(16 DE AGOSTO A 19 DE NOVEMBRO DE 2010)
REALIZAR este Projeto de Intervenção "História e Cultura Indígena: Passado e Presente pra Valer", é contribuir com os Povos Indígenas no Brasil e oferecer à Educação essa proposição a fim de a Lei 11.645/08 não fique apenas no papel. Por isso, o propomos à coordenação pedagógica do CESA, para que, numa abordagem transversal, fosse desenvolvido nas turmas do 1º ao 5º ano, no transcurso de 2010, articulando temas/conteúdos de História, Ciências/Meio Ambiente, Língua Tupi, Música, Arte, Literatura e Teatro.
Dos conteúdos em sala de aula foram tomando corpo numa dimensão e abordagem transdiciplinar, diversas oficinas: tupi – português para o ensino-aprendizagem para a dramatização e elaboração do glossário, peteca, teatro, cerâmica, preparação de instrumentos musicais, figurinos e pinturas corporais indígenas a partir da cultura do povo Ikpeng, etc.
Gostaríamos de melhor sistematizar fotos (muito a agradecer à Profª Ezi), temas e textos aqui socializados nos nosso Projeto de Intervenção, apresentado à disciplina Estágio Supervisionado III, como exigência parcial para conclusão desta etapa do curso de graduação em Pedagogia da Universidade Federal de Ouro Preto – Centro de Educação Aberta e a Distância, que, após a primeira etapa que constou de coleta de dados, depois, na segunda etapa a partir do dia 22 de março de 2010, entre as turmas do 1ª A e B, quando observei e participei do fenômeno em sala de aula, e, em terceiro momento, na 3ª série (4º ano), ora a realização do Projeto de Intervenção.
Fiquem à vontade para comentar! Será um prazer manter intercâmbio. Ensinar será circunstancial, mas, aprender sempre!
AGRADECIMENTOS
Alberto Severiano Ribeiro, In memoriam, meu pai.
Amélia Souza Ribeiro, minha mãe.
Aos meus Ancestrais Indígenas e atuais parentes.
Profª Drª Sandra Augusta de Melo – UFOP, professora da Disciplina de Estágio;
Profª Drª Graça Graúna - UPE, tessituras ameríndias;
Profª Natalina Bomfim Ribeiro – UFOP, tutora e companheira de todas as horas;
Prof. Julival Ferreira - UFOP, tutor e amigo notável;
À Equipe pedagógica do CESA, minha paixão sociopedagógica:
Profª Solange de Couto Santana, educadora atenta e parceira;
Profª Ana Boaventura, muito me estimulou com a sua turma;
Profª Carol, com sua turma, acolheu-me com sensibilidade;
Prof. Didi Dias, trouxe seu gesto musical;
Prof. Luis Amado, nos fez rememorar o valor da argila;
Profª Márcia Barros e Pedro Augusto Mascarenhas, pelos registros audiovisuais.
Ao meu filho Yã Bomfim Ribeiro, por nossos intensos bate-papos sobre Desafios a vencer, Educação, Povos Indígenas, Cultura, Recursos Naturais, Sustentabilidade e Responsabilidade social...
Menção Especial à Profª Ezi Costa e aos seus (meus!) alunos do 4º ano, com os quais compartilhei momentos de ensinar-aprender-aprender-ensinar, de desafios e alegrias constantes, no período de 16 de agosto à 19 de novembro de 2010, quando do encerramento deste Projeto de Intervenção.
À tod@s, minha Gratidão!
AR
CONTEÚDOS
1. Levantamento e acolhimento dos conhecimentos prévios dos alunos;
2. Formação do povo brasileiro;
3. Hipóteses da chegada dos indígenas à América;
4. Povos indígenas – quem são e sua diversidade;
5. Os tempos das histórias/divisão do tempo;
6. 19 de abril, Dia do Índio e 9 de agosto, Dia Internacional dos Povos Indígenas.
7. A história que é feita de mitos (Guaraná, mandioca, origem de cada povo, etc.);
8. A história que é feita de acontecimento de cada nação;
9. A Geografia e as práticas com a terra: localização dos povos, os lugares da aldeia, a oca, a ocara, as roças, as matas, os rios;
10. As tribos indígenas na Bahia – passado e presente;
11. As leis: Constituição, o Estatuto do Índio, a Lei 11.645/08.
1. Levantamento e acolhimento dos conhecimentos prévios dos alunos;
2. Línguas indígenas – diversidade;
3. Língua Tupi – aquela a ser estudada;
4. Toponímia;
5. Construção de glossário ilustrado;
6. Um canto na língua Tupi – um dos componentes como resultado prático do Projeto.
1. Levantamento e acolhimento dos conhecimentos prévios dos alunos;
2. A ludicidade, jogos e brinquedos dos povos indígenas;
3. A música indígena dos povos indígena;
4. As danças indígenas dos povos;
5. As plumárias dos vários povos indígenas;
6. Artesanato e pinturas: cerâmica, cestaria, arcos, flechas, braceletes, sítios de representação rupestre, etc.
PROGRAMAÇÃO (Encerramento do Projeto de Intervenção)Dia 19/11 – Das 14 Às 16 horas
Local: Acordatório - Espaço das Oficinas Lúdicas - CESA;
1. – Abertura com musica indígena de vários povos;
2. – Exposição da Arte Cerâmica feita pelos alunos do 3ª B, da Profª Ezi Costa;
3. – Celebração – Sinergia das 1ª A e B e 3ª B;
4. – Dramatização e Canto bilingue Tupi - Português;
5. – Avaliação com todos os presentes;
6. – Encerramento: Degustação de pipoca (uma palavra e um alimento indígena).
