Fronteira da Educação

ESTÁGIO SUPERVISIONADO III - ENCERRAMENTO

REALIZAR este Projeto de Intervenção "História e Cultura Indígena: Passado e Presente pra Valer", é contribuir com os Povos Indígenas no Brasil e oferecer à Educação essa proposição a fim de a Lei 11.645/08 não fique apenas no papel. Por isso, o propomos à coordenação pedagógica do CESA, para que, numa abordagem transversal, fosse desenvolvido nas turmas do 1º ao 5º ano, no transcurso de 2010, articulando temas/conteúdos de História, Ciências/Meio Ambiente, Língua Tupi, Música, Arte, Literatura e Teatro.

Dos conteúdos em sala de aula foram tomando corpo numa dimensão e abordagem transdiciplinar, diversas oficinas: tupi – português para o ensino-aprendizagem para a dramatização e elaboração do glossário, peteca, teatro, cerâmica, preparação de instrumentos musicais, figurinos e pinturas corporais indígenas a partir da cultura do povo Ikpeng, etc.

Gostaríamos de melhor sistematizar fotos (muito a agradecer à Profª Ezi), temas e textos aqui socializados nos nosso Projeto de Intervenção, apresentado à disciplina Estágio Supervisionado III, como exigência parcial para conclusão desta etapa do curso de graduação em Pedagogia da Universidade Federal de Ouro Preto – Centro de Educação Aberta e a Distância, que, após a primeira etapa que constou de coleta de dados, depois, na segunda etapa a partir do dia 22 de março de 2010, entre as turmas do 1ª A e B, quando observei e participei do fenômeno em sala de aula, e, em terceiro momento, na 3ª série (4º ano), ora a realização do Projeto de Intervenção.

Fiquem à vontade para comentar! Será um prazer manter intercâmbio. Ensinar será circunstancial, mas, aprender sempre!

AGRADECIMENTOS
Alberto Severiano Ribeiro, In memoriam, meu pai.
Amélia Souza Ribeiro, minha mãe.
Aos meus Ancestrais Indígenas e atuais parentes.
Profª Drª Sandra Augusta de Melo – UFOP, professora da Disciplina de Estágio;
Profª Drª Graça Graúna - UPE, tessituras ameríndias;
Profª Natalina Bomfim Ribeiro – UFOP, tutora e companheira de todas as horas;
Prof. Julival Ferreira - UFOP, tutor e amigo notável;

À Equipe pedagógica do CESA, minha paixão sociopedagógica:
Profª Solange de Couto Santana, educadora atenta e parceira;
Profª Ana Boaventura, muito me estimulou com a sua turma;
Profª Carol, com sua turma, acolheu-me com sensibilidade;
Prof. Didi Dias, trouxe seu gesto musical;
Prof. Luis Amado, nos fez rememorar o valor da argila;
Profª Márcia Barros e Pedro Augusto Mascarenhas, pelos registros audiovisuais.

Ao meu filho Yã Bomfim Ribeiro, por nossos intensos bate-papos sobre Desafios a vencer, Educação, Povos Indígenas, Cultura, Recursos Naturais, Sustentabilidade e Responsabilidade social...

Menção Especial à Profª Ezi Costa e aos seus (meus!) alunos do 4º ano, com os quais compartilhei momentos de ensinar-aprender-aprender-ensinar, de desafios e alegrias constantes, no período de 16 de agosto à 19 de novembro de 2010, quando do encerramento deste Projeto de Intervenção.

À tod@s, minha Gratidão!

AR

CONTEÚDOS
1. Levantamento e acolhimento dos conhecimentos prévios dos alunos;
2. Formação do povo brasileiro;
3. Hipóteses da chegada dos indígenas à América;
4. Povos indígenas – quem são e sua diversidade;
5. Os tempos das histórias/divisão do tempo;
6. 19 de abril, Dia do Índio e 9 de agosto, Dia Internacional dos Povos Indígenas.
7. A história que é feita de mitos (Guaraná, mandioca, origem de cada povo, etc.);
8. A história que é feita de acontecimento de cada nação;
9. A Geografia e as práticas com a terra: localização dos povos, os lugares da aldeia, a oca, a ocara, as roças, as matas, os rios;
10. As tribos indígenas na Bahia – passado e presente;
11. As leis: Constituição, o Estatuto do Índio, a Lei 11.645/08.
1. Levantamento e acolhimento dos conhecimentos prévios dos alunos;
2. Línguas indígenas – diversidade;
3. Língua Tupi – aquela a ser estudada;
4. Toponímia;
5. Construção de glossário ilustrado;
6. Um canto na língua Tupi – um dos componentes como resultado prático do Projeto.
1. Levantamento e acolhimento dos conhecimentos prévios dos alunos;
2. A ludicidade, jogos e brinquedos dos povos indígenas;
3. A música indígena dos povos indígena;
4. As danças indígenas dos povos;
5. As plumárias dos vários povos indígenas;
6. Artesanato e pinturas: cerâmica, cestaria, arcos, flechas, braceletes, sítios de representação rupestre, etc.


PROGRAMAÇÃO (Encerramento do Projeto de Intervenção)
Dia 19/11 – Das 14 Às 16 horas

Local: Acordatório - Espaço das Oficinas Lúdicas - CESA;
1. – Abertura com musica indígena de vários povos;
2. – Exposição da Arte Cerâmica feita pelos alunos do 3ª B, da Profª Ezi Costa;
3. – Celebração – Sinergia das 1ª A e B e 3ª B;
4. – Dramatização e Canto bilingue Tupi - Português;
5. – Avaliação com todos os presentes;
6. – Encerramento: Degustação de pipoca (uma palavra e um alimento indígena).

AS FOTOS ABAIXO SÃO DA TERCEIRA E SEGUNDA ETAPAS. PARA SE ENTENDER: A PRIMEIRA ETAPA CONSISTIU NA COLETA DE DADOS DA INSTITUIÇÃO EDUCAIONAL. A SEGUNDA CONSISTIU EM MINHA OBSERVAÇÃO E PARTICIPAÇÃO DO FENÔMENO EDUCATIVO EM SALA DE AULA QIANDO CONTRIBUI PELA DEFLAGRAÇÃO DO ENSINO DE CIÊNCIAS NATURAIS COM A POESIA "CELEBRAÇÃO" QUE TORNOU-SE EMBLEMÁTICA PARA OS ALUNOS DAS 1ª SÉRIE A E B. ENFIM, A TERCEIRA ETAPA COM O PROJETO DE INTRERVENÇÃO COM O ENFOUQE DA LEI 11.645/08 NO QUE DIZ RESPEITO À "HISTÓRIA E CULTURA DOS POVOS INDÍGENAS".
INTERAÇÃO DOS GRUPOS: 1ª A E B E 3ª B, SEUS PROFESSORES E DEMAIS ENVOLVIDOS DURANTE O PROCESSO DE CONSTRUÇÃO DA INTERVENÇÃO, TAIS COMO, O MÚSICO EDILTON (DIDI) DIAS, LUIS AMADO -, SOB A MINHA COORDENAÇÃO. TODAS AS PEÇAS E AS ASPECTOS SÃO COMPONENETS DESTE PROJETO.























































































































Estas poucas fotos apresentam uma prática de arte educação, acontecida na Turma do 1º Ano B da professora Ana Boaventura, no Centro Educacional Santo Antônio – CESA, das Obras Sociais Irmã Dulce no município de Simões Filho – BA. É componente do meu Estágio Supervisionado no âmbito do Curso de Licenciatura em Pedagogia e disciplina ministrada pelos professores Sandra Augusta e Felipe André da Universidade Federal de Ouro Preto – UFOP – Centro de Educação a Distância – CEAD.

