domingo, 30 de dezembro de 2012

Fazendeiro "encomenda" assassinato de índios

Em pleno século XXI, em meio às comemorações de "Feliz Natal e Boas Festas" e ou em governos democráticos sob Estado de Direito, etc. etc. - assistimos, sabemos, vemos, testemuhamos e noticiamos, entre nós, brasileiros, fato como o apresentado abaixo.
 
                                       Cacique Ládio Véron e o Marco Véron (assassinado)
 
Na manhã desta quarta-feira, 27, lideranças indígenas da Aldeia Takuara, município de Juti, fizeram um Boletim de Ocorrência na cidade de Caarapó denunciando a contratação de um jagunço a mando do fazendeiro Jacinto Honório da Silva Filho. Segundo informações, o jagunço com nome de Moacir recebeu uma arma de fogo, um celular e a quantia de R$ 600 reais dado por Jacintinho, filho do fazendeiro Jacinto. O objetivo da contratação é assassinar as lideranças Ládio Véron, Valdelice Véron e Arlindo Véron, líderes indígenas da Aldeia Takuara. Segundo os indígenas, a FUNAI foi notificada, porém nada foi feito até o exato momento. O clima é de tensão na terra indígena.
 
Em 13 de janeiro de 2003, o Cacique Marco Véron foi brutalmente assassinado na terra indígena Takuara a mando do fazendeiro Jacinto Honório da Silva Filho. Na ocasião, os jagunços tentaram atear fogo no Cacique Ládio Véron, filho de Marco, porém o líder indígena conseguiu fugir. Marco Véron morreu por traumatismo craniano.
 
O Cacique Ládio Véron é uma das lideranças Guarani-Kaiowá que está no Programa de Proteção aos Defensores de Direitos Humanos Ameaçados de Morte, porém as ameaças, emboscadas e contratações de jagunços continuam gradativamente.
 
Compartilhado por Teceres Teares Guarani Kaiowá.

segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

Cosmociência: Saberes Indígenas na UFMG



Cosmociência Guarani, Mbya e Kaiowa e o reconhecimento de seus intelectuais é o tema de seminário que a UFMG realiza nos dias 11 e 12 de dezembro, em parceria com o Museu do Índio/Funai, no Conservatório da UFMG (avenida Afonso Pena, 1.534). Está prevista a presença de 30 líderes políticos e rezadores, além de antropólogos e pesquisadores de diversas universidades e outras instituições.

Desdobramento do 44º Festival de Inverno da UFMG, o evento também é fruto de rede de solidariedade constituída na Universidade em favor da causa dos povos Guarani e Kaiowa, que conta com a participação de grupos e líderes indígenas do Mato Grosso do Sul, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.

Segundo os organizadores do evento, entre os Guarani a prática do conhecimento dos seus intelectuais, denominados “rezadores”, sustenta e viabiliza a vida desses povos na terra. “Tais especialistas assumem funções centrais nestas sociedades. São, a um só tempo, grandes filósofos, historiadores, curadores e mantenedores do equilíbrio social, cosmológico e ambiental dentro de seus grupos. Escutá-los e reconhecê-los nesse lugar é a proposta do Seminário”, explicam.

Dentre os povos indígenas do país, os de línguas da família tupi-guarani se destacam não só pelo número de falantes, mas também por sua ampla distribuição no território. Os grupos falantes de guarani do litoral do Sudeste e do Sul (dialetos mbyá e nhandeva) e os do Mato Grosso do Sul (dialetos kaiowa e nhandeva) chegam a mais de 50 mil pessoas, constituindo o maior grupo indígena do país
Nota: Índios no Nordeste retransmitirá o evento ao vivo, através do link no lado direito do site.

Guê, anama!
Curutêm oatá!
Ajuri caua!
Curutêm oatá
Ajuri caua!
(Adaptação de Pajelança de Ademario Ribeiro).

Fonte: Índios no Nordeste e UFMG