AS FOTOS ABAIXO SÃO DA TERCEIRA E SEGUNDA ETAPAS. PARA SE ENTENDER: A PRIMEIRA ETAPA CONSISTIU NA COLETA DE DADOS DA INSTITUIÇÃO EDUCAIONAL. A SEGUNDA CONSISTIU EM MINHA OBSERVAÇÃO E PARTICIPAÇÃO DO FENÔMENO EDUCATIVO EM SALA DE AULA QIANDO CONTRIBUI PELA DEFLAGRAÇÃO DO ENSINO DE CIÊNCIAS NATURAIS COM A POESIA "CELEBRAÇÃO" QUE TORNOU-SE EMBLEMÁTICA PARA OS ALUNOS DAS 1ª SÉRIE A E B. ENFIM, A TERCEIRA ETAPA COM O PROJETO DE INTRERVENÇÃO COM O ENFOUQE DA LEI 11.645/08 NO QUE DIZ RESPEITO À "HISTÓRIA E CULTURA DOS POVOS INDÍGENAS".
INTERAÇÃO DOS GRUPOS: 1ª A E B E 3ª B, SEUS PROFESSORES E DEMAIS ENVOLVIDOS DURANTE O PROCESSO DE CONSTRUÇÃO DA INTERVENÇÃO, TAIS COMO, O MÚSICO EDILTON (DIDI) DIAS, LUIS AMADO -, SOB A MINHA COORDENAÇÃO. TODAS AS PEÇAS E AS ASPECTOS SÃO COMPONENETS DESTE PROJETO.
ATIVIDADES DO ESTÁGIO II - OBSERVAÇÃO E PARTICIPAÇÃO EM SALA DE AULA
Estas poucas fotos apresentam uma prática de arte educação, acontecida na Turma do 1º Ano B da professora Ana Boaventura, no Centro Educacional Santo Antônio – CESA, das Obras Sociais Irmã Dulce no município de Simões Filho – BA. É componente do meu Estágio Supervisionado no âmbito do Curso de Licenciatura em Pedagogia e disciplina ministrada pelos professores Sandra Augusta e Felipe André da Universidade Federal de Ouro Preto – UFOP – Centro de Educação a Distância – CEAD.
Esta oficina deflagrou o Ensino de Ciências Naturais na semana de 12 a 16 de abril e agora, numa abordagem interdisciplinar a partir de uma seqüência didática que se iniciou no dia 19 e culminará no dia 23 de abril com a programação que se verá abaixo.
O 1º Ano B da Ana Boaventura no primeiro momento foi quem ensaiou pela primeira vez a poesia e música Celebração e realizou o 1º momento da Oficina que foi o de Desenhos (veja as fotos). As turmas do 1º Ano A e 2º A das Professoras Carolina (Carol) e Meiriele, respectivamente, em conjunto com o 1º Ano B realizaram o 2º momento na Oficina de Cerâmica do professor Luis Amado, quando numa interação das três turmas e dos seus professores e do Oficineiro Ademario Ribeiro e autor de Celebração, fabricaram uma série de objetos e figuras a partir da argila (elemento Terra) numa interdependência com os demais elementos fundamentais a esta produção e à vida como um todo: Água, Fogo e Ar.
Obs.: Após a culminância no dia 23 de abril postaremos as fotos com as exposições da “Arte Indígena”, pinturas corporais, apresentações.
Enfim, a programação e a seqüência didática.
ABRIL INDÍGENA NO CESA
SEMANA DOS POVOS INDÍGENAS – O QUE SEI E O QUE PRECISO SABER
Período: 19 a 23/04/10
Tema: Povos Indígenas, passado e presente
Justificativa
Independente da data comemorativa de 19 de abril, Dia do Índio necessário se faz, processualmente se apresentar, discutir e valorizar as raízes indígenas não apenas enquanto tradições, cultura e folclore – mas, enfaticamente trazer à sociedade, ainda mais nas comunidades escolares - a nossa herança indígena, suas contribuições à formação do povo brasileiro, seus formatos e traçados socioculturais a fim de sabermos respeitar, valorizar e garantir sua preservação e garantir seus direitos humanos e de serem quem são e o que querem ser em suas sociedades e na sociedade dos não índios.
Sobretudo, no Dia do Índio, havemos de não só comemorar, mas lançar novos olhares sobre estas etnias no sentido de diminuir os preconceitos, invisibilidades, o generalismo e compreendermos a pluralidade destas etnias e a diversidade cultural que se estabeleceu durante séculos e que agora não podemos desconhecer e sim, percebê-las, distingui-las e preservá-las.
Dia 19 – Das 09 Às 10 horas
Local: Espaço lúdico
1.0 – Abertura musical – Brincar de índio
1.1 – Levantamento dos conhecimentos prévios: O QUE É ÍNDIO
1.2 –Apresentação do tema pelas professoras Ana Boaventura, Carolina (Carol) e Meiriele.e por Ademario Ribeiro
Dia 20 – Das 09 às 11h30
Local: Cinemateca
2.0. Slides – Mostra da Arte Indígena;
2.1. Apresentação de vídeos com a temática indígena;
2.2. Arte Cerâmica feita pelos alunos do 1º Ano A e B e 2º Ano A;
Local: Oficina de Cerâmica
Dia 22 – Das 09 às 10 horas
Local: Espaço lúdico
3.0. Palestra com álbum seriado: Índios ontem e hoje com Ademario Ribeiro
3.1. Perguntas e Debate
Dia 23 – Das 09 às 12 horas
Local: Quadra coberta
4.0. Abertura da exposição da Arte Indígena (cerâmica), artesanato indígena, cartazes e textos sobre a temática.
4.1. Pintura corporal;
4.2. Apresentação musical
a) Koyra (Tempo de agora);
b) Quando o índio bate o tambor;
c) Brincar de índio;
d) Celebração.
