por conta das bombas. Os atores também citam espécies de peixes em vias de extinção, como mero, olho-de-boi e cabeçudo, vítimas do efeito violento dos explosivos.
A pesca predatória por bombas é praticada em todo o mundo desde a Segunda Guerra Mundial em razão dos experimentos militares com materiais explosivos. Até hoje, a prática traz riscos para a ecologia. Ademário Ribeiro conta que a peça gera uma considerável repercussão entre os alunos das escolas, que ouvem enternecidos os relatos de filhos de pescadores que viram a vida mudar com os estragos provocados pelas explosões.
Os estudantes que assistem à peça transmitem o recado para os jovens carentes de comunidades ribeirinhas da Baía de Aratu, formando uma verdadeira rede de cidadania ambiental. Por enquanto, o espetáculo está indo apenas para as escolas municipais, mas a Aruanã estuda ampliar a iniciativa para as escolas estaduais e particulares.
A bomba na rede da teia é fruto de uma parceria entre a Aruanã, a Fundação Crê e a Promotoria de Justiça de Simões Filho. Há 16 anos, a ONG desenvolve projetos socioeducativos por lá, sempre ligados à ótica ambiental, como a transformação de material reciclado do lixo em objetos artísticos.
A escolha do nome da entidade e seu engajamento com a causa ecológica não são obras do acaso. Para quem não sabe, Aruanã é nome de um peixe (Osteoglossum bicirrhosum) do Rio Araguaia, em Tocantins, conhecido pelos índios como peixe-macaco e peixe-mola pelas suas acrobacias e saltos. Aruanã também é nome de uma tartaruga (Chelonia mydas) encontrada no litoral brasileiro, conhecida por "Verde" em razão de seu casco castanho esverdeado e, às vezes, acizentado. Em tempo de desova, elas são vistas com freqüência nas ilhas oceânicas do Arquipélago de Fernando de Noronha (Pernambuco), no Atol das Rocas (Rio Grande do Norte) e em Trindade (Espírito Santo).

JORNAL A TARDE - MUNICÍPIOS
27/09/2002
Cultura & Lazer

Curso de teatro debate questões ambientais

Simões Filho – Do Projeto Pescando, da ARUANÃ (Associação para Recursos Ambientais e Artísticos e Fundação Crê), que possui um leque de ações e campanhas para a retirada de “pesqueiros” e sensibilização das comunidades em geral, nasceu o Curso de Teatro e Educação Ambiental e desse, como resultado prático, o espetáculo A Bomba na Rede da Teia, iniciada em setembro de 2001, e contava com 30 jovens, na maioria moradores de Mapele, Santa Luzia e Cotegipe (entorno da Baía de Aratu, um dos 35 pontos da Pesca com Bomba). No elenco estão Demerson Rodrigues, Graciela Cavalcante, Joilson de Jesus da Silva, Luciana Simões, Marcelo Barros, Marênia Vafel, Milana Oliveira, Miguel Filho, e Valmir Santana. A direção geral é de Ademário Ribeiro.

Nessa fase, se trabalhou a integração, relações interpessoais, conhecimentos sobre Educação Ambiental etc., como tentativa de construir uma rede de sensibilização e conscientização com essas crianças, jovens, suas comunidades e a promotoria de meio ambiente, a fim de dar um basta a essa prática com explosivos, dentre outras predatórias, dando lugar a uma Sociedade e Desenvolvimento Sustentável, em particular, ao homem e ao mar e manguezais da Baía de Aratu. Na segunda fase, costurou-se tudo isso com o teatro, - veículo educativo e transformador e se produziu essa montagem com os causos das rodas dos pescadores com os fios das cantigas de roda.

Apresentação

O espetáculo A Bomba Na Rede Da Teia foi o resultado prático do Curso de Teatro e Educação Ambiental através do Projeto Pescando da ARUANÃ – Associação para Recursos Ambientais e Artísticos em parceria com a FUNDAÇÃO CRÊ.
Na 1a fase iniciou-se (A Teia), em setembro de 2001, contando com trinta jovens, na maioria, moradores de Mapele, Santa Luzia e Cotegipe.

Objetivo: sensibilizar/intercambiar (a Rede) de crianças, jovens e suas comunidades, promotoria de meio ambiente e outros parceiros contra a Pesca Predatória e outras formas de poluição (A Bomba) que ameaçam o Homem e o Mar, particularmente a nossa Baía de Aratu.

Socializamos: conhecimentos sobre Educação Ambiental, cultura, história e ação local, solidariedade, formas de resolver conflitos em equipe, auto-estima, reflexão, mudança de atitudes e costurando tudo isso com o teatro como veículo educativo e transformador.

