Entre verso-e-prosa com Ademario Ribeiro
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disponivel no blog de Ademario Ribeiro
Você já foi à Bahia? Não? Então vá. É só pegar a estrada
que vai para Simões Filho, onde vive Ademario Souza Ribeiro, um filho do povo
Payaya. Sua aldeia: Canabrava (atual Miguel Calmon), no Estado da Bahia.
Em seu blog Pensamentações,
ele mesmo – Ademario - se apresenta:
Sertanejo das Terras dos Payayá, filho
de Amélia Souza Ribeiro e de Alberto Severiano Ribeiro (in memoriam)... Escritor
(poeta e teatrólogo), diretor teatral, educador ambiental, pesquisador dos povos
indígenas e pedagogo. Membro, conselheiro e fundador de diversos coletivos entre
estes: ONG ARUANÃ, Associação Muzanzu do Quilombo Pitanga de Palmares e Fundação
Crê. Tem publicações diversas em jornais e sites.
Em 2010, Ademario completou 52 anos,
dos quais 44 anos correspondem ao tempo vivido na cidade. Estudioso da história
e da cultura dos povos originários no Brasil, Ademario não esconde sua paixão
pela língua Tupi; empregando-a nos poemas de sua autoria, nas peças teatrais que
compõe e nas práticas pedagógicas com as crianças da periferia. Diante dessa
realidade, cabe até perguntar: é certo dizer que uma língua é morta quando no
dia a dia, essa língua ajudando-nos a suportar as dores do mundo? Conversando a
respeito de vários assuntos, expomos também as nossas dúvidas em torno da tal
Lei 11645/08 e outras questões pertinentes à literatura indígena e ao nosso
lugar no mundo. Nesse ritmo, fiz algumas perguntas e ele, generosamente,
arrecadou um pedaço do seu precioso tempo para responder o seguinte:
Graça
Graúna (GG)
– As
línguas indígenas podem explicar por que o Português falado no Brasil se diferenciou bastante do falar lusitano. Como você vê a questão?
Ademario
Ribeiro (AR)
- Sim.
Fantasticamente sim! As línguas indígenas contribuem até hoje no enriquecimento
da língua portuguesa. As primeiras pesquisas dão conta de que a língua Tupi
contribuiu com mais de 10 mil palavras à língua que Camões e Fernando Pessoa
falavam. Contudo, há pesquisadores que apontam que mais de 20 mil foram
vernaculizadas. Para onde se fosse ou aonde se quisesse chegar, o que se
procurasse ou se perdesse, o que comer ou que beber, as distâncias e o lugar de
mata, de água boa, o clima, os ciclos da natureza, os gêneros, os acidentes
geográficos, etc. Vinha tudo na ponta da língua Tupi.
Toda a nobreza das
línguas indígenas e, em particular, o predomínio do Tupi – foram decisivos para
transformar o falar lusitano em uma Língua Pindorâmica, mais tarde, poetizada
como “Língua Brasileira”.
GG - Considerando o tempo de formação profissional enquanto Diretor Teatral ou como Educador Socioambiental (há 24 anos) e mais 35 anos atuando como Escritor, até que ponto você acha que a sua identidade (étnica) é indispensável à produção do conhecimento?
AR - Minhas
reminiscências ameríndias abrem minhas percepções para ver e estar COM as
pessoas e COM os entes da Teia da Vida. Através desta dimensão me conecto com o
Todo e se dá meu processo de produção de conhecimento. Utilizando-me dos cinco
sentidos, vou me acoplando aos rios, ao ar, aos cheiros, às visões, às
reminiscências: me reciclando, me curando, me reconectando com O Grande
Espírito.
GG - O que você pensa da cultura indígena?
AR - Ela é a
ontogenia da humanidade. Princípio e geratriz das culturas humanas. Ela guarda a
essência, o segredo das terras, águas e céus. O ventre da fertilidade, o sopro
do Grande Espírito que animam as nossas caminhadas, saberes e intervenções,
nossas relações com o circular, com os ciclos, com os ancestrais, com as fêmeas,
anciões e com as crianças, jovens e guerreiros. A cultura indígena como um Todo
é a presença dialógica entre signos, símbolos e significados da nossa aventura
na Mãe Terra.