4.5. Encerramento: Degustação de pipoca (uma palavra e um alimento indígena).
Celebração - Oficina para crianças do 1º ao 5º ano do Ensino Fundamental I
Seqüência Didática
Objetivo geral
- Desenvolver na criança a percepção sistêmica que facilite a compreensão da interdependência entre os elementos humanos e naturais, renováveis e não renováveis, e de que a natureza é um todo dinâmico e o ser humano é seu principal agente de transformação capaz de melhorar suas ações pela preservação do planeta terra e da qualidade de vida.
Objetivos específicos-
Incentivar o entendimento e construção de conceitos científicos básicos, associando-os a compreender que os elementos: terra, água, fogo e ar fundamentam a vida no planeta terra;
- Estimular a criança a compreender a importância do trabalho em grupo, a ser colaborativo e crítico na busca individual e coletiva do conhecimento;
- Incrementar na criança o gosto pelas artes como veículo de transformação com as quais poderá responder criativamente às crises, produzindo intervenções com sentimento de co-pertencimento planetário.
Competências e habilidades
- Utilizar instrumentos de medição e de cálculo a fim de compreender e propor situação-problema e formular hipóteses e prever resultados;
- Incentivar sua participação em prol de ações solidárias;
- Relacionar saúde com hábitos alimentares, atividade física e uso de medicamentos e outras drogas, considerando diferentes momentos do ciclo de vida humano.
- Diagnosticar situações do cotidiano em que ocorrem desperdícios de energia ou matéria, e propor formas de minimizá-las.
- Investigar o significado e a importância da água e de seu ciclo em relação a condições sócio-ambientais.
- O desenvolvimento da capacidade de aprender, tendo como meios básicos o pleno domínio da leitura, da escrita e do cálculo.
1º MOMENTO:
Distribuir o texto base do poema Celebração. O Facilitador sugerirá que cada um faça uma leitura silenciosa da poesia, no caso se já souberem ler, senão isto deverá ser feito pelo facilitador ou professor.
Tempo para a leitura.
2º MOMENTO:
Após a leitura o Facilitador/Professor, este solicitará que cada um fale/expresse seus conhecimentos prévios e sentimentos sobre o que lhes remeteu a poesia. Afinal, estes quatro elementos são muito presentes na infância de cada pessoa, de uma forma ou de outra, embora um ou outro elemento possa ser o mais perceptível, mais significativo e ou de predileção. Instigar que haja relato para todos os elementos, assim como que todos apresentem seus conhecimentos prévios e sentimentos.
Tempo de fala de cada componente. (ver a quantidade de participantes e o tempo total que se pode utilizar para esta oficina).
3º MOMENTO:
Trabalhar com argila (um objeto que retrate ou que tenha uma relação com a sua infância, com seu momento atual ou de sua predileção). A argila é elemento terra e com o contato com os elementos água, fogo (energia solar, por exemplo) e o ar (vento), - irá se modelando e se transformando.
Tempo.
4º MOMENTO:
Desenhar como deveria estar o seu local ou o global (planeta terra) ou ao que remete os 4 elementos. Lembrar que ao final haverá uma galeria para expor todas produções.
Tempo.
5º MOMENTO:
Se o grupo for numeroso, formar sub-grupos. Cada um componente, pode socializar uma história verídica, na qual entre um ou mais elementos contido(s) em Celebração, esteja(m) presente(s). O grupo e ou sub-grupos, deverá (ão) eleger uma das histórias verídicas para ser Dramatizada ao final da oficina em conjunto com a exposição dos desenhos e dos os artefatos/artesanato construídos com a argila no 3º Momento .
Tempo para a socialização.
Tempo para a apresentação.
6º MOMENTO:
Dançar (expressão corporal e ou “dança sagrada” - tribal/circular).
Tempo para conceber/ensaiar/ a coreografia. Pode-se conceber de como os índios no Brasil dançam os seus torés, seus kuarups. A letra já dá uma idéia de como pode cantada a partir do ritmo indígena utilizando-se do seu maracá e outros instrumentos musicais que for condizente usar.
Outras orientações/possibilidades
7º MOMENTO:
Trabalhar a partir da informação do Facilitador de como é o ritmo de Celebração.
Tempo para ensaiar/conceber da Música.
8º MOMENTO:
Produzir instrumentos musicais para auxiliar o Canto e Dança de Celebração, partir dos 3 R’s (Redução, Reaproveitamento e Reciclagem)...
Tempo para a Oficina dos 3 R’s.
9º MOMENTO:
Estabelecer uma abordagem sistêmica verificando alguns nexos com as várias disciplinas, conferindo a oficina a abordagem da interdisciplinaridade. Temos aqui muitos disparadores de matemática e geometria, de geografia e geologia, de língua portuguesa e artes, de biologia e ciências naturais, consumo e pluralidade cultural, etc. Podendo se trabalhar conteúdos de grandezas, quantidades, medidas e formas; localizações e distâncias, ambiente preservado e degradado, a saúde das pessoas, de animais e ambientais em geral, quanto aos elementos disponíveis na natureza, artefatos e artesanato presentes e valorizados nas culturas populares, etc.