A 2ª fase, (foi produzir a montagem do espetáculo como resultado prático do curso), costurando Rede e Teia nos fios das cantigas de roda, brincadeiras à beira do mar, poesia, denúncia, apelo dramático pela vida do Homem e do Mar. Agora é sua vez de lançar sua Rede: venha para a Roda destes Pescadores!

Lançando a rede da história...

A vida se originou no mar. Mares e oceanos, deles nos alimentamos e exploramos gás natural, petróleo, etc. Eles ocupam a maior parte da Terra. Estes ecossistemas vêm sofrendo toda uma onda predatória: experiências atômicas, pesca com bomba, com malha fina, efluentes líquidos das indústrias, aterro de manguezais, etc.

Historicamente, sabemos que a Pesca Predatória por bomba, veio a ser conhecida e utilizada pelos ribeirinhos por volta da Segunda Guerra Mundial, em razão dos experimentos dos militares com materiais explosivos. Este mecanismo foi incorporado à prática de alguns pescadores...

Nas Rodas de Pescadores, contam-se casos e causos: de pessoas que morreram ou perderam os braços, as pernas, ficaram surdas, enlouqueceram, tiveram casas rachadas, peixes em vias de extinção ou que nesta ou naquela região já não mais existem ou estão comprometidas.

Ademario Ribeiro



Convite

Ciclo fez parte deste espetáculo de minha autoria, direção e produção. Talvez tenhamos cantado numa transição entre canção praieira e concluindo como uma samba de palma da mão/uma chula:

Vamos procurar o camin
O camin d’aldeia, camará
Maré baixa, maré alta
Vida, movimento sem fim,
Mutirão p’ra conscientizar
Que bomba é desamor camará – BIS

A volta que a rede deu
É a teia quem sustenta, camará
P’ra ter trabáio p’ra Yoyô
P’ra ter peixe p’ra Yayá
P’ra ter verde e mais amor
P’ro mundo inteiro, camará...

quarta-feira, 21 de abril de 2010

Fronteira da História & Cultura - Marco II










MARCO II

SÍTIOS E PONTOS HISTÓRICOS - ITINERÁRIO

- PITANGA DE PALMARES (PÁTIO DA DANÇA DE SÃO GONÇALO);
- ESPAÇO DA ANTIGA FAZENDA MOCAMBO E RIO IMBIRUSSU, ATUAL BACIA JAONES II;
- DAMBE DO ALTO – RUINAS DA MATRIZ DE S. MIGUEL DO COTEGIPE;
- VIAS DE PENTRAÇÃO DO CIA: PASSAGEM PELA FRENTE DA UNIDADE ECOLÓGICA DE COTEGIPE – UEC;
- LAGOA DAS COBRAS E LAGOA DO GUÍPE;
- SOBRADO E SENZALA DOS USINEIROS MAGALHÃES;
- MARINA ARATU;
- IATE CLUBE ARATU;
- PANORÂMICA DA BAÍA DE ARATU E BAÍA DE TODOS S SANTOS;
- MAPELE (ALTO DA PENSÃO - STRSF: SR. MANUEL);
- ENCORADOURO BELOV, PONTE FERROVIÁRIA, FONTE DA GUINDA EM MAPELE...

Depois iremos complementando.

Fronteira da História & Cultura - Marco I


Eis que os pedidos de professores, alunos, profissionais outros, pesquisadores e instituições - tocaram fundo e abrimos então aqui em nosso blog a Fronteira da História & Cultura a fim de satisfazer as demandas sobre a História e Cultura de Simões Filho. Inclusive, alguns alunos de Pós-Graduação de alguns cursos. Entre estes, a professora Maria das Neves, carinhosamente conhecida como "Das Neves" no meio educaional.

Então vamos iniciando aqui alguns marcos.
MARCO I - PROS LADOS DA BAÍA DE ARATU, DAMBE E MAPELE

Mais uma vez nos voltamos para a nossa cultura, história e meio ambiente e reencontramos as nossas riquezas que precisam ser cada vez mais incorporadas ao conhecimento e ao convívio dos seus munícipes! Simões Filho tem uma paisagem e uma passagem pela história da Bahia e do Brasil – das quais podemos nos orgulhar.

AS MATAS DO ENTORNO DA BAÍA DE ARATU

"Quindô, Cassenda, Brochado, Coroa de Matoim". Estes nomes eu fui "pescando" numa conversa informal mas muito bem marejada com Jailton (Guiu), pescador dos bons de Mapele, amigo de Raimundo Nascimento o "Birro" da Associação de Marisqueiras e Pescadeiros de Simões Filho, sediada em Mapele.

