terça-feira, 5 de novembro de 2013

Só Araci tem um Fernando Peltier

Como ex-secretário municipal de cultura, o Editor diz-se privilegiado pela oportunidade de trabalhar com um gênio cultural chamado Fernando Peltier e lamenta que remoques de uma deletéria política, não abra espaço na linha de atividades artísticas e culturais a esse talento único, capaz de manter jovens e adolescentes apaixonados pela arte que tem salvo a tantos deles.
  • Por Gidalti
Quando olho para minha terra, torrão e berço de Anatólios, Celestinos, Mouras, Josés, Júlios, Áureas e Carmelitas e vejo suas gerações herdeiras, tão desproporcionais ao tamanho e grandeza das almas artificiosas desses nossos ancestrais, faz brotar em mim uma grita às consciências dos que foram constituídos responsáveis pela manutenção, criação e debuxos de nossas culturas e tradições.

Meditativo, vejo em meu Araci a figura de um artista possuidor de um perfil artístico-cultural que não se encontra nos 417 municípios de nosso Estado e todos carentes de talentos que pelo menos se misture aos nativos, formando um time de luz, sons e cores, porque assim é o mundo dos artistas.
Só Araci tem um Fernando Peltier
Esse é o nosso Peltier. A celebridade Antônio Fernando Peltier Loureiro Freire, o colega Fernando Peltier. Por aí nos terreiros da arte, seus fãs também o chamam de: Peu, Pel, Pélty, Pel-ti-ti-ti, Peltí, Peleleu, Peleleuty, Tom, Tonho, Toinho, Antoninho, Tonico, Tutí, Nando, Macaúbas. Suas designações são o porquê do: Teatrólogo, Dramaturgo, Ator, Diretor  Teatral, Cenotécnico, Sonoplasta, Professor de Teatro; Escritor, Poeta, Cronista e Dramaturgo. As obras por ele publicadas como: Nós Te Atra(í)mos”, com os textos de “Pinóquio”, - “O Jardim das Abelhas”  – “BeatleCaetanus” - ”Heureca! - Notáveis Encontros com o Saber” – “Teatro Nosso Cada Dia” confirmam a notoriedade de seus nomes.

As peças produzidas, das quase todas já nos encantaram, fazem a mesma evidência:  “Auto das Dores de Cristo” – “Paz!… Paz!… Paz!..Páscoa!” – “Pinóquio” – “O Grande Circo da Mamãe”  - “Fuga Num São João” – “O Jardim das Abelhas”  - “Por um Triz… Triscou, Pegou!”  e essa que marcou nossos natais, “Auto do Presépio de Natal”.

Seus poemas foram recentemente lançados em Recital. Fernando foi reconhecido em Portugal em 2010 na Cidade do Porto ao lançar para a Europa e para o mundo seu livro “Na Palma da Calma da Alma”,  com 51 poesias diversificadas e diversas.

Peltier é professor de teatro com formação superior completa em Direção Teatral na EMAC da UFBA. Sua graduação possibilitou a criação de projetos de educação como: “Para não ter que punir os homens ” com seus 8 subprojetos, oportunizando apresentações teatrais pertinentes à criança e o jovem, um projeto que trabalha a formação de plateia, com público, a partir do escolar desde os 02 anos de idade.

Fernando acima de tudo é gente e vive igual aos homens comuns. Casou duas vezes, com Mirtinha  que  é mãe de Tatiana, Mauro e Fernanda e com Vera, mãe de Tarcila e Tamara e já é avô de Phillippe, Pedro e Valentina.

E por ser boa gente, é “baêa”. Tricolor de quatro costados em sua terra, fluminense no Rio e são-paulino.  É místico: Esotérico Espiritualista e Holístico, mas devoto da Sagrada Família Jesus, Maria, José. Para ele é mais importante ser cristão que ser religioso. Homem  sensível sem dominação viciosa, decente e detesta a traição. Meio filósofo, meio maluco, Fernando sonha em consertar o mundo.

Esse Fernando é soteropolitano, mas ama o interior e entre tantos por onde passou, em Araci ficou. Aqui vive com toda a gente, com as meninas e com os meninos, não tá nem aí pra a burrice de tantos e desconsidera a truculência de outros. Vive com respeito e amor, ingredientes de seu sonho de mudar o mundo.  Em sua vida de escritor, acha que todo mundo deve escrever e ler algo e sua mais esperta máxima diz: “Escreveu, não leu… O palco é meu!”.

Quando  esse “Cara” foi convencido pela prefeita Nenca a ficar em Araci, estava como secretário de cultura e o tive como Coordenador de Cultura. Em nossos encontros da área,  por municípios e pontos culturais, a pergunta era sempre certa: Como Araci conseguiu  ter em seu quadro um Fernando Peltier?

A resposta além de ter um tom de orgulho, tem também um raciocínio lógico.  Era só perguntar aos juvenis da arte, aos jovens do teatro e a todos os que tinham a alma cheia de linha, adereços e cores. Aos pintores, às costureiras e aos artesãos do Tracupá, de Serrinha, de Jacobina, quem não sabe quem é Peltier?

Perguntas como “por que não está, então, trabalhando em outro lugar, já que é tão decantado?” – podem estar sendo formatadas nas mentes de especialistas nessas questões. Fernando gosta daqui. Fernando se gasta pela arte e cultura desde que aqui chegou e se seu amor por Araci precisasse de uma prova, ela estaria no bairrismo que mostra pela cidade quando chamou de ICARASO, sua companhia de teatro (uma mistura invertida de Araci e Raso).

Para um peito lírico, amante, poético e músico, o que mais o dilacera é a dor da abjeção. Não perguntemos o que faria Fernando pela arte e pela cultura de Araci, perguntemos a nós mesmos: “o que Araci está perdendo com o menosprezo o desuso e desagradecimento a este talento que agora é nosso?”.

Fonte:  http://www.portalfolha.com/gerais/so-araci-tem-um-fernando-peltier/

Nenhum comentário:

Postar um comentário