O que mais podemos nos permitir esta intervenção.
Ao que nos remeter/se inspirar
Elemento TERRA – (argila/barro) - imagem/sentimento da infância – Artesanal (uso das mãos);
Elemento ÁGUA (uma história) – oralidade (o som da voz humana, a escuta ao outro);
Elemento FOGO (imaginar um encontro numa fogueira, a descoberta do fogo) – Dramatização;
Elemento AR (brincar com rodopios, ziguezaguear o “ar”) – Dança/Expressão corporal.
Juntar todas as partes construídas nos MOMENTOS acima e fazer uma apresentação conjunta de Celebração.
Observações finais;
Quanto ao tempo/período. Há uma seqüência muito ampla de intervenções. Cada professor e ou facilitador deverá estabelecer o que prioriza – podendo enxugá-las em virtude do tempo que dispõe. Ainda, pode-se utilizar esta oficina em vários ocasiões: Dia Mundial da Água, Dia do Índio, Dia da Terra, Dia Mundial do Meio Ambiente, como atividades de Educação Ambiental, Ensino de Ciências Naturais, atividades em empresas, seminários, etc.
Criatividade, imaginação e sensibilidade às soltas!
Ademario Ribeiro
ENFIM, A CONCLUSÃO DA SEQUÊNCIA DIDÁTICA QUE DISPAROU O INÍCIO DO ENSINO DE CIÊNCIAS, DA SEMANA DOS POVOS INDÍGENAS, DO DIA MUNDIAL DA TERRA E DA REFLEXÃO SOBRE A "DESCOBERTA DO BRASIL".
As fotos embora não estejam na sequência cronológica apresentam alguns aspectos das etapas. Tudo isto só foi possível pelo empenho dos envolvidos (professores e alunos) numa oportunidade de ensino-aprendizagem criativo e numa abordagem colaborativa e interdisciplinar,utilizando materiais, espaços e tempos diferenciados! Veja o que nos motivou:
Deflagrar o início do Ensino de Ciências Naturais no 1º Ano A e B do Ensino Fundamental do CESA – Centro Educacional Santo Antônio com a poesia e música Celebração, quando trabalhamos os quatro elementos;
Estimular ludicamente a compreensão dos quatro elementos: Terra, Água, Fogo e Ar e suas inter-relações para gerarem a Teia da Vida;
Organizar e construir conhecimentos e conceitos sobre os Povos Indígenas de forma crítica e atual ressignificando aquela idéia de índio focada no século XVI;
Interagir as turmas dos 2º ao 5º na realização dos cantos, danças e participação e na exposição dos artefatos de cerâmica;
Relacionar conhecimentos e conceitos da história “oficial” apontando para uma reescrita dos povos indígenas numa perspectiva crítica sobre a “descoberta” e sobre a conquista das etnias ameríndias;
Identificar e valorizar aspectos das culturas ameríndias e de como se dá a manutenção dos elementos do seu cotidiano com o sagrado, com os fenômenos e a biodiversidade envolvente.
Concluindo, gostaria de agradecer à diretora desta Unidade Escolar, Profª Solange de Couto Santana, às professoras do 1º Ano A e B e do 2º Ano A, do CESA, respectivamente, professora Caroline (Carol), Ana Boaventura e Meiriele pela acolhida e esforços para esta realização e, desejo também, carinhosamente, dedicar este trabalho aos professores Elisabeth Antonini (Ciências do Ambiente I e II), Sandra Augusta e Felipe André (Estágio Supervisionado I e II) e Natalina Bomfim e Julival Ferreira (Tutoria Presencial) do Curso de Licenciatura em Pedagogia da Universidade Federal de Ouro Preto – UFOP – Centro de Educação a Distância – CEAD, por suas interações heurísticas -, basilares para uma Educação que precisa vir a se circunscrever, afetiva, inclusiva, sistêmica e significativamente.
Agora é com você. Comente. Indique.
Texto original de Celebração. O cartaz desta poesia na postagem anterior, foi elaborado pela Profª Ezi.
* C E L E B R A Ç Ã O
(Ademario Ribeiro)
Oração canto e dança oração
Como viver? Como viver?
Tem que ter Terra
Tem que ter Terra
(... Mata Alimento Caminho Bicho!...)
Oração canto e dança oração
Como viver? Como viver?
Tem que ter Água
Tem que ter Água
(... Peixe Canoa Limpeza Chuva!...)
Oração canto e dança oração
Como viver? Como viver?
Tem que ter Fogo
Tem que ter Fogo
(... Luz Dança Paixão Energia!...)
Oração canto e dança oração
Como viver? Como viver?
Tem que ter Ar
Tem que ter Ar
(... Brisa Vôo Brincança Liberdade!...)
Oração canto e dança oração
Como viver? Como viver?
Tem que ter TERRA
Tem que ter ÁGUA
Tem que ter FOGO
Tem que ter AR
(... P’ra Viver!...)
Referências
Parâmetros Curriculares Nacionais - PCNs: Ciências Naturais/Secretaria de Educação Fundamental. Brasília: MEC / SEF, 1998. 138 p.
RIBEIRO, Ademario. Poética Poranduba, Eco-Étnica. Salvador: Edição do autor, 2001.