Uma localidade que pulsa nas mentes dos munícipes é o Dambe e que muitos populares chamam de Dame e que documentos mui antigos denominam-na de Dambé, - está incrustada na enseada da Baía de Aratu, um acidente geográfico da Baía de Todos os Santos onde o quarto bispo do Brasil – D. Constantino Barradas erguera a Matriz de São Miguel de Cotegipe em 1608, através da Companhia dos Jesuítas. Por tanto, mais uma oportunidade para celebrar os quatrocentos anos desta Paróquia que hoje está construída no centro do município.
Com esta Caminhada Ecológica, pretendemos sensibilizar os participantes sobre o patrimônio histórico-ambiental: ruínas da Matriz, Baía de Aratu, vegetação com remanescentes de mata atlântica e ainda, por seus moradores, em particular, aqueles que são os descendentes do apogeu da cana de açúcar e seus engenhos que são os afro-brasileiros que ali ainda residem, afinal, todos são, para nosso orgulho: SIMOESFILHENSES!

Com esta Caminhada Ecológica acontecendo no Dia Nacional do Samba, teremos muito samba com vários grupos, - reverenciando com este gênero musical a paisagem bucólica do Dambe, da Baía de Aratu e do “mar verde” que era o Cotegipe por seu canavial, ‘a mais notável sesmaria de Paripe’ segundo Gabriel Soares de Souza em seu “Tratado Descritivo do Brasil” de 1587 ou as referências a esta localidade feitas por Wanderley Pinho em seu livro “História de um Engenho do Recôncavo”!!!

Em 2007 fizemos mais uma das muitas Caminhadas EcoHistóricaCulturais ao Dambe, exatamente na data, 2 de dezembro, Dia Nacional do Samba e meses antes dos 400 anos da Matriz de São Miguel de Cotegipe! À cada senda ou esfinge a ser decifrada eu falava para os caminantes sobre os seculares fatos e ou habitantes dali e aí surgiram nomes assim. Veja abaixo:

NOMES DESTACÁVEIS:

João de Velosa (possivelmente o primeiro sesmeiro. Era apadrinhado do rei);
Mem de Sá trouxe Heitor Antunes “Cavaleiro da Casa Real” e Ana Roiz, sua esposa;
Sebastião Faria (Casa-se com Beatriz Antunes filha de Heitor e Ana);
Sebastião da Ponte, vizinho de Sebastião Faria;
Sebastião Alvarez, o velho, teria sido o Barão de Cotegipe (pois este se casou com a filha de Sebastião Faria, poderoso engenhista da época.
Wanderley Pinho;
João Costa;
Tia Anastácia Martins de Freitas
Sr. Jerônimo Conceição
D. Neide Ferreira Camargo...

Preparei uma lista com frases para serem afixadas nos marcos durante Caminhada EcoHistóricaCultural:
10 Placas de 30 x 70 cm com as seguintes frases abaixo:
1. O manguezal é berçário da vida marinha. Isto é cultura!
2. 70% das vidas marinhas dependem dos manguezais. Isto é cultura!
3. Preserve o manguezal. Isto é cultura!
4. Os mangues produzem mais 95% do alimento que capturamos do mar. Isto é cultura!
5. Kirimurê era o nome Tupinambá da Baía de Todos os Santos. Isto é cultura!
6. A Baía de Aratu é um acidente geográfico. Isto é cultura!
7. Nas terras de Cotegipe foram erguidos notáveis engenhos. Isto é cultura!
8. Os soldados libertários passaram por nosso massapê e apicuns. Isto é cultura!
9. Na Água Comprida a ferrovia abriu o seu caminho de ferro. Isto é cultura!
10. A Ex-Matriz de São Miguel de Cotegipe foi erguida em 1608. Isto é cultura!
O2 Placas de 70 x 1,50 cm para as seguintes frases abaixo:
1. Aqui viveram: Tapuias e tupis. Portugueses e holandeses. Senhores de engenhos e jesuítas. Africanos forros, escravos e ladinos. Isto é cultura!
2. Esta região testemunhou as batalhas entre portugueses e holandeses por mais de 3 décadas. Isto é cultura!

CONVERSAS PELAS BEIRAS:

Sr. Jerônimo Conceição nascido no Dambe há 83 anos, sua mãe era indígena e seu pai africano. É sobrinho de Tia Anastácia (falecida) com quem foi morar após a morte de sua mãe.
- Última missa na Ex-Matriz, foi em 1935, celebrada pelo Padre Monteiro;
- D. Tolentina tinha um escravo por nome Braz.
- A Ponte Mapele – Passagem dos Teixeira deve ter uns 70 anos e foi construída pela Estaca França e fica a partir da Ponta Alexandre Dias.

