quinta-feira, 22 de abril de 2010
Fronteira da Teatralidade - A Bomba na Rede da Teia
Apresentação (release)
A Bomba na Rede da Teia(Espetáculo para todas as idades).
Do PROJETO PESCANDO da ARUANÃ – Associação para Recursos Ambientais e Artísticos e FUNDAÇÃO CRÊ, que possui um leque de ações e campanhas para a retirada de “pesqueiros” e sensibilização das comunidades em geral, nasceu o Curso de Teatro e Educação Ambiental e desse, como resultado prático, o espetáculo A Bomba Na Rede Da Teia. A 1a fase (a Teia), iniciada em setembro de 2001, contava com trinta jovens, na maioria, moradores de Mapele, Santa Luzia e Cotegipe (entorno da Baía de Aratu, um dos 35 pontos da Pesca com Bomba). Nessa fase trabalhamos a integração, relações interpessoais, conhecimentos sobre Educação Ambiental, etc., como tentativa de construir/constituir (a Rede) com essas crianças, jovens e suas comunidades, Promotoria de Meio Ambiente do Ministério Público, a fim de darmos um BASTA a essa prática com explosivos, entre outras, predatórias e darmos lugar a uma Sociedade e Desenvolvimento Sustentáveis, em particular, ao Homem e ao Mar e Manguezais da nossa Baía de Aratu!
Na 2ª fase, costuramos tudo isso com o teatro, - veículo educativo e transformador e produzimos essa montagem com os causos das Rodas dos Pescadores com os fios das cantigas de roda, brincadeiras à beira do mar, poesia, denúncia, apelo dramático pela vida do Homem e do Mar e seus Manguezais!
ELENCO:
Demerson Rodrigues
Graciela Cavalcante
Joilson de Jesus da Silva
Marcelo Barros
Marênia Vafel
Milana Oliveira
Miguel Filho
Valmir Santana
FICHA TÉCNICA:
Rino Carvalho - Figurino
Walden Rodrigues - Cenário, Adereços e Fantasias
Angélica Paixão – Costureira
Natalina Bomfim Ribeiro – Contextualização Pedagógica
Fábio Prado - Arranjos & Direção Musical
Ademario Ribeiro - Elaboração do Projeto, Professor de Teatro, Educador Ambiental, Relações Interpessoais, Texto Dramático, Concepção Musical, Direção de Produção & Direção Geral
Prefeitura de Simões Filho (Secretaria de Educação e Cultura) - Apoio
ARUANÃ & Fundação Crê - Execução do Projeto & Produção.
Agenda & Roteiro:
A BOMBA NA REDE DA TEIA
Agenda & Roteiro: A BOMBA NA REDE DA TEIA foi apresentada em mais de duas dezenas de escolas do município de Simões Filho e participou de alguns festivais e fóruns com temática socioambiental.
Contato: 8733 1148 - Ademario Ribeiro
Apoio: Ministério Público - Promotoria de Meio Ambiente de Simões Filho - Prefeitura de Simões Filho - Secretaria de Educação e Cultura - Assessoria de Imprensa
Produção e Execução: ARUANÃ & Fundação Crê
ROTEIRO DO TRANSPORTE:
Saída às 13:00 horas da sede da ARUANÃ (Prédio do Ministério Público, antigo SENAI), passando pela Praça Principal de Cotegipe, rumo à Mapele nos seguintes pontos: Fim de Linha, Alto da Torre e em seguida para a Escola programada para o dia. Retorno às 16:30 horas, seguindo este itinerário: Mapele+Cotegipe+ARUANÃ (Ministério Público).
Matéria do Correio da Bahia, 28/08/2002*
Meio Ambiente / Proteção aos cardumes
Peça teatral alerta comunidades litorâneas do estado para os males causados pela pesca com bomba
Por Daniel Freitas
Baleias, botos e caranguejos contracenam com pescadores, marisqueiras e repórteres. Assim é a peça A bomba na rede da teia. Nela, esses personagens expõem as conseqüências da pesca com materiais explosivos, prática predatória que causa mortandade de peixes e distúrbios neurológicos em pescadores.
A peça enfoca a área da Baía de Aratu, um dos 35 pontos do litoral baiano afetados pela pesca com bombas. O texto relata os estragos da prática para a comunidade, como o rachamento das paredes das casas e dos tubos das mais de 15 empresas que atuam na área - como a Petrobras, Luminar, Usiba, estaleiro, Belov, Dow Química entre outras - e o extermínio de espécies marinhas, comprometendo a economia local.
Os nove atores do espetáculo são ex-integrantes do Curso de Teatro e Educação Ambiental promovido desde setembro do ano passado pela organização não-governamental Associação para Recursos Ambientais e Artísticos (Aruanã). Com sede em Simões Filho, a ONG resolveu utilizar os recursos teatrais para divulgar a cidadania ambiental entre os jovens. Desde agosto, A bomba na rede da teia está sendo vista em dezenas de colégios municipais da região, com o objetivo de conscientizar os estudantes de que meio ambiente é coisa séria e, como tal, deve ser preservado.