Esta oficina deflagrou o Ensino de Ciências Naturais na semana de 12 a 16 de abril e agora, numa abordagem interdisciplinar a partir de uma seqüência didática que se iniciou no dia 19 e culminará no dia 23 de abril com a programação que se verá abaixo.

O 1º Ano B da Ana Boaventura no primeiro momento foi quem ensaiou pela primeira vez a poesia e música Celebração e realizou o 1º momento da Oficina que foi o de Desenhos (veja as fotos). As turmas do 1º Ano A e 2º A das Professoras Carolina (Carol) e Meiriele, respectivamente, em conjunto com o 1º Ano B realizaram o 2º momento na Oficina de Cerâmica do professor Luis Amado, quando numa interação das três turmas e dos seus professores e do Oficineiro Ademario Ribeiro e autor de Celebração, fabricaram uma série de objetos e figuras a partir da argila (elemento Terra) numa interdependência com os demais elementos fundamentais a esta produção e à vida como um todo: Água, Fogo e Ar.

Obs.: Após a culminância no dia 23 de abril postaremos as fotos com as exposições da “Arte Indígena”, pinturas corporais, apresentações.

Enfim, a programação e a seqüência didática.

ABRIL INDÍGENA NO CESA

SEMANA DOS POVOS INDÍGENAS – O QUE SEI E O QUE PRECISO SABER


Período: 19 a 23/04/10

Tema: Povos Indígenas, passado e presente


Justificativa
Independente da data comemorativa de 19 de abril, Dia do Índio necessário se faz, processualmente se apresentar, discutir e valorizar as raízes indígenas não apenas enquanto tradições, cultura e folclore – mas, enfaticamente trazer à sociedade, ainda mais nas comunidades escolares - a nossa herança indígena, suas contribuições à formação do povo brasileiro, seus formatos e traçados socioculturais a fim de sabermos respeitar, valorizar e garantir sua preservação e garantir seus direitos humanos e de serem quem são e o que querem ser em suas sociedades e na sociedade dos não índios.

Sobretudo, no Dia do Índio, havemos de não só comemorar, mas lançar novos olhares sobre estas etnias no sentido de diminuir os preconceitos, invisibilidades, o generalismo e compreendermos a pluralidade destas etnias e a diversidade cultural que se estabeleceu durante séculos e que agora não podemos desconhecer e sim, percebê-las, distingui-las e preservá-las.

Dia 19 – Das 09 Às 10 horas
Local: Espaço lúdico
1.0 – Abertura musical – Brincar de índio
1.1 – Levantamento dos conhecimentos prévios: O QUE É ÍNDIO
1.2 –Apresentação do tema pelas professoras Ana Boaventura, Carolina (Carol) e Meiriele.e por Ademario Ribeiro

Dia 20 – Das 09 às 11h30
Local: Cinemateca
2.0. Slides – Mostra da Arte Indígena;
2.1. Apresentação de vídeos com a temática indígena;
2.2. Arte Cerâmica feita pelos alunos do 1º Ano A e B e 2º Ano A;
Local: Oficina de Cerâmica

Dia 22 – Das 09 às 10 horas
Local: Espaço lúdico
3.0. Palestra com álbum seriado: Índios ontem e hoje com Ademario Ribeiro
3.1. Perguntas e Debate

Dia 23 – Das 09 às 12 horas
Local: Quadra coberta
4.0. Abertura da exposição da Arte Indígena (cerâmica), artesanato indígena, cartazes e textos sobre a temática.
4.1. Pintura corporal;
4.2. Apresentação musical
a) Koyra (Tempo de agora);
b) Quando o índio bate o tambor;
c) Brincar de índio;
d) Celebração.
4.5. Encerramento: Degustação de pipoca (uma palavra e um alimento indígena).



Celebração - Oficina para crianças do 1º ao 5º ano do Ensino Fundamental I

Seqüência Didática



Objetivo geral
- Desenvolver na criança a percepção sistêmica que facilite a compreensão da interdependência entre os elementos humanos e naturais, renováveis e não renováveis, e de que a natureza é um todo dinâmico e o ser humano é seu principal agente de transformação capaz de melhorar suas ações pela preservação do planeta terra e da qualidade de vida.

Objetivos específicos-
Incentivar o entendimento e construção de conceitos científicos básicos, associando-os a compreender que os elementos: terra, água, fogo e ar fundamentam a vida no planeta terra;
- Estimular a criança a compreender a importância do trabalho em grupo, a ser colaborativo e crítico na busca individual e coletiva do conhecimento;
- Incrementar na criança o gosto pelas artes como veículo de transformação com as quais poderá responder criativamente às crises, produzindo intervenções com sentimento de co-pertencimento planetário.

Competências e habilidades

- Utilizar instrumentos de medição e de cálculo a fim de compreender e propor situação-problema e formular hipóteses e prever resultados;
- Incentivar sua participação em prol de ações solidárias;
- Relacionar saúde com hábitos alimentares, atividade física e uso de medicamentos e outras drogas, considerando diferentes momentos do ciclo de vida humano.
- Diagnosticar situações do cotidiano em que ocorrem desperdícios de energia ou matéria, e propor formas de minimizá-las.
- Investigar o significado e a importância da água e de seu ciclo em relação a condições sócio-ambientais.
- O desenvolvimento da capacidade de aprender, tendo como meios básicos o pleno domínio da leitura, da escrita e do cálculo.

1º MOMENTO:
Distribuir o texto base do poema Celebração. O Facilitador sugerirá que cada um faça uma leitura silenciosa da poesia, no caso se já souberem ler, senão isto deverá ser feito pelo facilitador ou professor.
Tempo para a leitura.

2º MOMENTO:
Após a leitura o Facilitador/Professor, este solicitará que cada um fale/expresse seus conhecimentos prévios e sentimentos sobre o que lhes remeteu a poesia. Afinal, estes quatro elementos são muito presentes na infância de cada pessoa, de uma forma ou de outra, embora um ou outro elemento possa ser o mais perceptível, mais significativo e ou de predileção. Instigar que haja relato para todos os elementos, assim como que todos apresentem seus conhecimentos prévios e sentimentos.
Tempo de fala de cada componente. (ver a quantidade de participantes e o tempo total que se pode utilizar para esta oficina).

3º MOMENTO:
Trabalhar com argila (um objeto que retrate ou que tenha uma relação com a sua infância, com seu momento atual ou de sua predileção). A argila é elemento terra e com o contato com os elementos água, fogo (energia solar, por exemplo) e o ar (vento), - irá se modelando e se transformando.
Tempo.

4º MOMENTO:
Desenhar como deveria estar o seu local ou o global (planeta terra) ou ao que remete os 4 elementos. Lembrar que ao final haverá uma galeria para expor todas produções.
Tempo.