Obs: Do início do Dambe (no alto) ao fundo da RDM (ex-SIBRA) estão 15 famílias. Quando se engloba Dambe (no alto) e o Engenho de Baixo apresentam-se 555 famílias.

Fonte:

O que é uma Baía: As baías são acidentes geográficos, junto aos braços de mar, lagoas costeiras, estreitos e fiordes, como ambientes costeiros que contêm água do mar diluída pela drenagem costeira, genericamente chamados de estuários. A Baía de Todos os Santos é a maior reentrância de águas profundas e abrigadas do Brasil e do Atlântico Sul. Ela é considerada a segunda maior baía navegável do mundo, evidentemente por conta das dificuldades conceituais; mas o substantivo é ser um dos melhores sítios do Brasil, quiçá do mundo, mas certamente entre os melhores, adequado para implantação de portos, terminais, estaleiros, marinas e atividades náuticas.

Pronto. Descansemos a prosa. Depois retomamos com um novo marco.

Encerramento do Projeto de Intervenção História e Cultura dos Povos Indígenas - Lei 11.645/08

ESTÁGIO SUPERVISIONADO III - ENCERRAMENTO

(16 DE AGOSTO A 19 DE NOVEMBRO DE 2010)

REALIZAR este Projeto de Intervenção "História e Cultura Indígena: Passado e Presente pra Valer", é contribuir com os Povos Indígenas no Brasil e oferecer à Educação essa proposição a fim de a Lei 11.645/08 não fique apenas no papel. Por isso, o propomos à coordenação pedagógica do CESA, para que, numa abordagem transversal, fosse desenvolvido nas turmas do 1º ao 5º ano, no transcurso de 2010, articulando temas/conteúdos de História, Ciências/Meio Ambiente, Língua Tupi, Música, Arte, Literatura e Teatro.

Dos conteúdos em sala de aula foram tomando corpo numa dimensão e abordagem transdiciplinar, diversas oficinas: tupi – português para o ensino-aprendizagem para a dramatização e elaboração do glossário, peteca, teatro, cerâmica, preparação de instrumentos musicais, figurinos e pinturas corporais indígenas a partir da cultura do povo Ikpeng, etc.

Gostaríamos de melhor sistematizar fotos (muito a agradecer à Profª Ezi), temas e textos aqui socializados nos nosso Projeto de Intervenção, apresentado à disciplina Estágio Supervisionado III, como exigência parcial para conclusão desta etapa do curso de graduação em Pedagogia da Universidade Federal de Ouro Preto – Centro de Educação Aberta e a Distância, que, após a primeira etapa que constou de coleta de dados, depois, na segunda etapa a partir do dia 22 de março de 2010, entre as turmas do 1ª A e B, quando observei e participei do fenômeno em sala de aula, e, em terceiro momento, na 3ª série (4º ano), ora a realização do Projeto de Intervenção.

Fiquem à vontade para comentar! Será um prazer manter intercâmbio. Ensinar será circunstancial, mas, aprender sempre!

AGRADECIMENTOS
Alberto Severiano Ribeiro, In memoriam, meu pai.
Amélia Souza Ribeiro, minha mãe.
Aos meus Ancestrais Indígenas e atuais parentes.
Profª Drª Sandra Augusta de Melo – UFOP, professora da Disciplina de Estágio;
Profª Drª Graça Graúna - UPE, tessituras ameríndias;
Profª Natalina Bomfim Ribeiro – UFOP, tutora e companheira de todas as horas;
Prof. Julival Ferreira - UFOP, tutor e amigo notável;

À Equipe pedagógica do CESA, minha paixão sociopedagógica:
Profª Solange de Couto Santana, educadora atenta e parceira;
Profª Ana Boaventura, muito me estimulou com a sua turma;
Profª Carol, com sua turma, acolheu-me com sensibilidade;
Prof. Didi Dias, trouxe seu gesto musical;
Prof. Luis Amado, nos fez rememorar o valor da argila;
Profª Márcia Barros e Pedro Augusto Mascarenhas, pelos registros audiovisuais.

Ao meu filho Yã Bomfim Ribeiro, por nossos intensos bate-papos sobre Desafios a vencer, Educação, Povos Indígenas, Cultura, Recursos Naturais, Sustentabilidade e Responsabilidade social...

Menção Especial à Profª Ezi Costa e aos seus (meus!) alunos do 4º ano, com os quais compartilhei momentos de ensinar-aprender-aprender-ensinar, de desafios e alegrias constantes, no período de 16 de agosto à 19 de novembro de 2010, quando do encerramento deste Projeto de Intervenção.

À tod@s, minha Gratidão!