GG - E a respeito de história indígena?
AR - Muito que
ser escrita, reescrita, assentada, reassentada, num
processo de afirmação do ethos de cada povo/etnia. A cultura e
história precisam continuar a circular, fazer seus corrupios. Na cosmologia tupi
somos o som (tu) que se pôs de pé (pi). O som que veio do Pai, o som do Criador
por onde tudo passou a ter forma. Na história dos povos, a força da palavra
esteve muito presente na mulher e através dela inscreveu seu matriarcado. A mãe
tece seus fios e sua palavra se conecta com o Todo quando a enuncia. Os pajés
têm a palavra que cura e que acalma ou que elucida as nuvens do amanhã. Os
anciãos têm a palavra que nos ensina porque em suas caminhadas já se tornaram
conhecedores das curvas e nos acalmam quando afoitos ou que nos alertam quando
dormimos no ponto. Precisamos acordar e tomar tendência, posição para que
tiremos dos subterrâneos as vozes veladas, expatriadas de Pindorama, de Abya
Yala, banidas e amesquinhadas pelo eurocentrismo que engendrou as tantas faces
dos preconceitos e discriminações e das tragédias que muito abateram os povos
indígenas ou que afugentaram e expurgaram para bem distante daquela que chama
para si a denominação de “civilização branca” que sob a argamassa dessa
ignomínia - esse eurocentrismo fundamentou seus domínios. Muitas águas ainda vão
rolar para nos livrar das marcas tão presentes nas almas e comportamentos
explícitos e implícitos em nossa sociedade hodierna que mal se disfarçam ou que
nos difamam. Nossa história agora não é outra, mas agora quem escreverá não
serão os nossos algozes, nossos estigmatizadores – não serão os lobos
disfarçados, não serão os “homens bons” ou seus filhos abastados que alisaram os
bancos da ciência: nós sim, aqueles que se levantam junto COM seus ancestrais e
COM os novos saberes tecidos com a força da nossa cultura e
história.
GG- Como você vê a relação entre literatura e direitos
humanos?
AR - Primeiro
porque literatura é palavra. Tudo se revela quando a palavra soa, chega, voa,
põe, impõe ou se esquadrinha no papel: pa (som) lavra: som da cultura
humana. A literatura tem a capacidade, a sensibilidade, essa transversalidade e
transdisciplinaridade de nos envolver. De estabelecer relações, de anunciar o
devir. Cria estratégias e contextos para os valores de uma sociedade pacífica,
humanitária se comuniquem com a alma e com o cotidiano das pessoas. A literatura
lida com a escrita e a escrita é palavra, signos e assim vão se revelamos os
direitos humanos, numa conquista da humanística até que a alteridade seja uma
cultura dialogada COM o OUTRO e COM o BEM comum para TODOS.
GG - O que você acha dos recursos que as escolas
não-indígenas utilizam na abordagem dos saberes indígenas?
AR - A educação brasileira estereotipou as
culturas indígenas e daí, preconceitos e discriminações fundamentaram a práxis
pedagógica. Reporto-me sobre um aspecto disto no poema “As coisas como elas
são”, de minha autoria:
Se
aprende na escola
Que casa de índio é OCA
(isso se for para os Tupi)
e
é que também cola
se
for para os Wayãpy.
Aonde Yanomami se toca
É
XAPONO e a gente a insistir
Chama de MALOCA
Mas para os Xavante é RI
Para os Pataxó é PÃHÃI
É
SETHE para os Fulniô
Para os Karajá é HETÔ
Para os Munduruku é uka’a...
E
para os Yawalapiti?
E
para os Txukahamãe?
E
para os Kiriri?
E
para os Krahô?
E
para os Maxakali?
E
para os Xakriabá?
E
para os Kaaeté?
E
para os Tuxá?
E
para os Kantaruré?...
É
bom não se confundir
Não é um FEBEAPÁ
E
não se fica em pé
Quando seguro não está!!!