5º MOMENTO:
Se o grupo for numeroso, formar sub-grupos. Cada um componente, pode socializar uma história verídica, na qual entre um ou mais elementos contido(s) em Celebração, esteja(m) presente(s). O grupo e ou sub-grupos, deverá (ão) eleger uma das histórias verídicas para ser Dramatizada ao final da oficina em conjunto com a exposição dos desenhos e dos os artefatos/artesanato construídos com a argila no 3º Momento .
Tempo para a socialização.
Tempo para a apresentação.

6º MOMENTO:
Dançar (expressão corporal e ou “dança sagrada” - tribal/circular).
Tempo para conceber/ensaiar/ a coreografia. Pode-se conceber de como os índios no Brasil dançam os seus torés, seus kuarups. A letra já dá uma idéia de como pode cantada a partir do ritmo indígena utilizando-se do seu maracá e outros instrumentos musicais que for condizente usar.

Outras orientações/possibilidades
7º MOMENTO:
Trabalhar a partir da informação do Facilitador de como é o ritmo de Celebração.
Tempo para ensaiar/conceber da Música.

8º MOMENTO:
Produzir instrumentos musicais para auxiliar o Canto e Dança de Celebração, partir dos 3 R’s (Redução, Reaproveitamento e Reciclagem)...
Tempo para a Oficina dos 3 R’s.

9º MOMENTO:
Estabelecer uma abordagem sistêmica verificando alguns nexos com as várias disciplinas, conferindo a oficina a abordagem da interdisciplinaridade. Temos aqui muitos disparadores de matemática e geometria, de geografia e geologia, de língua portuguesa e artes, de biologia e ciências naturais, consumo e pluralidade cultural, etc. Podendo se trabalhar conteúdos de grandezas, quantidades, medidas e formas; localizações e distâncias, ambiente preservado e degradado, a saúde das pessoas, de animais e ambientais em geral, quanto aos elementos disponíveis na natureza, artefatos e artesanato presentes e valorizados nas culturas populares, etc.
O que mais podemos nos permitir esta intervenção.

Ao que nos remeter/se inspirar

Elemento TERRA – (argila/barro) - imagem/sentimento da infância – Artesanal (uso das mãos);

Elemento ÁGUA (uma história) – oralidade (o som da voz humana, a escuta ao outro);

Elemento FOGO (imaginar um encontro numa fogueira, a descoberta do fogo) – Dramatização;

Elemento AR (brincar com rodopios, ziguezaguear o “ar”) – Dança/Expressão corporal.

Juntar todas as partes construídas nos MOMENTOS acima e fazer uma apresentação conjunta de Celebração.

Observações finais;

Quanto ao tempo/período. Há uma seqüência muito ampla de intervenções. Cada professor e ou facilitador deverá estabelecer o que prioriza – podendo enxugá-las em virtude do tempo que dispõe. Ainda, pode-se utilizar esta oficina em vários ocasiões: Dia Mundial da Água, Dia do Índio, Dia da Terra, Dia Mundial do Meio Ambiente, como atividades de Educação Ambiental, Ensino de Ciências Naturais, atividades em empresas, seminários, etc.

Criatividade, imaginação e sensibilidade às soltas!

Ademario Ribeiro


ENFIM, A CONCLUSÃO DA SEQUÊNCIA DIDÁTICA QUE DISPAROU O INÍCIO DO ENSINO DE CIÊNCIAS, DA SEMANA DOS POVOS INDÍGENAS, DO DIA MUNDIAL DA TERRA E DA REFLEXÃO SOBRE A "DESCOBERTA DO BRASIL".


As fotos embora não estejam na sequência cronológica apresentam alguns aspectos das etapas. Tudo isto só foi possível pelo empenho dos envolvidos (professores e alunos) numa oportunidade de ensino-aprendizagem criativo e numa abordagem colaborativa e interdisciplinar,utilizando materiais, espaços e tempos diferenciados! Veja o que nos motivou:

 Deflagrar o início do Ensino de Ciências Naturais no 1º Ano A e B do Ensino Fundamental do CESA – Centro Educacional Santo Antônio com a poesia e música Celebração, quando trabalhamos os quatro elementos;

 Estimular ludicamente a compreensão dos quatro elementos: Terra, Água, Fogo e Ar e suas inter-relações para gerarem a Teia da Vida;

 Organizar e construir conhecimentos e conceitos sobre os Povos Indígenas de forma crítica e atual ressignificando aquela idéia de índio focada no século XVI;

 Interagir as turmas dos 2º ao 5º na realização dos cantos, danças e participação e na exposição dos artefatos de cerâmica;

 Relacionar conhecimentos e conceitos da história “oficial” apontando para uma reescrita dos povos indígenas numa perspectiva crítica sobre a “descoberta” e sobre a conquista das etnias ameríndias;

 Identificar e valorizar aspectos das culturas ameríndias e de como se dá a manutenção dos elementos do seu cotidiano com o sagrado, com os fenômenos e a biodiversidade envolvente.

Concluindo, gostaria de agradecer à diretora desta Unidade Escolar, Profª Solange de Couto Santana, às professoras do 1º Ano A e B e do 2º Ano A, do CESA, respectivamente, professora Caroline (Carol), Ana Boaventura e Meiriele pela acolhida e esforços para esta realização e, desejo também, carinhosamente, dedicar este trabalho aos professores Elisabeth Antonini (Ciências do Ambiente I e II), Sandra Augusta e Felipe André (Estágio Supervisionado I e II) e Natalina Bomfim e Julival Ferreira (Tutoria Presencial) do Curso de Licenciatura em Pedagogia da Universidade Federal de Ouro Preto – UFOP – Centro de Educação a Distância – CEAD, por suas interações heurísticas -, basilares para uma Educação que precisa vir a se circunscrever, afetiva, inclusiva, sistêmica e significativamente.

Agora é com você. Comente. Indique.

Texto original de Celebração. O cartaz desta poesia na postagem anterior, foi elaborado pela Profª Ezi.

* C E L E B R A Ç Ã O
(Ademario Ribeiro)

Oração canto e dança oração
Como viver? Como viver?
Tem que ter Terra
Tem que ter Terra
(... Mata Alimento Caminho Bicho!...)

Oração canto e dança oração
Como viver? Como viver?
Tem que ter Água
Tem que ter Água
(... Peixe Canoa Limpeza Chuva!...)

Oração canto e dança oração
Como viver? Como viver?
Tem que ter Fogo
Tem que ter Fogo
(... Luz Dança Paixão Energia!...)

Oração canto e dança oração
Como viver? Como viver?
Tem que ter Ar
Tem que ter Ar
(... Brisa Vôo Brincança Liberdade!...)

Oração canto e dança oração
Como viver? Como viver?
Tem que ter TERRA
Tem que ter ÁGUA
Tem que ter FOGO
Tem que ter AR
(... P’ra Viver!...)

Referências
Parâmetros Curriculares Nacionais - PCNs: Ciências Naturais/Secretaria de Educação Fundamental. Brasília: MEC / SEF, 1998. 138 p.
RIBEIRO, Ademario. Poética Poranduba, Eco-Étnica. Salvador: Edição do autor, 2001.

Em tempo: gente, é com este construto que vou elaborar meu Trabalho de Conclusão de Curso - TCC! Estou muito feliz por essa conquista. Com tantos caminhei. Com tantos cruzei caminhos. Com quantas encruzilhadas fiquei estatelado em busca de ser um ser cada vez melhor. E guardo de memória e com coração sempre na goela que vocês muito me ensinaram e me estimularam. Vocês estão na minha prática, na minha utopia.