AR

CONTEÚDOS
1. Levantamento e acolhimento dos conhecimentos prévios dos alunos;
2. Formação do povo brasileiro;
3. Hipóteses da chegada dos indígenas à América;
4. Povos indígenas – quem são e sua diversidade;
5. Os tempos das histórias/divisão do tempo;
6. 19 de abril, Dia do Índio e 9 de agosto, Dia Internacional dos Povos Indígenas.
7. A história que é feita de mitos (Guaraná, mandioca, origem de cada povo, etc.);
8. A história que é feita de acontecimento de cada nação;
9. A Geografia e as práticas com a terra: localização dos povos, os lugares da aldeia, a oca, a ocara, as roças, as matas, os rios;
10. As tribos indígenas na Bahia – passado e presente;
11. As leis: Constituição, o Estatuto do Índio, a Lei 11.645/08.
1. Levantamento e acolhimento dos conhecimentos prévios dos alunos;
2. Línguas indígenas – diversidade;
3. Língua Tupi – aquela a ser estudada;
4. Toponímia;
5. Construção de glossário ilustrado;
6. Um canto na língua Tupi – um dos componentes como resultado prático do Projeto.
1. Levantamento e acolhimento dos conhecimentos prévios dos alunos;
2. A ludicidade, jogos e brinquedos dos povos indígenas;
3. A música indígena dos povos indígena;
4. As danças indígenas dos povos;
5. As plumárias dos vários povos indígenas;
6. Artesanato e pinturas: cerâmica, cestaria, arcos, flechas, braceletes, sítios de representação rupestre, etc.


PROGRAMAÇÃO (Encerramento do Projeto de Intervenção)
Dia 19/11 – Das 14 Às 16 horas

Local: Acordatório - Espaço das Oficinas Lúdicas - CESA;
1. – Abertura com musica indígena de vários povos;
2. – Exposição da Arte Cerâmica feita pelos alunos do 3ª B, da Profª Ezi Costa;
3. – Celebração – Sinergia das 1ª A e B e 3ª B;
4. – Dramatização e Canto bilingue Tupi - Português;
5. – Avaliação com todos os presentes;
6. – Encerramento: Degustação de pipoca (uma palavra e um alimento indígena).

AS FOTOS ABAIXO SÃO DA TERCEIRA E SEGUNDA ETAPAS. PARA SE ENTENDER: A PRIMEIRA ETAPA CONSISTIU NA COLETA DE DADOS DA INSTITUIÇÃO EDUCAIONAL. A SEGUNDA CONSISTIU EM MINHA OBSERVAÇÃO E PARTICIPAÇÃO DO FENÔMENO EDUCATIVO EM SALA DE AULA QIANDO CONTRIBUI PELA DEFLAGRAÇÃO DO ENSINO DE CIÊNCIAS NATURAIS COM A POESIA "CELEBRAÇÃO" QUE TORNOU-SE EMBLEMÁTICA PARA OS ALUNOS DAS 1ª SÉRIE A E B. ENFIM, A TERCEIRA ETAPA COM O PROJETO DE INTRERVENÇÃO COM O ENFOUQE DA LEI 11.645/08 NO QUE DIZ RESPEITO À "HISTÓRIA E CULTURA DOS POVOS INDÍGENAS".
INTERAÇÃO DOS GRUPOS: 1ª A E B E 3ª B, SEUS PROFESSORES E DEMAIS ENVOLVIDOS DURANTE O PROCESSO DE CONSTRUÇÃO DA INTERVENÇÃO, TAIS COMO, O MÚSICO EDILTON (DIDI) DIAS, LUIS AMADO -, SOB A MINHA COORDENAÇÃO. TODAS AS PEÇAS E AS ASPECTOS SÃO COMPONENETS DESTE PROJETO.






























































































































ATIVIDADES DO ESTÁGIO II - OBSERVAÇÃO E PARTICIPAÇÃO EM SALA DE AULA

Estas poucas fotos apresentam uma prática de arte educação, acontecida na Turma do 1º Ano B da professora Ana Boaventura, no Centro Educacional Santo Antônio – CESA, das Obras Sociais Irmã Dulce no município de Simões Filho – BA. É componente do meu Estágio Supervisionado no âmbito do Curso de Licenciatura em Pedagogia e disciplina ministrada pelos professores Sandra Augusta e Felipe André da Universidade Federal de Ouro Preto – UFOP – Centro de Educação a Distância – CEAD.

Esta oficina deflagrou o Ensino de Ciências Naturais na semana de 12 a 16 de abril e agora, numa abordagem interdisciplinar a partir de uma seqüência didática que se iniciou no dia 19 e culminará no dia 23 de abril com a programação que se verá abaixo.