1. Levantamento e acolhimento dos conhecimentos prévios dos alunos;
2. Formação do povo brasileiro;
3. Hipóteses da chegada dos indígenas à América;
4. Povos indígenas – quem são e sua diversidade;
5. Os tempos das histórias/divisão do tempo;
6. 19 de abril, Dia do Índio e 9 de agosto, Dia Internacional dos Povos Indígenas.
7. A história que é feita de mitos (Guaraná, mandioca, origem de cada povo, etc.);
8. A história que é feita de acontecimento de cada nação;
9. A Geografia e as práticas com a terra: localização dos povos, os lugares da aldeia, a oca, a ocara, as roças, as matas, os rios;
10. As tribos indígenas na Bahia – passado e presente;
11. As leis: Constituição, o Estatuto do Índio, a Lei 11.645/08.
1. Levantamento e acolhimento dos conhecimentos prévios dos alunos;
2. Línguas indígenas – diversidade;
3. Língua Tupi – aquela a ser estudada;
4. Toponímia;
5. Construção de glossário ilustrado;
6. Um canto na língua Tupi – um dos componentes como resultado prático do Projeto.
1. Levantamento e acolhimento dos conhecimentos prévios dos alunos;
2. A ludicidade, jogos e brinquedos dos povos indígenas;
3. A música indígena dos povos indígena;
4. As danças indígenas dos povos;
5. As plumárias dos vários povos indígenas;
6. Artesanato e pinturas: cerâmica, cestaria, arcos, flechas, braceletes, sítios de representação rupestre, etc.
PROGRAMAÇÃO (Encerramento do Projeto de Intervenção)Dia 19/11 – Das 14 Às 16 horas
Local: Acordatório - Espaço das Oficinas Lúdicas - CESA;
1. – Abertura com musica indígena de vários povos;
2. – Exposição da Arte Cerâmica feita pelos alunos do 3ª B, da Profª Ezi Costa;
3. – Celebração – Sinergia das 1ª A e B e 3ª B;
4. – Dramatização e Canto bilingue Tupi - Português;
5. – Avaliação com todos os presentes;
6. – Encerramento: Degustação de pipoca (uma palavra e um alimento indígena).
AS FOTOS ABAIXO SÃO DA TERCEIRA E SEGUNDA ETAPAS. PARA SE ENTENDER: A PRIMEIRA ETAPA CONSISTIU NA COLETA DE DADOS DA INSTITUIÇÃO EDUCAIONAL. A SEGUNDA CONSISTIU EM MINHA OBSERVAÇÃO E PARTICIPAÇÃO DO FENÔMENO EDUCATIVO EM SALA DE AULA QIANDO CONTRIBUI PELA DEFLAGRAÇÃO DO ENSINO DE CIÊNCIAS NATURAIS COM A POESIA "CELEBRAÇÃO" QUE TORNOU-SE EMBLEMÁTICA PARA OS ALUNOS DAS 1ª SÉRIE A E B. ENFIM, A TERCEIRA ETAPA COM O PROJETO DE INTRERVENÇÃO COM O ENFOUQE DA LEI 11.645/08 NO QUE DIZ RESPEITO À "HISTÓRIA E CULTURA DOS POVOS INDÍGENAS".
INTERAÇÃO DOS GRUPOS: 1ª A E B E 3ª B, SEUS PROFESSORES E DEMAIS ENVOLVIDOS DURANTE O PROCESSO DE CONSTRUÇÃO DA INTERVENÇÃO, TAIS COMO, O MÚSICO EDILTON (DIDI) DIAS, LUIS AMADO -, SOB A MINHA COORDENAÇÃO. TODAS AS PEÇAS E AS ASPECTOS SÃO COMPONENETS DESTE PROJETO.
ATIVIDADES DO ESTÁGIO II - OBSERVAÇÃO E PARTICIPAÇÃO EM SALA DE AULA
Estas poucas fotos apresentam uma prática de arte educação, acontecida na Turma do 1º Ano B da professora Ana Boaventura, no Centro Educacional Santo Antônio – CESA, das Obras Sociais Irmã Dulce no município de Simões Filho – BA. É componente do meu Estágio Supervisionado no âmbito do Curso de Licenciatura em Pedagogia e disciplina ministrada pelos professores Sandra Augusta e Felipe André da Universidade Federal de Ouro Preto – UFOP – Centro de Educação a Distância – CEAD.
Esta oficina deflagrou o Ensino de Ciências Naturais na semana de 12 a 16 de abril e agora, numa abordagem interdisciplinar a partir de uma seqüência didática que se iniciou no dia 19 e culminará no dia 23 de abril com a programação que se verá abaixo.
O 1º Ano B da Ana Boaventura no primeiro momento foi quem ensaiou pela primeira vez a poesia e música Celebração e realizou o 1º momento da Oficina que foi o de Desenhos (veja as fotos). As turmas do 1º Ano A e 2º A das Professoras Carolina (Carol) e Meiriele, respectivamente, em conjunto com o 1º Ano B realizaram o 2º momento na Oficina de Cerâmica do professor Luis Amado, quando numa interação das três turmas e dos seus professores e do Oficineiro Ademario Ribeiro e autor de Celebração, fabricaram uma série de objetos e figuras a partir da argila (elemento Terra) numa interdependência com os demais elementos fundamentais a esta produção e à vida como um todo: Água, Fogo e Ar.
Obs.: Após a culminância no dia 23 de abril postaremos as fotos com as exposições da “Arte Indígena”, pinturas corporais, apresentações.
Enfim, a programação e a seqüência didática.