Até já!!!




























Estas poucas fotos apresentam uma prática de arte educação, acontecida na Turma do 1º Ano B da professora Ana Boaventura, no Centro Educacional Santo Antônio – CESA, das Obras Sociais Irmã Dulce no município de Simões Filho – BA. É componente do meu Estágio Supervisionado no âmbito do Curso de Licenciatura em Pedagogia e disciplina ministrada pelos professores Sandra Augusta e Felipe André da Universidade Federal de Ouro Preto – UFOP – Centro de Educação a Distância – CEAD.

Esta oficina deflagrou o Ensino de Ciências Naturais na semana de 12 a 16 de abril e agora, numa abordagem interdisciplinar a partir de uma seqüência didática que se iniciou no dia 19 e culminará no dia 23 de abril com a programação que se verá abaixo.

O 1º Ano B da Ana Boaventura no primeiro momento foi quem ensaiou pela primeira vez a poesia e música Celebração e realizou o 1º momento da Oficina que foi o de Desenhos (veja as fotos). As turmas do 1º Ano A e 2º A das Professoras Carolina (Carol) e Meiriele, respectivamente, em conjunto com o 1º Ano B realizaram o 2º momento na Oficina de Cerâmica do professor Luis Amado, quando numa interação das três turmas e dos seus professores e do Oficineiro Ademario Ribeiro e autor de Celebração, fabricaram uma série de objetos e figuras a partir da argila (elemento Terra) numa interdependência com os demais elementos fundamentais a esta produção e à vida como um todo: Água, Fogo e Ar.

Obs.: Após a culminância no dia 23 de abril postaremos as fotos com as exposições da “Arte Indígena”, pinturas corporais, apresentações.

Enfim, a programação e a seqüência didática.

ABRIL INDÍGENA NO CESA

SEMANA DOS POVOS INDÍGENAS – O QUE SEI E O QUE PRECISO SABER


Período: 19 a 23/04/10

Tema: Povos Indígenas, passado e presente


Justificativa
Independente da data comemorativa de 19 de abril, Dia do Índio necessário se faz, processualmente se apresentar, discutir e valorizar as raízes indígenas não apenas enquanto tradições, cultura e folclore – mas, enfaticamente trazer à tona à sociedade, ainda mais nas comunidades escolares a nossa herança indígena, suas contribuições à formação do povo brasileiro, seus formatos e traçados socioculturais a fim de sabermos respeitar, valorizar e garantir sua preservação e garantir seus direitos humanos e de serem quem são e o que querem ser em suas sociedades e na sociedade dos não índios.

Sobretudo, no Dia do Índio havemos de não só comemorar, mas lançar novos olhares sobre estas etnias no sentido de diminuir os preconceitos, invisibilidades, o generalismo e compreendermos a pluralidade destas etnias e a diversidade cultural que se estabeleceu durante séculos e que agora não podemos desconhecer e sim, percebê-las, distingui-las e preservá-las.

Dia 19 – Das 09 Às 10 horas
Local: Espaço lúdico
1.0 – Abertura musical – Brincar de índio
1.1 – Levantamento dos conhecimentos prévios: O QUE É ÍNDIO
1.2 –Apresentação do tema pelas professoras Ana Boaventura, Carolina (Carol) e Meiriele.e por Ademario Ribeiro

Dia 20 – Das 09 às 11h30
Local: Cinemateca
2.0. Slides – Mostra da Arte Indígena;
2.1. Apresentação de vídeos com a temática indígena;
2.2. Arte Cerâmica feita pelos alunos do 1º Ano A e B e 2º Ano A;
Local: Oficina de Cerâmica

Dia 22 – Das 09 às 10 horas
Local: Espaço lúdico
3.0. Palestra com álbum seriado: Índios ontem e hoje com Ademario Ribeiro
3.1. Perguntas e Debate

Dia 23 – Das 09 às 12 horas
Local: Quadra coberta
4.0. Abertura da exposição da Arte Indígena (cerâmica), artesanato indígena, cartazes e textos sobre a temática.
4.1. Pintura corporal;
4.2. Apresentação musical
a) Koyra (Tempo de agora);
b) Quando o índio bate o tambor;
c) Brincar de índio;
d) Celebração.
4.5. Encerramento: Degustação de pipoca (uma palavra e um alimento indígena).



Celebração - Oficina para crianças do 1º ao 5º ano do Ensino Fundamental I

Seqüência Didática



Objetivo geral
- Desenvolver na criança a percepção sistêmica que facilite a compreensão da interdependência entre os elementos humanos e naturais, renováveis e não renováveis, e de que a natureza é um todo dinâmico e o ser humano é seu principal agente de transformação capaz de melhorar suas ações pela preservação do planeta terra e da qualidade de vida.

Objetivos específicos-
Incentivar o entendimento e construção de conceitos científicos básicos, associando-os a compreender que os elementos: terra, água, fogo e ar fundamentam a vida no planeta terra;
- Estimular a criança a compreender a importância do trabalho em grupo, a ser colaborativo e crítico na busca individual e coletiva do conhecimento;
- Incrementar na criança o gosto pelas artes como veículo de transformação com as quais poderá responder criativamente às crises, produzindo intervenções com sentimento de co-pertencimento planetário.

Competências e habilidades

- Utilizar instrumentos de medição e de cálculo a fim de compreender e propor situação-problema e formular hipóteses e prever resultados;
- Incentivar sua participação em prol de ações solidárias;
- Relacionar saúde com hábitos alimentares, atividade física e uso de medicamentos e outras drogas, considerando diferentes momentos do ciclo de vida humano.
- Diagnosticar situações do cotidiano em que ocorrem desperdícios de energia ou matéria, e propor formas de minimizá-las.
- Investigar o significado e a importância da água e de seu ciclo em relação a condições sócio-ambientais.
- O desenvolvimento da capacidade de aprender, tendo como meios básicos o pleno domínio da leitura, da escrita e do cálculo.

1º MOMENTO:
Distribuir o texto base do poema Celebração. O Facilitador sugerirá que cada um faça uma leitura silenciosa da poesia, no caso se já souberem ler, senão isto deverá ser feito pelo facilitador ou professor.
Tempo para a leitura.

2º MOMENTO:
Após a leitura o Facilitador/Professor, este solicitará que cada um fale/expresse seus conhecimentos prévios e sentimentos sobre o que lhes remeteu a poesia. Afinal, estes quatro elementos são muito presentes na infância de cada pessoa, de uma forma ou de outra, embora um ou outro elemento possa ser o mais perceptível, mais significativo e ou de predileção. Instigar que haja relato para todos os elementos, assim como que todos apresentem seus conhecimentos prévios e sentimentos.
Tempo de fala de cada componente. (ver a quantidade de participantes e o tempo total que se pode utilizar para esta oficina).

3º MOMENTO:
Trabalhar com argila (um objeto que retrate ou que tenha uma relação com a sua infância, com seu momento atual ou de sua predileção). A argila é elemento terra e com o contato com os elementos água, fogo (energia solar, por exemplo) e o ar (vento), - irá se modelando e se transformando.
Tempo.

4º MOMENTO:
Desenhar como deveria estar o seu local ou o global (planeta terra) ou ao que remete os 4 elementos. Lembrar que ao final haverá uma galeria para expor todas produções.
Tempo.