O 1º Ano B da Ana Boaventura no primeiro momento foi quem ensaiou pela primeira vez a poesia e música Celebração e realizou o 1º momento da Oficina que foi o de Desenhos (veja as fotos). As turmas do 1º Ano A e 2º A das Professoras Carolina (Carol) e Meiriele, respectivamente, em conjunto com o 1º Ano B realizaram o 2º momento na Oficina de Cerâmica do professor Luis Amado, quando numa interação das três turmas e dos seus professores e do Oficineiro Ademario Ribeiro e autor de Celebração, fabricaram uma série de objetos e figuras a partir da argila (elemento Terra) numa interdependência com os demais elementos fundamentais a esta produção e à vida como um todo: Água, Fogo e Ar.

Obs.: Após a culminância no dia 23 de abril postaremos as fotos com as exposições da “Arte Indígena”, pinturas corporais, apresentações.

Enfim, a programação e a seqüência didática.

ABRIL INDÍGENA NO CESA

SEMANA DOS POVOS INDÍGENAS – O QUE SEI E O QUE PRECISO SABER


Período: 19 a 23/04/10

Tema: Povos Indígenas, passado e presente


Justificativa
Independente da data comemorativa de 19 de abril, Dia do Índio necessário se faz, processualmente se apresentar, discutir e valorizar as raízes indígenas não apenas enquanto tradições, cultura e folclore – mas, enfaticamente trazer à sociedade, ainda mais nas comunidades escolares - a nossa herança indígena, suas contribuições à formação do povo brasileiro, seus formatos e traçados socioculturais a fim de sabermos respeitar, valorizar e garantir sua preservação e garantir seus direitos humanos e de serem quem são e o que querem ser em suas sociedades e na sociedade dos não índios.

Sobretudo, no Dia do Índio, havemos de não só comemorar, mas lançar novos olhares sobre estas etnias no sentido de diminuir os preconceitos, invisibilidades, o generalismo e compreendermos a pluralidade destas etnias e a diversidade cultural que se estabeleceu durante séculos e que agora não podemos desconhecer e sim, percebê-las, distingui-las e preservá-las.

Dia 19 – Das 09 Às 10 horas
Local: Espaço lúdico
1.0 – Abertura musical – Brincar de índio
1.1 – Levantamento dos conhecimentos prévios: O QUE É ÍNDIO
1.2 –Apresentação do tema pelas professoras Ana Boaventura, Carolina (Carol) e Meiriele.e por Ademario Ribeiro

Dia 20 – Das 09 às 11h30
Local: Cinemateca
2.0. Slides – Mostra da Arte Indígena;
2.1. Apresentação de vídeos com a temática indígena;
2.2. Arte Cerâmica feita pelos alunos do 1º Ano A e B e 2º Ano A;
Local: Oficina de Cerâmica

Dia 22 – Das 09 às 10 horas
Local: Espaço lúdico
3.0. Palestra com álbum seriado: Índios ontem e hoje com Ademario Ribeiro
3.1. Perguntas e Debate

Dia 23 – Das 09 às 12 horas
Local: Quadra coberta
4.0. Abertura da exposição da Arte Indígena (cerâmica), artesanato indígena, cartazes e textos sobre a temática.
4.1. Pintura corporal;
4.2. Apresentação musical
a) Koyra (Tempo de agora);
b) Quando o índio bate o tambor;
c) Brincar de índio;
d) Celebração.
4.5. Encerramento: Degustação de pipoca (uma palavra e um alimento indígena).



Celebração - Oficina para crianças do 1º ao 5º ano do Ensino Fundamental I

Seqüência Didática



Objetivo geral
- Desenvolver na criança a percepção sistêmica que facilite a compreensão da interdependência entre os elementos humanos e naturais, renováveis e não renováveis, e de que a natureza é um todo dinâmico e o ser humano é seu principal agente de transformação capaz de melhorar suas ações pela preservação do planeta terra e da qualidade de vida.

Objetivos específicos-
Incentivar o entendimento e construção de conceitos científicos básicos, associando-os a compreender que os elementos: terra, água, fogo e ar fundamentam a vida no planeta terra;
- Estimular a criança a compreender a importância do trabalho em grupo, a ser colaborativo e crítico na busca individual e coletiva do conhecimento;
- Incrementar na criança o gosto pelas artes como veículo de transformação com as quais poderá responder criativamente às crises, produzindo intervenções com sentimento de co-pertencimento planetário.

Competências e habilidades

- Utilizar instrumentos de medição e de cálculo a fim de compreender e propor situação-problema e formular hipóteses e prever resultados;
- Incentivar sua participação em prol de ações solidárias;
- Relacionar saúde com hábitos alimentares, atividade física e uso de medicamentos e outras drogas, considerando diferentes momentos do ciclo de vida humano.
- Diagnosticar situações do cotidiano em que ocorrem desperdícios de energia ou matéria, e propor formas de minimizá-las.
- Investigar o significado e a importância da água e de seu ciclo em relação a condições sócio-ambientais.
- O desenvolvimento da capacidade de aprender, tendo como meios básicos o pleno domínio da leitura, da escrita e do cálculo.

