Conheci – para minha honra e crescimento - o Professor Silvano Pedro Machado em sua casa, no dia 30 de abril de 2011, pelas mãos camaradeiras de sua esposa Suzélia e de Edileuza Rocha (Leu) - nossa amiga em comum, em virtude de desenvolvermos na cidade de São Gabriel – semiárido da Bahia, a Oficina de Teatro: Eu, o Outro e Meu Lugar no Mundo, numa interação entre crianças, jovens e educadoras(es).
Ele nos “deixou” na madrugada de ontem (02 de agosto de 2012) – como se diz entre amigos: “viajou antes do combinado”. Cremos que, como professor de geografia – estará pelos infindos espaços siderais – pesquisando, analisando, anotando, fotografando, medindo, mapeando, registrando na Eternidade as tantas estrelas, luzes musselinosas, caminhos lácteos, grutas arco-irisadas, puxando violas e papos das diásporas, das poesias, reminiscências dos Payayá e de outros povos de sua e minha região nas vastidões da chapada diamantina – já aqui na terra já sabia muito – pois sábio era em outras geografias e imaginemos o quanto era tão elucidativo e apaixonante em sua cátedra.
Conversamos bastante sobre o semiárido, educação e sobre o povo Payayá e do movimento que se espalha em vários pontos da Bahia e não apenas no Piemonte (Pé de Serra) da Chapada Diamantina - de pessoas que se afirmam ter sangue dessa linhagem étnica.
Horas antes, eu e Leu teclamos pelos fios invisíveis da Net de que não tínhamos o que dizer sobre essa notícia que ninguém fica com chão embaixo dos pés quando tem que anunciar – de antes não sabemos lidar com “esse adeus”. Na minha pequenez balbuciei/teclei algo assim, para os seus familiares e amigos: "Fiquem agora cada vez mais junt@s, mais do que já eram", afinal, o abraço, o ombro, o chá, o café, o amparo físico - são mais os imediatos e possíveis de equilibrar o desconforto que o indizível e imponderável nos impõe nessas horas!
Fiquemos juntinhos! Ele, agora é um viajor geografando estrelas na Eternidade e que O Senhor do Tempo, do Amor, da Bondade, do Sem-fim -, o acolha em Seus braços sacrossantos!
Fotos: Maria & Leu
Já negaram tudo que bem pouco resta
ResponderExcluirnova teoria já dizem que tem
Tentam iludir os que tudo fazem pra que se
acomodem e parem também.
Qualquer discurso já é uma ameaça
e se for na praça correndo já vem
Não andamos muito mas sabemos agora
Já disse o poeta “quem sabe faz a hora”
e não se espera por quem já não vem.
Já disse o homem que depois
morreu e ficou na memória.
Que existe uma coisa na roda da história
que uma camada pra trás quer rodar.
Mas estes não servem
pra pôr suas mãos nesta manivela
ficarão à margem olhando da janela
a luta do povo esta roda girar.
O que os outros fizeram já não vale nada.
Já não sabem mais o que mesmo dizer.
Querem construir a nova sociedade
buscando no voto o sonhado poder
A luta de classes já não existe
Mas quem faz resiste e procura vencer.
Por mais que se queira transformar em nada,
saibam que a história é como a madrugada,
quem acorda cedo faz o amanhecer.
Ademar Bogo.
caro Ademário, com esta música nos despedimos ontem, no final da tarde, do nosso grande camarada. Era a primeira do seu repertório.
Eh, Leu, querida camarada
Excluir- Intonce vamu prosseguir
a qualquer hora do dia,
e nas adversidades ou madrugada
e das amarras escapulir
na construção da nossa utopia!
Beijos!!!