5º MOMENTO:
Se o grupo for numeroso, formar sub-grupos. Cada um componente, pode socializar uma história verídica, na qual entre um ou mais elementos contido(s) em Celebração, esteja(m) presente(s). O grupo e ou sub-grupos, deverá (ão) eleger uma das histórias verídicas para ser Dramatizada ao final da oficina em conjunto com a exposição dos desenhos e dos os artefatos/artesanato construídos com a argila no 3º Momento .
Tempo para a socialização.
Tempo para a apresentação.

6º MOMENTO:
Dançar (expressão corporal e ou “dança sagrada” - tribal/circular).
Tempo para conceber/ensaiar/ a coreografia. Pode-se conceber de como os índios no Brasil dançam os seus torés, seus kuarups. A letra já dá uma idéia de como pode cantada a partir do ritmo indígena utilizando-se do seu maracá e outros instrumentos musicais que for condizente usar.

Outras orientações/possibilidades
7º MOMENTO:
Trabalhar a partir da informação do Facilitador de como é o ritmo de Celebração.
Tempo para ensaiar/conceber da Música.

8º MOMENTO:
Produzir instrumentos musicais para auxiliar o Canto e Dança de Celebração, partir dos 3 R’s (Redução, Reaproveitamento e Reciclagem)...
Tempo para a Oficina dos 3 R’s.

9º MOMENTO:
Estabelecer uma abordagem sistêmica verificando alguns nexos com as várias disciplinas, conferindo a oficina a abordagem da interdisciplinaridade. Temos aqui muitos disparadores de matemática e geometria, de geografia e geologia, de língua portuguesa e artes, de biologia e ciências naturais, consumo e pluralidade cultural, etc. Podendo se trabalhar conteúdos de grandezas, quantidades, medidas e formas; localizações e distâncias, ambiente preservado e degradado, a saúde das pessoas, de animais e ambientais em geral, quanto aos elementos disponíveis na natureza, artefatos e artesanato presentes e valorizados nas culturas populares, etc.
O que mais podemos nos permitir esta intervenção.

Ao que nos remeter/se inspirar

Elemento TERRA – (argila/barro) - imagem/sentimento da infância – Artesanal (uso das mãos);

Elemento ÁGUA (uma história) – oralidade (o som da voz humana, a escuta ao outro);

Elemento FOGO (imaginar um encontro numa fogueira, a descoberta do fogo) – Dramatização;

Elemento AR (brincar com rodopios, ziguezaguear o “ar”) – Dança/Expressão corporal.

Juntar todas as partes construídas nos MOMENTOS acima e fazer uma apresentação conjunta de Celebração.

Observações finais;

Quanto ao tempo/período. Há uma seqüência muito ampla de intervenções. Cada professor e ou facilitador deverá estabelecer o que prioriza – podendo enxugá-las em virtude do tempo que dispõe. Ainda, pode-se utilizar esta oficina em vários ocasiões: Dia Mundial da Água, Dia do Índio, Dia da Terra, Dia Mundial do Meio Ambiente, como atividades de Educação Ambiental, Ensino de Ciências Naturais, atividades em empresas, seminários, etc.

Criatividade, imaginação e sensibilidade às soltas!

Ademario Ribeiro


ENFIM, A CONCLUSÃO DA SEQUÊNCIA DIDÁTICA QUE DISPAROU O INÍCIO DO ENSINO DE CIÊNCIAS, DA SEMANA DOS POVOS INDÍGENAS, DO DIA MUNDIAL DA TERRA E DA REFLEXÃO SOBRE A "DESCOBERTA DO BRASIL".


As fotos embora não estejam na sequência cronológica apresentam alguns aspectos das etapas. Tudo isto só foi possível pelo empenho dos envolvidos (professores e alunos) numa oportunidade de ensino-aprendizagem criativo e numa abordagem colaborativa e interdisciplinar,utilizando materiais, espaços e tempos diferenciados! Veja o que nos motivou:

 Deflagrar o início do Ensino de Ciências Naturais no 1º Ano A e B do Ensino Fundamental do CESA – Centro Educacional Santo Antônio com a poesia e música Celebração, quando trabalhamos os quatro elementos;

 Estimular ludicamente a compreensão dos quatro elementos: Terra, Água, Fogo e Ar e suas inter-relações para gerarem a Teia da Vida;

 Organizar e construir conhecimentos e conceitos sobre os Povos Indígenas de forma crítica e atual ressignificando aquela idéia de índio focada no século XVI;

 Interagir as turmas dos 2º ao 5º na realização dos cantos, danças e participação e na exposição dos artefatos de cerâmica;

 Relacionar conhecimentos e conceitos da história “oficial” apontando para uma reescrita dos povos indígenas numa perspectiva crítica sobre a “descoberta” e sobre a conquista das etnias ameríndias;

 Identificar e valorizar aspectos das culturas ameríndias e de como se dá a manutenção dos elementos do seu cotidiano com o sagrado, com os fenômenos e a biodiversidade envolvente.

Concluindo, gostaria de agradecer à diretora desta Unidade Escolar, Profª Solange Couto de Santana, às professoras do 1º Ano A e B e do 2º Ano A, do CESA, respectivamente, professora Caroline (Carol), Ana Boaventura e Meiriele pela acolhida e esforços para esta realização e, desejo também, carinhosamente, dedicar este trabalho aos professores Elisabeth Antonini (Ciências do Ambiente I e II), Sandra Augusta e Felipe André (Estágio Supervisionado I e II) e Natalina Bomfim (Tutora Presencial) do Curso de Licenciatura em Pedagogia da Universidade Federal de Ouro Preto – UFOP – Centro de Educação a Distância – CEAD, por suas interações heurísticas -, basilares para uma Educação que precisa vir a se circunscrever, afetiva, inclusiva, sistêmica e significativamente.

Agora é com você. Comente. Indique.

Texto original de Celebração. O cartaz desta poesia na postagem anterior, foi elaborado pela Profª Ezi.

* C E L E B R A Ç Ã O
(Ademario Ribeiro)

Oração canto e dança oração
Como viver? Como viver?
Tem que ter Terra
Tem que ter Terra
(... Mata Alimento Caminho Bicho!...)

Oração canto e dança oração
Como viver? Como viver?
Tem que ter Água
Tem que ter Água
(... Peixe Canoa Limpeza Chuva!...)

Oração canto e dança oração
Como viver? Como viver?
Tem que ter Fogo
Tem que ter Fogo
(... Luz Dança Paixão Energia!...)

Oração canto e dança oração
Como viver? Como viver?
Tem que ter Ar
Tem que ter Ar
(... Brisa Vôo Brincança Liberdade!...)

Oração canto e dança oração
Como viver? Como viver?
Tem que ter TERRA
Tem que ter ÁGUA
Tem que ter FOGO
Tem que ter AR
(... P’ra Viver!...)

Referências
Parâmetros Curriculares Nacionais - PCNs: Ciências Naturais/Secretaria de Educação Fundamental. Brasília: MEC / SEF, 1998. 138 p.
RIBEIRO, Ademario. Poética Poranduba, Eco-Étnica. Salvador: Edição do autor, 2001.