1º MOMENTO:
Distribuir o texto base do poema Celebração. O Facilitador sugerirá que cada um faça uma leitura silenciosa da poesia, no caso se já souberem ler, senão isto deverá ser feito pelo facilitador ou professor.
Tempo para a leitura.

2º MOMENTO:
Após a leitura o Facilitador/Professor, este solicitará que cada um fale/expresse seus conhecimentos prévios e sentimentos sobre o que lhes remeteu a poesia. Afinal, estes quatro elementos são muito presentes na infância de cada pessoa, de uma forma ou de outra, embora um ou outro elemento possa ser o mais perceptível, mais significativo e ou de predileção. Instigar que haja relato para todos os elementos, assim como que todos apresentem seus conhecimentos prévios e sentimentos.
Tempo de fala de cada componente. (ver a quantidade de participantes e o tempo total que se pode utilizar para esta oficina).

3º MOMENTO:
Trabalhar com argila (um objeto que retrate ou que tenha uma relação com a sua infância, com seu momento atual ou de sua predileção). A argila é elemento terra e com o contato com os elementos água, fogo (energia solar, por exemplo) e o ar (vento), - irá se modelando e se transformando.
Tempo.

4º MOMENTO:
Desenhar como deveria estar o seu local ou o global (planeta terra) ou ao que remete os 4 elementos. Lembrar que ao final haverá uma galeria para expor todas produções.
Tempo.

5º MOMENTO:
Se o grupo for numeroso, formar sub-grupos. Cada um componente, pode socializar uma história verídica, na qual entre um ou mais elementos contido(s) em Celebração, esteja(m) presente(s). O grupo e ou sub-grupos, deverá (ão) eleger uma das histórias verídicas para ser Dramatizada ao final da oficina em conjunto com a exposição dos desenhos e dos os artefatos/artesanato construídos com a argila no 3º Momento .
Tempo para a socialização.
Tempo para a apresentação.

6º MOMENTO:
Dançar (expressão corporal e ou “dança sagrada” - tribal/circular).
Tempo para conceber/ensaiar/ a coreografia. Pode-se conceber de como os índios no Brasil dançam os seus torés, seus kuarups. A letra já dá uma idéia de como pode cantada a partir do ritmo indígena utilizando-se do seu maracá e outros instrumentos musicais que for condizente usar.

Outras orientações/possibilidades
7º MOMENTO:
Trabalhar a partir da informação do Facilitador de como é o ritmo de Celebração.
Tempo para ensaiar/conceber da Música.

8º MOMENTO:
Produzir instrumentos musicais para auxiliar o Canto e Dança de Celebração, partir dos 3 R’s (Redução, Reaproveitamento e Reciclagem)...
Tempo para a Oficina dos 3 R’s.

9º MOMENTO:
Estabelecer uma abordagem sistêmica verificando alguns nexos com as várias disciplinas, conferindo a oficina a abordagem da interdisciplinaridade. Temos aqui muitos disparadores de matemática e geometria, de geografia e geologia, de língua portuguesa e artes, de biologia e ciências naturais, consumo e pluralidade cultural, etc. Podendo se trabalhar conteúdos de grandezas, quantidades, medidas e formas; localizações e distâncias, ambiente preservado e degradado, a saúde das pessoas, de animais e ambientais em geral, quanto aos elementos disponíveis na natureza, artefatos e artesanato presentes e valorizados nas culturas populares, etc.
O que mais podemos nos permitir esta intervenção.

Ao que nos remeter/se inspirar

Elemento TERRA – (argila/barro) - imagem/sentimento da infância – Artesanal (uso das mãos);

Elemento ÁGUA (uma história) – oralidade (o som da voz humana, a escuta ao outro);

Elemento FOGO (imaginar um encontro numa fogueira, a descoberta do fogo) – Dramatização;

Elemento AR (brincar com rodopios, ziguezaguear o “ar”) – Dança/Expressão corporal.

Juntar todas as partes construídas nos MOMENTOS acima e fazer uma apresentação conjunta de Celebração.

Observações finais;

Quanto ao tempo/período. Há uma seqüência muito ampla de intervenções. Cada professor e ou facilitador deverá estabelecer o que prioriza – podendo enxugá-las em virtude do tempo que dispõe. Ainda, pode-se utilizar esta oficina em vários ocasiões: Dia Mundial da Água, Dia do Índio, Dia da Terra, Dia Mundial do Meio Ambiente, como atividades de Educação Ambiental, Ensino de Ciências Naturais, atividades em empresas, seminários, etc.