ABRIL INDÍGENA NO CESA
SEMANA DOS POVOS INDÍGENAS – O QUE SEI E O QUE PRECISO SABER
Período: 19 a 23/04/10
Tema: Povos Indígenas, passado e presente
Justificativa
Independente da data comemorativa de 19 de abril, Dia do Índio necessário se faz, processualmente se apresentar, discutir e valorizar as raízes indígenas não apenas enquanto tradições, cultura e folclore – mas, enfaticamente trazer à sociedade, ainda mais nas comunidades escolares - a nossa herança indígena, suas contribuições à formação do povo brasileiro, seus formatos e traçados socioculturais a fim de sabermos respeitar, valorizar e garantir sua preservação e garantir seus direitos humanos e de serem quem são e o que querem ser em suas sociedades e na sociedade dos não índios.
Sobretudo, no Dia do Índio, havemos de não só comemorar, mas lançar novos olhares sobre estas etnias no sentido de diminuir os preconceitos, invisibilidades, o generalismo e compreendermos a pluralidade destas etnias e a diversidade cultural que se estabeleceu durante séculos e que agora não podemos desconhecer e sim, percebê-las, distingui-las e preservá-las.
Dia 19 – Das 09 Às 10 horas
Local: Espaço lúdico
1.0 – Abertura musical – Brincar de índio
1.1 – Levantamento dos conhecimentos prévios: O QUE É ÍNDIO
1.2 –Apresentação do tema pelas professoras Ana Boaventura, Carolina (Carol) e Meiriele.e por Ademario Ribeiro
Dia 20 – Das 09 às 11h30
Local: Cinemateca
2.0. Slides – Mostra da Arte Indígena;
2.1. Apresentação de vídeos com a temática indígena;
2.2. Arte Cerâmica feita pelos alunos do 1º Ano A e B e 2º Ano A;
Local: Oficina de Cerâmica
Dia 22 – Das 09 às 10 horas
Local: Espaço lúdico
3.0. Palestra com álbum seriado: Índios ontem e hoje com Ademario Ribeiro
3.1. Perguntas e Debate
Dia 23 – Das 09 às 12 horas
Local: Quadra coberta
4.0. Abertura da exposição da Arte Indígena (cerâmica), artesanato indígena, cartazes e textos sobre a temática.
4.1. Pintura corporal;
4.2. Apresentação musical
a) Koyra (Tempo de agora);
b) Quando o índio bate o tambor;
c) Brincar de índio;
d) Celebração.
4.5. Encerramento: Degustação de pipoca (uma palavra e um alimento indígena).
Celebração - Oficina para crianças do 1º ao 5º ano do Ensino Fundamental I
Seqüência Didática
Objetivo geral
- Desenvolver na criança a percepção sistêmica que facilite a compreensão da interdependência entre os elementos humanos e naturais, renováveis e não renováveis, e de que a natureza é um todo dinâmico e o ser humano é seu principal agente de transformação capaz de melhorar suas ações pela preservação do planeta terra e da qualidade de vida.
Objetivos específicos-
Incentivar o entendimento e construção de conceitos científicos básicos, associando-os a compreender que os elementos: terra, água, fogo e ar fundamentam a vida no planeta terra;
- Estimular a criança a compreender a importância do trabalho em grupo, a ser colaborativo e crítico na busca individual e coletiva do conhecimento;
- Incrementar na criança o gosto pelas artes como veículo de transformação com as quais poderá responder criativamente às crises, produzindo intervenções com sentimento de co-pertencimento planetário.
Competências e habilidades
- Utilizar instrumentos de medição e de cálculo a fim de compreender e propor situação-problema e formular hipóteses e prever resultados;
- Incentivar sua participação em prol de ações solidárias;
- Relacionar saúde com hábitos alimentares, atividade física e uso de medicamentos e outras drogas, considerando diferentes momentos do ciclo de vida humano.
- Diagnosticar situações do cotidiano em que ocorrem desperdícios de energia ou matéria, e propor formas de minimizá-las.
- Investigar o significado e a importância da água e de seu ciclo em relação a condições sócio-ambientais.
- O desenvolvimento da capacidade de aprender, tendo como meios básicos o pleno domínio da leitura, da escrita e do cálculo.
1º MOMENTO:
Distribuir o texto base do poema Celebração. O Facilitador sugerirá que cada um faça uma leitura silenciosa da poesia, no caso se já souberem ler, senão isto deverá ser feito pelo facilitador ou professor.
Tempo para a leitura.
2º MOMENTO:
Após a leitura o Facilitador/Professor, este solicitará que cada um fale/expresse seus conhecimentos prévios e sentimentos sobre o que lhes remeteu a poesia. Afinal, estes quatro elementos são muito presentes na infância de cada pessoa, de uma forma ou de outra, embora um ou outro elemento possa ser o mais perceptível, mais significativo e ou de predileção. Instigar que haja relato para todos os elementos, assim como que todos apresentem seus conhecimentos prévios e sentimentos.
Tempo de fala de cada componente. (ver a quantidade de participantes e o tempo total que se pode utilizar para esta oficina).
3º MOMENTO:
Trabalhar com argila (um objeto que retrate ou que tenha uma relação com a sua infância, com seu momento atual ou de sua predileção). A argila é elemento terra e com o contato com os elementos água, fogo (energia solar, por exemplo) e o ar (vento), - irá se modelando e se transformando.
Tempo.