ESTÁGIO SUPERVISIONADO III - ENCERRAMENTO

REALIZAR este Projeto de Intervenção "História e Cultura Indígena: Passado e Presente pra Valer", é contribuir com os Povos Indígenas no Brasil e oferecer à Educação essa proposição a fim de a Lei 11.645/08 não fique apenas no papel. Por isso, o propomos à coordenação pedagógica do CESA, para que, numa abordagem transversal, fosse desenvolvido nas turmas do 1º ao 5º ano, no transcurso de 2010, articulando temas/conteúdos de História, Ciências/Meio Ambiente, Língua Tupi, Música, Arte, Literatura e Teatro.

Dos conteúdos em sala de aula foram tomando corpo numa dimensão e abordagem transdiciplinar, diversas oficinas: tupi – português para o ensino-aprendizagem para a dramatização e elaboração do glossário, peteca, teatro, cerâmica, preparação de instrumentos musicais, figurinos e pinturas corporais indígenas a partir da cultura do povo Ikpeng, etc.

Gostaríamos de melhor sistematizar fotos (muito a agradecer à Profª Ezi), temas e textos aqui socializados nos nosso Projeto de Intervenção, apresentado à disciplina Estágio Supervisionado III, como exigência parcial para conclusão desta etapa do curso de graduação em Pedagogia da Universidade Federal de Ouro Preto – Centro de Educação Aberta e a Distância, que, após a primeira etapa que constou de coleta de dados, depois, na segunda etapa a partir do dia 22 de março de 2010, entre as turmas do 1ª A e B, quando observei e participei do fenômeno em sala de aula, e, em terceiro momento, na 3ª série (4º ano), ora a realização do Projeto de Intervenção.

Fiquem à vontade para comentar! Será um prazer manter intercâmbio. Ensinar será circunstancial, mas, aprender sempre!

AGRADECIMENTOS
Alberto Severiano Ribeiro, In memoriam, meu pai.
Amélia Souza Ribeiro, minha mãe.
Aos meus Ancestrais Indígenas e atuais parentes.
Profª Drª Sandra Augusta de Melo – UFOP, professora da Disciplina de Estágio;
Profª Drª Graça Graúna - UPE, tessituras ameríndias;
Profª Natalina Bomfim Ribeiro – UFOP, tutora e companheira de todas as horas;
Prof. Julival Ferreira - UFOP, tutor e amigo notável;

À Equipe pedagógica do CESA, minha paixão sociopedagógica:
Profª Solange de Couto Santana, educadora atenta e parceira;
Profª Ana Boaventura, muito me estimulou com a sua turma;
Profª Carol, com sua turma, acolheu-me com sensibilidade;
Prof. Didi Dias, trouxe seu gesto musical;
Prof. Luis Amado, nos fez rememorar o valor da argila;
Profª Márcia Barros e Pedro Augusto Mascarenhas, pelos registros audiovisuais.

Ao meu filho Yã Bomfim Ribeiro, por nossos intensos bate-papos sobre Desafios a vencer, Educação, Povos Indígenas, Cultura, Recursos Naturais, Sustentabilidade e Responsabilidade social...

Menção Especial à Profª Ezi Costa e aos seus (meus!) alunos do 4º ano, com os quais compartilhei momentos de ensinar-aprender-aprender-ensinar, de desafios e alegrias constantes, no período de 16 de agosto à 19 de novembro de 2010, quando do encerramento deste Projeto de Intervenção.

À tod@s, minha Gratidão!

AR

CONTEÚDOS
1. Levantamento e acolhimento dos conhecimentos prévios dos alunos;
2. Formação do povo brasileiro;
3. Hipóteses da chegada dos indígenas à América;
4. Povos indígenas – quem são e sua diversidade;
5. Os tempos das histórias/divisão do tempo;
6. 19 de abril, Dia do Índio e 9 de agosto, Dia Internacional dos Povos Indígenas.
7. A história que é feita de mitos (Guaraná, mandioca, origem de cada povo, etc.);
8. A história que é feita de acontecimento de cada nação;
9. A Geografia e as práticas com a terra: localização dos povos, os lugares da aldeia, a oca, a ocara, as roças, as matas, os rios;
10. As tribos indígenas na Bahia – passado e presente;
11. As leis: Constituição, o Estatuto do Índio, a Lei 11.645/08.
1. Levantamento e acolhimento dos conhecimentos prévios dos alunos;
2. Línguas indígenas – diversidade;
3. Língua Tupi – aquela a ser estudada;
4. Toponímia;
5. Construção de glossário ilustrado;
6. Um canto na língua Tupi – um dos componentes como resultado prático do Projeto.
1. Levantamento e acolhimento dos conhecimentos prévios dos alunos;
2. A ludicidade, jogos e brinquedos dos povos indígenas;
3. A música indígena dos povos indígena;
4. As danças indígenas dos povos;
5. As plumárias dos vários povos indígenas;
6. Artesanato e pinturas: cerâmica, cestaria, arcos, flechas, braceletes, sítios de representação rupestre, etc.


PROGRAMAÇÃO (Encerramento do Projeto de Intervenção)
Dia 19/11 – Das 14 Às 16 horas

Local: Acordatório - Espaço das Oficinas Lúdicas - CESA;
1. – Abertura com musica indígena de vários povos;
2. – Exposição da Arte Cerâmica feita pelos alunos do 3ª B, da Profª Ezi Costa;
3. – Celebração – Sinergia das 1ª A e B e 3ª B;
4. – Dramatização e Canto bilingue Tupi - Português;
5. – Avaliação com todos os presentes;
6. – Encerramento: Degustação de pipoca (uma palavra e um alimento indígena).

AS FOTOS ABAIXO SÃO DA TERCEIRA E SEGUNDA ETAPAS. PARA SE ENTENDER: A PRIMEIRA ETAPA CONSISTIU NA COLETA DE DADOS DA INSTITUIÇÃO EDUCAIONAL. A SEGUNDA CONSISTIU EM MINHA OBSERVAÇÃO E PARTICIPAÇÃO DO FENÔMENO EDUCATIVO EM SALA DE AULA QIANDO CONTRIBUI PELA DEFLAGRAÇÃO DO ENSINO DE CIÊNCIAS NATURAIS COM A POESIA "CELEBRAÇÃO" QUE TORNOU-SE EMBLEMÁTICA PARA OS ALUNOS DAS 1ª SÉRIE A E B. ENFIM, A TERCEIRA ETAPA COM O PROJETO DE INTRERVENÇÃO COM O ENFOUQE DA LEI 11.645/08 NO QUE DIZ RESPEITO À "HISTÓRIA E CULTURA DOS POVOS INDÍGENAS".
INTERAÇÃO DOS GRUPOS: 1ª A E B E 3ª B, SEUS PROFESSORES E DEMAIS ENVOLVIDOS DURANTE O PROCESSO DE CONSTRUÇÃO DA INTERVENÇÃO, TAIS COMO, O MÚSICO EDILTON (DIDI) DIAS, LUIS AMADO -, SOB A MINHA COORDENAÇÃO. TODAS AS PEÇAS E AS ASPECTOS SÃO COMPONENETS DESTE PROJETO.























































































































Estas poucas fotos apresentam uma prática de arte educação, acontecida na Turma do 1º Ano B da professora Ana Boaventura, no Centro Educacional Santo Antônio – CESA, das Obras Sociais Irmã Dulce no município de Simões Filho – BA. É componente do meu Estágio Supervisionado no âmbito do Curso de Licenciatura em Pedagogia e disciplina ministrada pelos professores Sandra Augusta e Felipe André da Universidade Federal de Ouro Preto – UFOP – Centro de Educação a Distância – CEAD.