GG – A exemplo do espírito crítico que habita em seus
poemas, que recursos você aplica na abordagem dos saberes ancestrais?
AR - A metodologia/abordagem se movimenta no
levantamento dos conhecimentos prévios dos alunos acerca do conhecimento sobre
os Povos Indígenas no Brasil. As
intervenções acontecem num enfoque interdisciplinar: (enfaticamente, história,
geografia, língua portuguesa, por exemplo), transdiciplinar: (teatro, poesia,
artesanato, música, dança, etc.) com aulas
interativas, apresentação de slides, audiovisuais, elaboração de álbuns
seriados, elaboração de glossário ilustrado, material expositivo, cartazes,
discussão sobre matérias do Jornal Porantim, leituras de textos sobre mitos e
lendas, produção de textos, realização de oficina de cerâmica/artesanato, peteca
e da língua tupi (da qual sairão o glossário, o canto ritual) e a
performance/dramatização, culminando com
exposição e artesanal e apresentação poético-musical e teatral, como resultados práticos e atividade avaliativa.
GG - Como você se considera em relação a sua aldeia?
AR - Sou
destribalizado. Vivo como proscrito, um Uirás, mas, cúmplices dos meus parentes
em seus projetos, ações, compartilhamentos, denúncias, documentos e, ora, a
convite do cacique Juvenal Teodoro Payayá e me comprometi a realizarmos o
“Projeto do Povo Payayá.” E, a convite de Edgar Otacílio de Oliveira, mestre em
Educação, vou contribuir com os índios Kaimbé, um curso de Tupi. O tupinólogo
Joubert de Mauro também me deu a sua palavra no sentido compartilhar conosco.
Assim tem sido a minha inscrição: junto a você Graça Graúna, à Eliane
Potiguara...
GG – Sentir-se “destribalizado” é uma sensação horrível, mas quero lembrar algo que eu já te falei em outras ocasiões. Acredito que é possível dizer – dentro da percepção indígena que o(a) indígena não deixa de ser ele/ela mesmo(a) em contato com o outro (o não-índio), ainda que o(a) indígena more numa cidade grande, use relógio e jeans, ou se comunique por um celular; ainda que uma parabólica pareça ao outro um objeto estranho ou incompatível com a comunidade indígena. Mesmo assim, a indianidade permanece, porque o(a) índio(a), onde quer que vá, leva dentro de si a aldeia. Esse modo de perceber o meu lugar no mundo me leva a refletir mais acerca de algumas questões ainda não resolvidas; uma delas é a Lei 11645/08. Por exemplo: você acredita que material didático utilizado na escola não-indígena é coerente com a realidade dos povos indígenas?
AR - Tua
percepção é uma via sem volta. Ela nos direciona. Você, GG, querida kybyra
(irmão(a) nos alimenta com esta luz. Quanto aos materiais didáticos, via de
regra, não. Eles ainda não dão conta da sociodiversidade, alteridade, identidade, cultura, história, cosmologia,
etc. dos povos indígenas. Contudo sabemos de exceções. Dessas, algumas práticas
mais pontuais vão por conta de pessoas iguais a você Graça Graúna, Daniel
Munduruku, Eliane Potiguara, Juvenal Payaya, Heitor Karai Awá-Ruvixá, entre
outras. Depois as pontuais mas que são, obviamente, estimuladoras também e
cumprem um papel de emancipação e cidadania. Sobretudo, realizei o Projeto de
Intervenção “História e Cultura dos Povos Indígenas: passado presente pra
valer”, no Centro Educacional Santo Antônio – CESA, em
virtude da 3ª etapa do Estágio Supervisionado, ministrado pela Profª Sandra
Augusta de Melo, no curso de Licenciatura em Pedagogia da Universidade Federal
de Ouro Preto – UFOP e a Faculdade
Intercultural da UNEMAT que está realizando esforços e têm instrumentalizado,
encorajado e graduado muitos professores indígenas e possibilitando que a
sociedade não-indígena passe a reconhecer os povos indígenas e seus
direitos.