4º MOMENTO:
Desenhar como deveria estar o seu local ou o global (planeta terra) ou ao que remete os 4 elementos. Lembrar que ao final haverá uma galeria para expor todas produções.
Tempo.
5º MOMENTO:
Se o grupo for numeroso, formar sub-grupos. Cada um componente, pode socializar uma história verídica, na qual entre um ou mais elementos contido(s) em Celebração, esteja(m) presente(s). O grupo e ou sub-grupos, deverá (ão) eleger uma das histórias verídicas para ser Dramatizada ao final da oficina em conjunto com a exposição dos desenhos e dos os artefatos/artesanato construídos com a argila no 3º Momento .
Tempo para a socialização.
Tempo para a apresentação.
6º MOMENTO:
Dançar (expressão corporal e ou “dança sagrada” - tribal/circular).
Tempo para conceber/ensaiar/ a coreografia. Pode-se conceber de como os índios no Brasil dançam os seus torés, seus kuarups. A letra já dá uma idéia de como pode cantada a partir do ritmo indígena utilizando-se do seu maracá e outros instrumentos musicais que for condizente usar.
Outras orientações/possibilidades
7º MOMENTO:
Trabalhar a partir da informação do Facilitador de como é o ritmo de Celebração.
Tempo para ensaiar/conceber da Música.
8º MOMENTO:
Produzir instrumentos musicais para auxiliar o Canto e Dança de Celebração, partir dos 3 R’s (Redução, Reaproveitamento e Reciclagem)...
Tempo para a Oficina dos 3 R’s.
9º MOMENTO:
Estabelecer uma abordagem sistêmica verificando alguns nexos com as várias disciplinas, conferindo a oficina a abordagem da interdisciplinaridade. Temos aqui muitos disparadores de matemática e geometria, de geografia e geologia, de língua portuguesa e artes, de biologia e ciências naturais, consumo e pluralidade cultural, etc. Podendo se trabalhar conteúdos de grandezas, quantidades, medidas e formas; localizações e distâncias, ambiente preservado e degradado, a saúde das pessoas, de animais e ambientais em geral, quanto aos elementos disponíveis na natureza, artefatos e artesanato presentes e valorizados nas culturas populares, etc.
O que mais podemos nos permitir esta intervenção.
Ao que nos remeter/se inspirar
Elemento TERRA – (argila/barro) - imagem/sentimento da infância – Artesanal (uso das mãos);
Elemento ÁGUA (uma história) – oralidade (o som da voz humana, a escuta ao outro);
Elemento FOGO (imaginar um encontro numa fogueira, a descoberta do fogo) – Dramatização;
Elemento AR (brincar com rodopios, ziguezaguear o “ar”) – Dança/Expressão corporal.
Juntar todas as partes construídas nos MOMENTOS acima e fazer uma apresentação conjunta de Celebração.
Observações finais;
Quanto ao tempo/período. Há uma seqüência muito ampla de intervenções. Cada professor e ou facilitador deverá estabelecer o que prioriza – podendo enxugá-las em virtude do tempo que dispõe. Ainda, pode-se utilizar esta oficina em vários ocasiões: Dia Mundial da Água, Dia do Índio, Dia da Terra, Dia Mundial do Meio Ambiente, como atividades de Educação Ambiental, Ensino de Ciências Naturais, atividades em empresas, seminários, etc.
Criatividade, imaginação e sensibilidade às soltas!
Ademario Ribeiro
ENFIM, A CONCLUSÃO DA SEQUÊNCIA DIDÁTICA QUE DISPAROU O INÍCIO DO ENSINO DE CIÊNCIAS, DA SEMANA DOS POVOS INDÍGENAS, DO DIA MUNDIAL DA TERRA E DA REFLEXÃO SOBRE A "DESCOBERTA DO BRASIL".
As fotos embora não estejam na sequência cronológica apresentam alguns aspectos das etapas. Tudo isto só foi possível pelo empenho dos envolvidos (professores e alunos) numa oportunidade de ensino-aprendizagem criativo e numa abordagem colaborativa e interdisciplinar,utilizando materiais, espaços e tempos diferenciados! Veja o que nos motivou:
Deflagrar o início do Ensino de Ciências Naturais no 1º Ano A e B do Ensino Fundamental do CESA – Centro Educacional Santo Antônio com a poesia e música Celebração, quando trabalhamos os quatro elementos;
Estimular ludicamente a compreensão dos quatro elementos: Terra, Água, Fogo e Ar e suas inter-relações para gerarem a Teia da Vida;
Organizar e construir conhecimentos e conceitos sobre os Povos Indígenas de forma crítica e atual ressignificando aquela idéia de índio focada no século XVI;
Interagir as turmas dos 2º ao 5º na realização dos cantos, danças e participação e na exposição dos artefatos de cerâmica;
Relacionar conhecimentos e conceitos da história “oficial” apontando para uma reescrita dos povos indígenas numa perspectiva crítica sobre a “descoberta” e sobre a conquista das etnias ameríndias;
Identificar e valorizar aspectos das culturas ameríndias e de como se dá a manutenção dos elementos do seu cotidiano com o sagrado, com os fenômenos e a biodiversidade envolvente.