Esta oficina deflagrou o Ensino de Ciências Naturais na semana de 12 a 16 de abril e agora, numa abordagem interdisciplinar a partir de uma seqüência didática que se iniciou no dia 19 e culminará no dia 23 de abril com a programação que se verá abaixo.

O 1º Ano B da Ana Boaventura no primeiro momento foi quem ensaiou pela primeira vez a poesia e música Celebração e realizou o 1º momento da Oficina que foi o de Desenhos (veja as fotos). As turmas do 1º Ano A e 2º A das Professoras Carolina (Carol) e Meiriele, respectivamente, em conjunto com o 1º Ano B realizaram o 2º momento na Oficina de Cerâmica do professor Luis Amado, quando numa interação das três turmas e dos seus professores e do Oficineiro Ademario Ribeiro e autor de Celebração, fabricaram uma série de objetos e figuras a partir da argila (elemento Terra) numa interdependência com os demais elementos fundamentais a esta produção e à vida como um todo: Água, Fogo e Ar.

Obs.: Após a culminância no dia 23 de abril postaremos as fotos com as exposições da “Arte Indígena”, pinturas corporais, apresentações.

Enfim, a programação e a seqüência didática.

ABRIL INDÍGENA NO CESA

SEMANA DOS POVOS INDÍGENAS – O QUE SEI E O QUE PRECISO SABER


Período: 19 a 23/04/10

Tema: Povos Indígenas, passado e presente


Justificativa
Independente da data comemorativa de 19 de abril, Dia do Índio necessário se faz, processualmente se apresentar, discutir e valorizar as raízes indígenas não apenas enquanto tradições, cultura e folclore – mas, enfaticamente trazer à tona à sociedade, ainda mais nas comunidades escolares a nossa herança indígena, suas contribuições à formação do povo brasileiro, seus formatos e traçados socioculturais a fim de sabermos respeitar, valorizar e garantir sua preservação e garantir seus direitos humanos e de serem quem são e o que querem ser em suas sociedades e na sociedade dos não índios.

Sobretudo, no Dia do Índio havemos de não só comemorar, mas lançar novos olhares sobre estas etnias no sentido de diminuir os preconceitos, invisibilidades, o generalismo e compreendermos a pluralidade destas etnias e a diversidade cultural que se estabeleceu durante séculos e que agora não podemos desconhecer e sim, percebê-las, distingui-las e preservá-las.

Dia 19 – Das 09 Às 10 horas
Local: Espaço lúdico
1.0 – Abertura musical – Brincar de índio
1.1 – Levantamento dos conhecimentos prévios: O QUE É ÍNDIO
1.2 –Apresentação do tema pelas professoras Ana Boaventura, Carolina (Carol) e Meiriele.e por Ademario Ribeiro

Dia 20 – Das 09 às 11h30
Local: Cinemateca
2.0. Slides – Mostra da Arte Indígena;
2.1. Apresentação de vídeos com a temática indígena;
2.2. Arte Cerâmica feita pelos alunos do 1º Ano A e B e 2º Ano A;
Local: Oficina de Cerâmica

Dia 22 – Das 09 às 10 horas
Local: Espaço lúdico
3.0. Palestra com álbum seriado: Índios ontem e hoje com Ademario Ribeiro
3.1. Perguntas e Debate

Dia 23 – Das 09 às 12 horas
Local: Quadra coberta
4.0. Abertura da exposição da Arte Indígena (cerâmica), artesanato indígena, cartazes e textos sobre a temática.
4.1. Pintura corporal;
4.2. Apresentação musical
a) Koyra (Tempo de agora);
b) Quando o índio bate o tambor;
c) Brincar de índio;
d) Celebração.
4.5. Encerramento: Degustação de pipoca (uma palavra e um alimento indígena).



Celebração - Oficina para crianças do 1º ao 5º ano do Ensino Fundamental I

Seqüência Didática



Objetivo geral
- Desenvolver na criança a percepção sistêmica que facilite a compreensão da interdependência entre os elementos humanos e naturais, renováveis e não renováveis, e de que a natureza é um todo dinâmico e o ser humano é seu principal agente de transformação capaz de melhorar suas ações pela preservação do planeta terra e da qualidade de vida.

Objetivos específicos-
Incentivar o entendimento e construção de conceitos científicos básicos, associando-os a compreender que os elementos: terra, água, fogo e ar fundamentam a vida no planeta terra;
- Estimular a criança a compreender a importância do trabalho em grupo, a ser colaborativo e crítico na busca individual e coletiva do conhecimento;
- Incrementar na criança o gosto pelas artes como veículo de transformação com as quais poderá responder criativamente às crises, produzindo intervenções com sentimento de co-pertencimento planetário.

Competências e habilidades

- Utilizar instrumentos de medição e de cálculo a fim de compreender e propor situação-problema e formular hipóteses e prever resultados;
- Incentivar sua participação em prol de ações solidárias;
- Relacionar saúde com hábitos alimentares, atividade física e uso de medicamentos e outras drogas, considerando diferentes momentos do ciclo de vida humano.
- Diagnosticar situações do cotidiano em que ocorrem desperdícios de energia ou matéria, e propor formas de minimizá-las.
- Investigar o significado e a importância da água e de seu ciclo em relação a condições sócio-ambientais.
- O desenvolvimento da capacidade de aprender, tendo como meios básicos o pleno domínio da leitura, da escrita e do cálculo.

1º MOMENTO:
Distribuir o texto base do poema Celebração. O Facilitador sugerirá que cada um faça uma leitura silenciosa da poesia, no caso se já souberem ler, senão isto deverá ser feito pelo facilitador ou professor.
Tempo para a leitura.

2º MOMENTO:
Após a leitura o Facilitador/Professor, este solicitará que cada um fale/expresse seus conhecimentos prévios e sentimentos sobre o que lhes remeteu a poesia. Afinal, estes quatro elementos são muito presentes na infância de cada pessoa, de uma forma ou de outra, embora um ou outro elemento possa ser o mais perceptível, mais significativo e ou de predileção. Instigar que haja relato para todos os elementos, assim como que todos apresentem seus conhecimentos prévios e sentimentos.
Tempo de fala de cada componente. (ver a quantidade de participantes e o tempo total que se pode utilizar para esta oficina).

3º MOMENTO:
Trabalhar com argila (um objeto que retrate ou que tenha uma relação com a sua infância, com seu momento atual ou de sua predileção). A argila é elemento terra e com o contato com os elementos água, fogo (energia solar, por exemplo) e o ar (vento), - irá se modelando e se transformando.
Tempo.

4º MOMENTO:
Desenhar como deveria estar o seu local ou o global (planeta terra) ou ao que remete os 4 elementos. Lembrar que ao final haverá uma galeria para expor todas produções.
Tempo.

5º MOMENTO:
Se o grupo for numeroso, formar sub-grupos. Cada um componente, pode socializar uma história verídica, na qual entre um ou mais elementos contido(s) em Celebração, esteja(m) presente(s). O grupo e ou sub-grupos, deverá (ão) eleger uma das histórias verídicas para ser Dramatizada ao final da oficina em conjunto com a exposição dos desenhos e dos os artefatos/artesanato construídos com a argila no 3º Momento .
Tempo para a socialização.
Tempo para a apresentação.

