terça-feira, 24 de abril de 2018

Dia do “Índio”: Dia dos Povos Indígenas, 2018.


Dia do “Índio”: Dia dos Povos Indígenas, 2018.

Como tenho feito desde os anos 70, nesse 19 de abril, Dia do “Índio”, a convite da professora Jaqueline Lopes, fui conversar com os alunos e alunas da Escola Municipal Allan Kardec, na Avenida Pinto Aguiar, entre Pituaçu e Patamares, Salvador, Bahia, acompanhado pela força e carisma do meu neto, Arthur Argolo Ribeiro, de 5 anos. Com certeza uma emoção nova e desejada por mim: meu neto, logo em tenra idade participando – fora de casa – de temas voltados à alteridade – e sobre os povos indígenas: esses Donos Imemoriais dos territórios que passaram – à sua revelia – a ser chamado de Brasil.

Além da professora Jaqueline, fomos bem acolhidos pelas professoras, Adriana (gestora), Jeanine (Coordenadora Pedagógica), funcionários e alunado. O alunado estava “tirando de letra”, afinal, estavam estudando e pesquisando acerca das situações de preconceito/bullyng. A “galera” que estava esperta não fez bagunça. Estava inquieta, até porque a temática indígena sob as perspectivas e abordagens de e para uma Nova História, uma nova Antropologia e, por conseguinte, a História Indígena, não pode prescindir de ruptura dos velhos paradigmas. Isto suscitou boas perguntas e poucos mal-estares, mas, houve momentos de “desentortamentos”, como cunhou o professor e escritor, Daniel Munduruku, ao se referir como reage grande parte dos brasileiros que aprendeu (apenas) com a lógica colonial, etnocêntrica, capitalista e cristã.

Não foi à toa que o título proposto foi: “História(s) e Cultura(s) dos Povos Indígenas – Ensino Descolonial” e não foi à toa, também, o termo “índio” está entre aspas por tudo o que estamos aprendendo a “desentortar”, desconstruir, descolonizar dos equívocos e estereótipos nesses 518 anos de lógicas colonialistas.

No Abril Indígena 2019, essa escola, entre outras, de Salvador e Simões Filho, estará envolvida em atividades socio-pedagógicas com pesquisadores, professores, escritores e artistas indígenas e não-indígenas.

Abaixo, algumas fotos (cedidas pela Escola visitada) dos momentos acima relatados:




9 comentários:

  1. Parabéns, Ademario! Competência e carinho. Grande abraço!

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    1. Caríssima, colega, quão essencial é essa retroalimentação!
      Saudades!
      Saudades do nosso "livros!"
      Forte abraço!!!

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  2. Parabéns meu tio, sou testemunha desse sua luta, te desejo td de bom e reconhecimento pelo seu trabalho , bjs

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    1. Olá, Maroca, saudades!

      Você é um amor de pessoa e de sobrinha!
      Beijos!

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  3. Que legal, meu vizinho! Parabéns pelo texto e pela sua luta ideológica. Me sinto honrado de ter o privilégio da companhia de sua família. Grande abraço.

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    1. Caríssimo Davi, gosto bastante de tua companhia e de tua família!
      É uma alegria essa convivência e, muito tempos para construirmos juntos!!!

      Viva nossas famílias!
      Forte abraço!

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  4. Isso é muito bom. Parabéns AdemarioRibeiro, alunos e professores.

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    1. Camos marcar uma outra conversa. Lembranças à todxs!

      Muito grato, colega!!!

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  5. A querida colega Iranildes me enviou pelo WhatsaAp e pediu-me que publicasse seu comentário:

    "Mais um grande passo em sua longa e belíssima caminhada. Parabéns por levar uma mensagem tão importante aos meninos e meninas que já estão ajudando a reconstruir nosso Brasil. Aprendi muito com você e, com a graça de Deus, continuarei aprendendo. Abraços!".


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