GG - Em que ocasiões e de que modo você faz uso da Lei
11.645/08?
AR - Nas minhas
ações nos mais diversos coletivos, tais como os Territórios de Identidade, Lista
de Literatura Indígena, moderada pela escritora e professora Eliane Potiguara;
como estudante no Grupo de Pesquisa, liderado por você Graça Graúna que é
educadora em literatura, na UPE; nas conferências, palestras e exposições em
escolas, associações, ONGs, universidades; nas abordagens artístico-culturais,
através da teatrologia, poesia; no compartilhamento de materiais e nos
intercâmbios com profissionais de educação, lideranças indígenas, negras e
quilombolas. Também, apresentei em
Salvador, dia 24, nesse mês, no 2º Seminário: “O Desafio de Educar Trocando
Saberes, Renovando Esperanças”, com o CESA: “História e Cultura do Povos
Indígenas: Abordagem transversal fortalecida pela Lei 11.645/08”. Sobretudo,
tenho tentado articular temas/conteúdos de história, ciências/meio ambiente,
língua tupi, direitos humanos, música, arte, literatura e teatro, para
sensibilizar e mobilizar pessoas e coletivos ao resgate e valorização dos povos
indígenas no Brasil.
GG - Até que ponto a Lei 11.645/08 contribui para que os
povos indígenas sejam reconhecidos como os primeiros habitantes do
Brasil?
AR - A lei é só
um amparo legal. Sozinha ela não se mexe do papel e nem tampouco sai dele para
trazer à luz cotidiana e nem à consciência o que está velado nos subterrâneos
dos conceitos e preconceitos produzidos pelo eurocentrismo e reparar, devolver,
resgatar e reescrever a história e cultura desses povos. Precisamos movimentar
forças: governos, instituições de ensino e sociedade civil para que esta lei não
fique apenas no papel. Se conseguirmos fazer isso – a 11.645/08, cumprirá em
pari passu com as nossas práticas e utopias, a sua função nesse processo já
iniciado pelos movimentos indígenas e negros ao longo dos anos. Dessa forma ela
poderá contribuir no ensino-aprendizagem quando possamos compartilhar saberes, práticas e valores concernentes aos
povos indígenas; na perspectiva da diminuição dos preconceitos e indiferenças
que tanto têm violado e violentado seus direitos e vidas. Penso que essa lei torna o invisibilizado mais visível.
Por vir à tona não será desconhecido. Por ser contextualizado em suas culturas
não serão genéricos: suas faces plurais mostrarão sua sociodiversidade
ameríndia, nativa, etc. A dialogia abrirá canais de exposição, debates que
apresentarão essa diversidade fazendo com que as percepções se expandam formando
um círculo em que as extremidades se encontrem para o reconhecimento das
semelhanças e diferenças e que diminuamos as indiferenças.
GG – A nossa
conversa em torno da lei 11645/08 é só uma ponta do iceberg. Vamos torcer,
então, para que nas escolas a nossa história, a nossa memória, a nossa origem
sejam respeitadas de maneira que o outro nos permita ser e estar no mundo. Para
agradecer a sua atenção, o seu carinho e a sua sabedoria, tomo a liberdade de
apresentar, aqui, o poema intitulado “Aguata py’ýi ou Acelerar os
passos”. Este poema
escrevi em homenagem aos parentes e às
parentes indígenas e em homenagem também a sua poesia que me encanta. Que
Ñanderu nos acolha!
Aguata py’ýi
por Graça Graúna
...e se mil línguas
eu falasse
levaria teu sonho entre as estrelas
e lá no centro da terra
eu diria: salve, Abya Yala, salve!
