Na madrugada do dia 6, mais um índio foi assassinado
pelo latifúndio na Terra Indígena Tupinambá de Olivença. Esse é mais um
crime fruto da política de aliança com o latifúndio do PT.
Na madrugada do dia 06, mais um índio Tupinambá
foi assassinado na Terra Indígena Tupinambá de Olivença. Durante a
madrugada quatro indígenas estavam em suas casas numa área retomada na
Comunidade da Serra dos Trempes, próximo a estrada quando vários
pistoleiros invadiram a aldeia atirando e destruindo tudo. Durante o
tiroteio dois indígenas conseguiram fugir para dentro da mata e um foi
atingido por um tiro na mão.
No momento do ataque o Tupinambá conhecido como Chicó estava dormindo
e não conseguiu fugir, sendo assassinado com mais de 20 tiros a queima
roupa enquanto dormia. O corpo inteiro do indígena foi perfurado por
tiros. Um crime bárbaro que mais uma vez atinge os índios Tupinambás.
A região da Serra dos Trempes e da Serra do Padeiro são de intensos
conflitos, distante de áreas urbanas do municípios e com grande
concentração de fazendas retomadas e de pistoleiros. Constantemente os
Tupinambás sofrem com ações de pistoleiros, que ficam entocados nas
fazendas aguardando situações favoráveis para cometerem esse tipo de
atrocidade.
Esse crime é mais uma tentativa de intimidar e calar a luta dos
Tupinambás na demarcação da Terra Indígena Tupinambá de Olivença.
Política do PT é responsável pela violência contra os Tupinambás
Chicó é mais uma vítima da política de “mesa de negociação” imposta
pelo ministro da justiça, José Eduardo Cardozo, que paralisou o processo
de demarcação e enviou o exército para reprimir os índios. Fato que
somente acirrou o conflito na região.
Para impor a “mesa de negociação” o governo aplicou a GLO (Garantia
da Lei e da Ordem), que na prática é a ditadura contra o movimento
indígena, enviando a Força Nacional de Segurança e mais de 700 soldados
do exército. O pedido formalizado pelos Governador da Bahia, Jaques
Wagner e pelo ministro José Eduardo Cardozo foi comemorado amplamente
pelos latifundiários e especuladores da região.
Se toda essa situação não bastasse, o deputado federal do PT, Geraldo
Simões, realiza uma enorme campanha de difamação e ataques contra os
indígenas, incitando a população a agir violentamente contra os
Tupinambás e justificar as ações violentas dos pistoleiros, polícia e
militares contra o movimento pela demarcação da Terra Indígena.
O governo federal, na figura do Ministro da Justiça, o governo
estadual e o deputado Geraldo Simões devem ser responsabilizado pelos
assassinatos e pela crescente violência sofrida pelos indígenas no Sul
da Bahia.
A ofensiva do latifúndio aliada com a impunidade
Os ataques contra os Tupinambás vem de longa data, mas se agravou
nesses últimos meses com Chicó sendo a quinta vítima em um curto
período. Em setembro de 2013, o Tupinambá Dilson “Cipó”, foi mais uma
das vítimas e outros dois índios foram baleados em uma área retomada na
região da Serra do Padeiro.
Em novembro do ano passado na comunidade do Acuípe, entre os
municípios de Ilhéus e Una, no sul da Bahia, foram assassinados por
pistoleiros três índios tupinambás com vários tiros e golpes de facão.
Aurino Santos Calazans, 31 anos, Agenor de Souza Júnior, 30 anos, e
Ademilson Vieira dos Santos, 36 anos, foram executados em emboscada
quando regressavam da comunidade Cajueiro.
Em nenhum desses casos houve qualquer investigação séria por parte
dos policiais. Em todos os casos houve uma campanha da imprensa venal,
subsidiada pelas policias de que os crimes não tinham motivação da luta
pela terra, apesar de todos estarem em áreas retomadas e sofrerem com
ameaças dos pistoleiros e policiais.
A impunidade desses assassinatos e outros atos de violência como
casas queimadas, sequestros, prisões de indígenas, juntamente com o
apoio dados pelo governo federal e estadual, ambos do Partido dos
Trabalhadores, estão encorajando os latifundiários a realizar uma
matança dos indígenas no Sul da Bahia.
Devido a este fato, os indígenas não podem confiar em nenhum órgão
governamental controlado pelos latifundiários, como por exemplo as
polícias e o exército. Devem confiar apenas nos seus próprios meios de
defesa, levantando a reivindicação de autodefesa contra os ataques da
direita latifundiária. Pela expropriação sem indenização do latifúndio.
Fonte: http://pco.org.br/movimento-popular/tupinamba-assassinado-com-20-tiros-na-bahia/aaaa,o.html
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