"No ano passado, seis mil toneladas de peixes foram mortos por aqui em virtude da pesca com materiais explosivos", revela Ademário Ribeiro, presidente da Aruanã, autor do texto e diretor da peça. O roteiro inclui histórias de pessoas que morreram ou perderam os braços ou as pernas, ficaram surdas ou enlouqueceram por conta das bombas. Os atores também citam espécies de peixes em vias de extinção, como mero, olho-de-boi e cabeçudo, vítimas do efeito violento dos explosivos.
A pesca predatória por bombas é praticada em todo o mundo desde a Segunda Guerra Mundial em razão dos experimentos militares com materiais explosivos. Até hoje, a prática traz riscos para a ecologia. Ademário Ribeiro conta que a peça gera uma considerável repercussão entre os alunos das escolas, que ouvem enternecidos os relatos de filhos de pescadores que viram a vida mudar com os estragos provocados pelas explosões.
Os estudantes que assistem à peça transmitem o recado para os jovens carentes de comunidades ribeirinhas da Baía de Aratu, formando uma verdadeira rede de cidadania ambiental. Por enquanto, o espetáculo está indo apenas para as escolas municipais, mas a Aruanã estuda ampliar a iniciativa para as escolas estaduais e particulares.
A bomba na rede da teia é fruto de uma parceria entre a Aruanã, a Fundação Crê e a Promotoria de Justiça de Simões Filho. Há 16 anos, a ONG desenvolve projetos socioeducativos por lá, sempre ligados à ótica ambiental, como a transformação de material reciclado do lixo em objetos artísticos.
A escolha do nome da entidade e seu engajamento com a causa ecológica não são obras do acaso. Para quem não sabe, Aruanã é nome de um peixe (Osteoglossum bicirrhosum) do Rio Araguaia, em Tocantins, conhecido pelos índios como peixe-macaco e peixe-mola pelas suas acrobacias e saltos. Aruanã também é nome de uma tartaruga (Chelonia mydas) encontrada no litoral brasileiro, conhecida por "Verde" em razão de seu casco castanho esverdeado e, às vezes, acizentado. Em tempo de desova, elas são vistas com freqüência nas ilhas oceânicas do Arquipélago de Fernando de Noronha (Pernambuco), no Atol das Rocas (Rio Grande do Norte) e em Trindade (Espírito Santo).
JORNAL A TARDE - MUNICÍPIOS
27/09/2002
Cultura & Lazer
Curso de teatro debate questões ambientais
Simões Filho – Do Projeto Pescando, da ARUANÃ (Associação para Recursos Ambientais e Artísticos e Fundação Crê), que possui um leque de ações e campanhas para a retirada de “pesqueiros” e sensibilização das comunidades em geral, nasceu o Curso de Teatro e Educação Ambiental e desse, como resultado prático, o espetáculo A Bomba na Rede da Teia, iniciada em setembro de 2001, e contava com 30 jovens, na maioria moradores de Mapele, Santa Luzia e Cotegipe (entorno da Baía de Aratu, um dos 35 pontos da Pesca com Bomba). No elenco estão Demerson Rodrigues, Graciela Cavalcante, Joilson de Jesus da Silva, Luciana Simões, Marcelo Barros, Marênia Vafel, Milana Oliveira, Miguel Filho, e Valmir Santana. A direção geral é de Ademário Ribeiro.
Nessa fase, se trabalhou a integração, relações interpessoais, conhecimentos sobre Educação Ambiental etc., como tentativa de construir uma rede de sensibilização e conscientização com essas crianças, jovens, suas comunidades e a promotoria de meio ambiente, a fim de dar um basta a essa prática com explosivos, dentre outras predatórias, dando lugar a uma Sociedade e Desenvolvimento Sustentável, em particular, ao homem e ao mar e manguezais da Baía de Aratu. Na segunda fase, costurou-se tudo isso com o teatro, - veículo educativo e transformador e se produziu essa montagem com os causos das rodas dos pescadores com os fios das cantigas de roda.
Apresentação
O espetáculo A Bomba Na Rede Da Teia foi o resultado prático do Curso de Teatro e Educação Ambiental através do Projeto Pescando da ARUANÃ – Associação para Recursos Ambientais e Artísticos em parceria com a FUNDAÇÃO CRÊ.
Na 1a fase iniciou-se (A Teia), em setembro de 2001, contando com trinta jovens, na maioria, moradores de Mapele, Santa Luzia e Cotegipe.
Objetivo: sensibilizar/intercambiar (a Rede) de crianças, jovens e suas comunidades, promotoria de meio ambiente e outros parceiros contra a Pesca Predatória e outras formas de poluição (A Bomba) que ameaçam o Homem e o Mar, particularmente a nossa Baía de Aratu.
Socializamos: conhecimentos sobre Educação Ambiental, cultura, história e ação local, solidariedade, formas de resolver conflitos em equipe, auto-estima, reflexão, mudança de atitudes e costurando tudo isso com o teatro como veículo educativo e transformador.