Assim deve ser, assim será
a cada brilho da noite
a cada chama do dia
bem digo a Ñanderu eté
Nosso Pai verdadeiro:
recebe meu Pai, a alquimia da palavra
dos filhos, das filhas da terra
recebe nossa alegria e os nossos sonhos
acolhe também nossos desencantos
porque somos tua herança
invisíveis, ressurgidos
mas não somos um, nem cem, nem mil
somos infinitamente filhos da resistência
somos parte do teu ser
Potiguara, Guarani,
Tukano, Xavante,
Sateré, Nambikuara,
Pataxó, Truká,
Terena, Munduruku,
Payaya, Fulni-ô
Pankararu, Pankará,
Xukuru, Tupi,
Yanomami....yanomami....
todos os povos
todas as nações
somos todos
do abaeté da lagoa do Senhor do Bomfim
das ladeiras de Olinda do canavial
da serra do vento da serra do mar
de Norte a Sul
de Leste a Oeste
do Oiapoque ao Chui
somos teus somos nossos
e como diria Ademario
vamos todos assim
- Aguata py’ýi!
- Aguata py’ýi!
- Aguata py’ýi!
levaria teu sonho entre as estrelas
e lá no centro da terra
eu diria: salve, Abya Yala, salve!
Assim deve ser, assim será
a cada brilho da noite
a cada chama do dia
bem digo a Ñanderu eté
Nosso Pai verdadeiro:
recebe meu Pai, a alquimia da palavra
dos filhos, das filhas da terra
recebe nossa alegria e os nossos sonhos
acolhe também nossos desencantos
porque somos tua herança
invisíveis, ressurgidos
mas não somos um, nem cem, nem mil
somos infinitamente filhos da resistência
somos parte do teu ser
Potiguara, Guarani,
Tukano, Xavante,
Sateré, Nambikuara,
Pataxó, Truká,
Terena, Munduruku,
Payaya, Fulni-ô
Pankararu, Pankará,
Xukuru, Tupi,
Yanomami....yanomami....
todos os povos
todas as nações
somos todos
do abaeté da lagoa do Senhor do Bomfim
das ladeiras de Olinda do canavial
da serra do vento da serra do mar
de Norte a Sul
de Leste a Oeste
do Oiapoque ao Chui
somos teus somos nossos
e como diria Ademario
vamos todos assim
- Aguata py’ýi!
- Aguata py’ýi!
- Aguata py’ýi!
Nota:
Abya Yala = na língua do
povo Kuna (Colômbia), quer dizer Terra madura, Terra viva, em
florescimento.
Ñanderu eté = em
guarani, quer dizer: Deus Pai verdadeiro
Aguata py’ýi! = em tupi,
quer dizer: acelerar os passos
Autoria:
Graça
Graúna, Nordeste do Brasil, abril indígena 2009. O poema Aguata py’ýi ou Acelerar os passos foi
publicado pela vez primeira no site Overmundo, em 18 abril de
2009.
Ademario, querido: creio que as palavras tem alma e quando belas as palavras os bons ventos sopram enchem o nosso ser de vida. É isso o que diz a minha intuição de pássaro (apesar das asas quebradas). Apesar das quedas, Ñanderu está me dsando forças para escver mais um livro, que ititulo "Alquimia das horas"; ainda está em fase de construção, mas é tecido do desejo humano de um mundo possivel.]Grata mais uma vez por você existir e compartilhar seu carinho. Alegra-me rever essa entrevista. Que Ñanderu nos acolha.
ResponderExcluirGraça Graúna, tão querida pessoa para além do que meu limitado palavrear posso definí-la! Te amo e cê sabe disto. Eu me alimento do jeito sábio e sereno que você - sabe como pouc@s equilibrar. Com tuas sabenças não se enaltece -, pelo contrário, assim, as ensinanças nos organizam e nos constróem pessoas melhores. Eu agradeço todos os dias a Ñanderu por ter me colocado no caminho aonde tu pudesse me acolher. Afinal, negríndia, trazer a(s) história(s) dos nossos Povos Indígenas e Negros faz-nos se envolver em tranqueiras de paus pela frente - e isso, é quotidiano!
ResponderExcluirContudo, temos sobrevivido!
Gratidão!!!!
Ñanderu/Ninhò/Olorum/Nzambe, nos acolha!
Ah, sou mesmo um visionário! Viajei! Olha, que liiiindo, que emblemático e dimesionador: "Alquimia das horas". Vixe, já estou fazendo uma pseudo leitura!
ExcluirQue venha! Que venha!