6º MOMENTO:
Dançar (expressão corporal e ou “dança sagrada” - tribal/circular).
Tempo para conceber/ensaiar/ a coreografia. Pode-se conceber de como os índios no Brasil dançam os seus torés, seus kuarups. A letra já dá uma idéia de como pode cantada a partir do ritmo indígena utilizando-se do seu maracá e outros instrumentos musicais que for condizente usar.

Outras orientações/possibilidades
7º MOMENTO:
Trabalhar a partir da informação do Facilitador de como é o ritmo de Celebração.
Tempo para ensaiar/conceber da Música.

8º MOMENTO:
Produzir instrumentos musicais para auxiliar o Canto e Dança de Celebração, partir dos 3 R’s (Redução, Reaproveitamento e Reciclagem)...
Tempo para a Oficina dos 3 R’s.

9º MOMENTO:
Estabelecer uma abordagem sistêmica verificando alguns nexos com as várias disciplinas, conferindo a oficina a abordagem da interdisciplinaridade. Temos aqui muitos disparadores de matemática e geometria, de geografia e geologia, de língua portuguesa e artes, de biologia e ciências naturais, consumo e pluralidade cultural, etc. Podendo se trabalhar conteúdos de grandezas, quantidades, medidas e formas; localizações e distâncias, ambiente preservado e degradado, a saúde das pessoas, de animais e ambientais em geral, quanto aos elementos disponíveis na natureza, artefatos e artesanato presentes e valorizados nas culturas populares, etc.
O que mais podemos nos permitir esta intervenção.

Ao que nos remeter/se inspirar

Elemento TERRA – (argila/barro) - imagem/sentimento da infância – Artesanal (uso das mãos);

Elemento ÁGUA (uma história) – oralidade (o som da voz humana, a escuta ao outro);

Elemento FOGO (imaginar um encontro numa fogueira, a descoberta do fogo) – Dramatização;

Elemento AR (brincar com rodopios, ziguezaguear o “ar”) – Dança/Expressão corporal.

Juntar todas as partes construídas nos MOMENTOS acima e fazer uma apresentação conjunta de Celebração.

Observações finais;

Quanto ao tempo/período. Há uma seqüência muito ampla de intervenções. Cada professor e ou facilitador deverá estabelecer o que prioriza – podendo enxugá-las em virtude do tempo que dispõe. Ainda, pode-se utilizar esta oficina em vários ocasiões: Dia Mundial da Água, Dia do Índio, Dia da Terra, Dia Mundial do Meio Ambiente, como atividades de Educação Ambiental, Ensino de Ciências Naturais, atividades em empresas, seminários, etc.

Criatividade, imaginação e sensibilidade às soltas!

Ademario Ribeiro


ENFIM, A CONCLUSÃO DA SEQUÊNCIA DIDÁTICA QUE DISPAROU O INÍCIO DO ENSINO DE CIÊNCIAS, DA SEMANA DOS POVOS INDÍGENAS, DO DIA MUNDIAL DA TERRA E DA REFLEXÃO SOBRE A "DESCOBERTA DO BRASIL".


As fotos embora não estejam na sequência cronológica apresentam alguns aspectos das etapas. Tudo isto só foi possível pelo empenho dos envolvidos (professores e alunos) numa oportunidade de ensino-aprendizagem criativo e numa abordagem colaborativa e interdisciplinar,utilizando materiais, espaços e tempos diferenciados! Veja o que nos motivou:

 Deflagrar o início do Ensino de Ciências Naturais no 1º Ano A e B do Ensino Fundamental do CESA – Centro Educacional Santo Antônio com a poesia e música Celebração, quando trabalhamos os quatro elementos;

 Estimular ludicamente a compreensão dos quatro elementos: Terra, Água, Fogo e Ar e suas inter-relações para gerarem a Teia da Vida;

 Organizar e construir conhecimentos e conceitos sobre os Povos Indígenas de forma crítica e atual ressignificando aquela idéia de índio focada no século XVI;

 Interagir as turmas dos 2º ao 5º na realização dos cantos, danças e participação e na exposição dos artefatos de cerâmica;

 Relacionar conhecimentos e conceitos da história “oficial” apontando para uma reescrita dos povos indígenas numa perspectiva crítica sobre a “descoberta” e sobre a conquista das etnias ameríndias;

 Identificar e valorizar aspectos das culturas ameríndias e de como se dá a manutenção dos elementos do seu cotidiano com o sagrado, com os fenômenos e a biodiversidade envolvente.

Concluindo, gostaria de agradecer à diretora desta Unidade Escolar, Profª Solange de Couto Santana, às professoras do 1º Ano A e B e do 2º Ano A, do CESA, respectivamente, professora Caroline (Carol), Ana Boaventura e Meiriele pela acolhida e esforços para esta realização e, desejo também, carinhosamente, dedicar este trabalho aos professores Elisabeth Antonini (Ciências do Ambiente I e II), Sandra Augusta e Felipe André (Estágio Supervisionado I e II) e Natalina Bomfim e Julival Ferreira (Tutoria Presencial) do Curso de Licenciatura em Pedagogia da Universidade Federal de Ouro Preto – UFOP – Centro de Educação a Distância – CEAD, por suas interações heurísticas -, basilares para uma Educação que precisa vir a se circunscrever, afetiva, inclusiva, sistêmica e significativamente.

Agora é com você. Comente. Indique.

Texto original de Celebração. O cartaz desta poesia na postagem anterior, foi elaborado pela Profª Ezi.

* C E L E B R A Ç Ã O
(Ademario Ribeiro)

Oração canto e dança oração
Como viver? Como viver?
Tem que ter Terra
Tem que ter Terra
(... Mata Alimento Caminho Bicho!...)

Oração canto e dança oração
Como viver? Como viver?
Tem que ter Água
Tem que ter Água
(... Peixe Canoa Limpeza Chuva!...)

Oração canto e dança oração
Como viver? Como viver?
Tem que ter Fogo
Tem que ter Fogo
(... Luz Dança Paixão Energia!...)

Oração canto e dança oração
Como viver? Como viver?
Tem que ter Ar
Tem que ter Ar
(... Brisa Vôo Brincança Liberdade!...)

Oração canto e dança oração
Como viver? Como viver?
Tem que ter TERRA
Tem que ter ÁGUA
Tem que ter FOGO
Tem que ter AR
(... P’ra Viver!...)

Referências
Parâmetros Curriculares Nacionais - PCNs: Ciências Naturais/Secretaria de Educação Fundamental. Brasília: MEC / SEF, 1998. 138 p.
RIBEIRO, Ademario. Poética Poranduba, Eco-Étnica. Salvador: Edição do autor, 2001.

Em tempo: gente, é com este construto que vou elaborar meu Trabalho de Conclusão de Curso - TCC! Estou muito feliz por essa conquista. Com tantos caminhei. Com tantos cruzei caminhos. Com quantas encruzilhadas fiquei estatelado em busca de ser um ser cada vez melhor. E guardo de memória e com coração sempre na goela que vocês muito me ensinaram e me estimularam. Vocês estão na minha prática, na minha utopia.

Até já!!!