Nem reserva indígena foi poupada
Os índios reclamam também da circulação de veículos dentro da reserva
PUBLICADO EM 24/03/14
Em
novembro do ano passado, os índios das aldeias Pataxó da reserva Terra
Indígena Guarani, localizadas em Carmésia, no Vale do Rio Doce, fecharam
a rodovia MG–232, que corta as três aldeias, em protesto contra a
redução no volume do rio do Peixe, que passa pelo local.
Não
foi a primeira vez que eles impediram a circulação de veículos na
estrada, numa tentativa de negociar com a mineradora, responsável pela
obra. Os índios reclamam também da circulação de veículos dentro da
reserva.
“Até
hoje não explicaram nada porque a gente não faz parte do projeto
deles”, reclama o cacique da aldeia Imbiruçu, Romildo Alves de
Conceição, Txonãg na língua nativa. Ele teme que a redução do volume do
rio prejudique a pesca, base da alimentação dos 350 moradores das
aldeias.
A
Fundação Nacional do Índio (Funai) diz que não foi comunicada
oficialmente sobre os impactos do empreendimento nas aldeias. O órgão
diz que, a partir dos relatos dos índios, pode “presumir” que há
reflexos nas comunidades, mas não há estudo específico para medir esses
impactos.
O
órgão diz ainda que solicitou informações ao Ibama, responsável pelo
licenciamento do mineroduto, mas não obteve resposta. A Funai ressalta
ainda que o rio tem extrema importância para comunidades indígenas,
sendo “um local para obtenção de alimentos, água e lazer, possuindo
também um valor simbólico tão importante quanto o peixe que fornece”.
Fonte: Via e-mail da Rede social (ANAIND).
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