A 2ª fase, (foi produzir a montagem do espetáculo como resultado prático do curso), costurando Rede e Teia nos fios das cantigas de roda, brincadeiras à beira do mar, poesia, denúncia, apelo dramático pela vida do Homem e do Mar. Agora é sua vez de lançar sua Rede: venha para a Roda destes Pescadores!
Lançando a rede da história...
A vida se originou no mar. Mares e oceanos, deles nos alimentamos e exploramos gás natural, petróleo, etc. Eles ocupam a maior parte da Terra. Estes ecossistemas vêm sofrendo toda uma onda predatória: experiências atômicas, pesca com bomba, com malha fina, efluentes líquidos das indústrias, aterro de manguezais, etc.
Historicamente, sabemos que a Pesca Predatória por bomba, veio a ser conhecida e utilizada pelos ribeirinhos por volta da Segunda Guerra Mundial, em razão dos experimentos dos militares com materiais explosivos. Este mecanismo foi incorporado à prática de alguns pescadores...
Nas Rodas de Pescadores, contam-se casos e causos: de pessoas que morreram ou perderam os braços, as pernas, ficaram surdas, enlouqueceram, tiveram casas rachadas, peixes em vias de extinção ou que nesta ou naquela região já não mais existem ou estão comprometidas.
Ademario Ribeiro
Convite
Ciclo fez parte deste espetáculo de minha autoria, direção e produção. Talvez tenhamos cantado numa transição entre canção praieira e concluindo como uma samba de palma da mão/uma chula:
Vamos procurar o camin
O camin d’aldeia, camará
Maré baixa, maré alta
Vida, movimento sem fim,
Mutirão p’ra conscientizar
Que bomba é desamor camará – BIS
A volta que a rede deu
É a teia quem sustenta, camará
P’ra ter trabáio p’ra Yoyô
P’ra ter peixe p’ra Yayá
P’ra ter verde e mais amor
P’ro mundo inteiro, camará...
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Prezado Ademário
ResponderExcluirÉ com grande satisfação que circulo por estas fronteiras, quando percebemos esta palavra fronteira, dois sentimentos nos acometem, um deles é o de ficar onde está - hesitar, acomodar e pronto, o outro sentimento é o de seguir em frente - seja com passe-livre e carimbos, ou mesmo pulando, rastejando por um túnel ou furando barricadas.
Sem rasgação de seda, vejo você seguindo em frente, transpondo fronteiras na marra com o objetivo de obter um passe-livre. Agindo como ovelha líder, que após abrir um caminho, ninguém segura o rebanho, por mais travada que seja a caatinga.
Diante disso tudo, percebo que faço muito pouco, então fico de cá tentando aprender com a sua liderança.
Grande Abraço
Altair
PS. No pé em que vejo este teu blog, muito em breve precisarás de um portal com domínio próprio. Oxála.
Ah!Ah!Ah! (rasgado riso). Meu mano, que bom é ter amigos que nos levantam do fundo das invisibilidades e inviabilidades. DEUS com certeza deu esta missão aos amigos! Acolher o outro e estimulá-lo a enfrentar as fronteiras... Reconheço nas tuas palavras um verdadeiro amigo!
ResponderExcluirEstou me esforçando com a ajuda de vocês todos. Vocês estão me ofertando presentes que não se comprar com dinheiro!
Como nos abençoa a amiga e doutora Graça Graúna filha dos Potiguara:Ñanderu Eté (Pai Verdadeiro) te guarde das sendas invejosas, caro Almirante Águia!
Eita, Ademario meusiirmão...rs.... e num é que o nosso querido Comandante é mesmo um águia; voa alto e vê longe. Ele parece um xamã, igual a tu; pois sabe das coisas que os outros ainda vão saber. Gostei mesmo da pensamentação dele acerca de fronteiras. E vamos que vamos, pegando o bixo pelo chifre e furando barricadas. Eita! Que Ñanderu nos acolha. Bjos. Graão.
ResponderExcluirValeu, Ademario!
ResponderExcluirAssunção
Parabéns pela iniciativa e por este espaço de partilha e colaboração!!
ResponderExcluirVamos que vamos!!
Grande abraço
Tá valendo, querido Guto!
ResponderExcluirAdemário.
ResponderExcluirNão é atoa que em seu nome tem tr\\~es palavras que diz quem é vc.
A primeira é MAR que é tão profundo quanto o seu modo de pensar e amar as coisas.
A segunda é AR tudo que vc. respira é sabedoria .
A terceira é rio que no final tudo liga a mãe natureza.
Que dela vc. é um filho especial.
Protegido por Oxum,Iemanjá,e Nanã.
E eu sou feliz por te tido o prazer de te chamar amigo ar,irmã mar.
Te amo muito amigo.
Siga em frente com essa luta.
Milza, querida amiga, quanto tempo!!! Vejo tuas mensagens e agora, te vejo inteira como teu nome diz na primeira sílaba: Mil. Vc é "mil". E depois, na terceira: Za. Quero dizer, vc pega a letra que inicia o alfabeto e põe atrás do Z. Vc se refaz, transforma e transmuta o que está em vc e na sua volta.
ResponderExcluirBeijoooooosssss!