Criatividade, imaginação e sensibilidade às soltas!

Ademario Ribeiro


ENFIM, A CONCLUSÃO DA SEQUÊNCIA DIDÁTICA QUE DISPAROU O INÍCIO DO ENSINO DE CIÊNCIAS, DA SEMANA DOS POVOS INDÍGENAS, DO DIA MUNDIAL DA TERRA E DA REFLEXÃO SOBRE A "DESCOBERTA DO BRASIL".


As fotos embora não estejam na sequência cronológica apresentam alguns aspectos das etapas. Tudo isto só foi possível pelo empenho dos envolvidos (professores e alunos) numa oportunidade de ensino-aprendizagem criativo e numa abordagem colaborativa e interdisciplinar,utilizando materiais, espaços e tempos diferenciados! Veja o que nos motivou:

 Deflagrar o início do Ensino de Ciências Naturais no 1º Ano A e B do Ensino Fundamental do CESA – Centro Educacional Santo Antônio com a poesia e música Celebração, quando trabalhamos os quatro elementos;

 Estimular ludicamente a compreensão dos quatro elementos: Terra, Água, Fogo e Ar e suas inter-relações para gerarem a Teia da Vida;

 Organizar e construir conhecimentos e conceitos sobre os Povos Indígenas de forma crítica e atual ressignificando aquela idéia de índio focada no século XVI;

 Interagir as turmas dos 2º ao 5º na realização dos cantos, danças e participação e na exposição dos artefatos de cerâmica;

 Relacionar conhecimentos e conceitos da história “oficial” apontando para uma reescrita dos povos indígenas numa perspectiva crítica sobre a “descoberta” e sobre a conquista das etnias ameríndias;

 Identificar e valorizar aspectos das culturas ameríndias e de como se dá a manutenção dos elementos do seu cotidiano com o sagrado, com os fenômenos e a biodiversidade envolvente.

Concluindo, gostaria de agradecer à diretora desta Unidade Escolar, Profª Solange de Couto Santana, às professoras do 1º Ano A e B e do 2º Ano A, do CESA, respectivamente, professora Caroline (Carol), Ana Boaventura e Meiriele pela acolhida e esforços para esta realização e, desejo também, carinhosamente, dedicar este trabalho aos professores Elisabeth Antonini (Ciências do Ambiente I e II), Sandra Augusta e Felipe André (Estágio Supervisionado I e II) e Natalina Bomfim e Julival Ferreira (Tutoria Presencial) do Curso de Licenciatura em Pedagogia da Universidade Federal de Ouro Preto – UFOP – Centro de Educação a Distância – CEAD, por suas interações heurísticas -, basilares para uma Educação que precisa vir a se circunscrever, afetiva, inclusiva, sistêmica e significativamente.

Agora é com você. Comente. Indique.

Texto original de Celebração. O cartaz desta poesia na postagem anterior, foi elaborado pela Profª Ezi.

* C E L E B R A Ç Ã O
(Ademario Ribeiro)

Oração canto e dança oração
Como viver? Como viver?
Tem que ter Terra
Tem que ter Terra
(... Mata Alimento Caminho Bicho!...)

Oração canto e dança oração
Como viver? Como viver?
Tem que ter Água
Tem que ter Água
(... Peixe Canoa Limpeza Chuva!...)

Oração canto e dança oração
Como viver? Como viver?
Tem que ter Fogo
Tem que ter Fogo
(... Luz Dança Paixão Energia!...)

Oração canto e dança oração
Como viver? Como viver?
Tem que ter Ar
Tem que ter Ar
(... Brisa Vôo Brincança Liberdade!...)

Oração canto e dança oração
Como viver? Como viver?
Tem que ter TERRA
Tem que ter ÁGUA
Tem que ter FOGO
Tem que ter AR
(... P’ra Viver!...)

Referências
Parâmetros Curriculares Nacionais - PCNs: Ciências Naturais/Secretaria de Educação Fundamental. Brasília: MEC / SEF, 1998. 138 p.
RIBEIRO, Ademario. Poética Poranduba, Eco-Étnica. Salvador: Edição do autor, 2001.


Em tempo: gente, é com este construto que vou elaborar meu Trabalho de Conclusão de Curso - TCC! Estou muito feliz por essa conquista. Com tantos caminhei. Com tantos cruzei caminhos. Com quantas encruzilhadas fiquei estatelado em busca de ser um ser cada vez melhor. E guardo de memória e com coração sempre na goela que vocês muito me ensinaram e me estimularam. Vocês estão na minha prática, na minha utopia.

Até já!!!