quinta-feira, 3 de maio de 2012

A Profecia, a Agonia, a Utopia e o STF 512 anos depois

Estimada(o) que me lê -, com esse título acima - chegamos ao número de 100 postagens em nosso modesto blog! Graças ao Grande Espírito - Nosso Pai Primeiro e às tantas pessoas que me animam na caminhada!

As sociedade indígenas (que chamamos de tribos/povos/etnias) que falavam a língua ancestral Tupi tinham a profecia Yby Marã'eyma ou Yvy Mara Ey ( Terra Sem Males), assim como os falantes da família tupi-guarani.

A agonia começou antes de 1500 - todos sabemos. As escolas estão começando a (RE)ssignificar novos ensinos para que aprendamos as lições e apreendamos novos signos e códigos que cantem e assegurem a cidadania dos Povos Indígenas. Essa utopia era de Tupac Katari, Tupac Amaru, Cunhabebe, Aymbirê, Sepé Tiaraju, Ângelo Kretã, Maroaga, Maria Rosa Oti-Xavante, Marçal Tupa'Y, Maroaga, Xicão Xukuru, Maninha Xukuru... e igualmente também, de Dom Pedro Casaldáliga, Darcy Ribeiro, Curt Nimuendaju, Aracy Lopes da Silva, Orlando e Cláudio Villa Boas, Luis Benzi Grupione, Marlui Miranda, Jornal Porantim... e tantas mais pessoas e que mais se acheguem.

512 anos datados a partir de 1500 - vemos o Superior Tribunal Federal - STF, nos provar com sua atitude de que não só os lucros vencem. Que os vencidos de ontem podem vencer hoje. Uma chuva de orgulho, de festa cívica e de vigor foram lavando-nos após aquela decisão pois, a Justiça pode ser feita como vimos no Sul da Bahia - quando as terras voltarão às mãos daquelas gentes e das quais foram retiradas ao longo de anos!

Lamentamos por outro lado o que sofreu o índio guarani Araju Sepeti ao ser expulso do tribunal. Não dá para esquecer. Não podemos esquecer. Podemos construir. Ressignificar. Marchar em busca do Sol.

                                    
Perguntava-me qual seria o assunto da postagem de Nº 100 deste meu PensamentAções. Enfim, creio que o título dá uma pista de que a profecia está sendo cumprida, que a agonia ainda perdura -, contudo, a utopia - em ações como essas que vemos em nosso país nesses últimos dias é de que ela está sendo aperfeiçoada -, desde a conquista com as cotas (as essenciais Ações Afirmativas!) e que o Araju, ao protestar a aludida exclusão das sociedades indígenas, fora expulso, devemos nesse rol, levantar em conta o que aconteceu na Terra Indígena Caramuru-Catarina Paraguassu, Sul da Bahia, conforme noticiamos aqui na postagem anterior.
Resta-nos, prosseguir como dizia Gonzaguinha. Preferencialmente, em busca da igualdade, com respeito às diferenças, com ternura e decisão, com diálogo e sem etnocentricidade.
Awere, Axé, Amém!
Fonte das figuras: Google imagens.



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