Concluindo, gostaria de agradecer à diretora desta Unidade Escolar, Profª Solange de Couto Santana, às professoras do 1º Ano A e B e do 2º Ano A, do CESA, respectivamente, professora Caroline (Carol), Ana Boaventura e Meiriele pela acolhida e esforços para esta realização e, desejo também, carinhosamente, dedicar este trabalho aos professores Elisabeth Antonini (Ciências do Ambiente I e II), Sandra Augusta e Felipe André (Estágio Supervisionado I e II) e Natalina Bomfim e Julival Ferreira (Tutoria Presencial) do Curso de Licenciatura em Pedagogia da Universidade Federal de Ouro Preto – UFOP – Centro de Educação a Distância – CEAD, por suas interações heurísticas -, basilares para uma Educação que precisa vir a se circunscrever, afetiva, inclusiva, sistêmica e significativamente.
Agora é com você. Comente. Indique.
Texto original de Celebração. O cartaz desta poesia na postagem anterior, foi elaborado pela Profª Ezi.
* C E L E B R A Ç Ã O
(Ademario Ribeiro)
Oração canto e dança oração
Como viver? Como viver?
Tem que ter Terra
Tem que ter Terra
(... Mata Alimento Caminho Bicho!...)
Oração canto e dança oração
Como viver? Como viver?
Tem que ter Água
Tem que ter Água
(... Peixe Canoa Limpeza Chuva!...)
Oração canto e dança oração
Como viver? Como viver?
Tem que ter Fogo
Tem que ter Fogo
(... Luz Dança Paixão Energia!...)
Oração canto e dança oração
Como viver? Como viver?
Tem que ter Ar
Tem que ter Ar
(... Brisa Vôo Brincança Liberdade!...)
Oração canto e dança oração
Como viver? Como viver?
Tem que ter TERRA
Tem que ter ÁGUA
Tem que ter FOGO
Tem que ter AR
(... P’ra Viver!...)
Referências
Parâmetros Curriculares Nacionais - PCNs: Ciências Naturais/Secretaria de Educação Fundamental. Brasília: MEC / SEF, 1998. 138 p.
RIBEIRO, Ademario. Poética Poranduba, Eco-Étnica. Salvador: Edição do autor, 2001.
Em tempo: gente, é com este construto que vou elaborar meu Trabalho de Conclusão de Curso - TCC! Estou muito feliz por essa conquista. Com tantos caminhei. Com tantos cruzei caminhos. Com quantas encruzilhadas fiquei estatelado em busca de ser um ser cada vez melhor. E guardo de memória e com coração sempre na goela que vocês muito me ensinaram e me estimularam. Vocês estão na minha prática, na minha utopia.
Até já!!!
Parabéns meu Companheiro e Irmão de jornada.
ResponderExcluirFico feliz por nos brindar na prática aquilo que temos estudado de forma teórica na UFOP.
COUTINHO
Pólo Universitário de Mata de São João.
Valeu malungo: é isto msmo teoria e prática. Este é o compasso. Tô com saudades dos bons papos e dos projetos efetivos!Como vão as coisas e entes?
ResponderExcluirAté breve,
AR
Nobre amigo Ademário, parabéns pelo blog, está bem criativo e com conteúdos muito importantes que revelam uma exemplar história de cidadania. Através de uma jornada desse nível, pessoas como voce, conseguem contribuir imensamente para uma mundo melhor perpetuando sua existência como ser humano e daqueles que são cúmplices e atores desta obra, ocupando seu espaço no infinito e misterioso universo, superando os estágios do tempo: passado, presente e futuro. Abraços de corpo e na alma, Gilson Vieira. Saudações Ver de Trem. 10 de maio de 2010.
ResponderExcluirCaríssimo companheiro do VERDETREM!
ResponderExcluir´
Muito grato pela visita honrosa e alegre! É lindo e fortalecedor saber e ver e aconpanhar neste país e neste Estado - pessoas como você. Viva o Movimento Trem de Ferro!
Grande abraço e até breve!
AR
O bom do retorno é o gosto de ter lutado
ResponderExcluirE sentir o prazer de não ser triturado
Pela boca dos milvalentes
Dos algozes inclementes
O bom do retorno é mesmo tendo o corpo alquebrado
Ter guardado não só para si o que ao mundo pertence
É ser como vulcão que no seu oculto vai tecendo
Lépidas variações no forte ritmo do fogo
O bom do retorno é sair do ninguém para mil seres
É ser ressuscitado do que jazia no chão
É ser novo do que nada restava à beira
É ter o novo “BROTO” orvalhado e matutino
Esse é o bom tom do retorno.
Adem.
Meu Deus, que lindo!!!
ResponderExcluirAh, Ñanderu eté, Pai Verdadeiro dos Guarani e dos Povos da Terra Inteira, que poder O Senhor deu às pessoas de serem bons poetas, sensíveis poetas, significativos poestas: seres da grandez e nobreza de sepirito e acolhimento!
Gracias, amigo Adem Drumond!!!!!
Parabéns primo, que belo trabalho!
ResponderExcluirO BROTO é o filho da história que não foi esquecida. O broto está latente em nossa alma, em nossas entranhas. Voce está acordando nessa gente, através da educação a semente da vida. Somos filhos/as dessa terra, dos povos ameríndios. O processo de globalização torna invisivel os povos indigenas, mas nós tornamos visivel através dessa iniciativa.
Um abraço na fé e no axé
Silvana
Encontrei na minha caminhada um pequeno riacho
ResponderExcluirque de tão triste e embaçado as suas águas pareciam chorar,
juntei as suas as minhas lagrimas.
Água que já foi pura,cristalina,
Água que já foi sereno,orvalho e neblina
Agora malcheirosa água uma vidraça empoeirada
O que outrora água impetuosa
Agora seu tempo quase é findo
Um fio de água turva se esvaindo
Exalando seu cheiro asco
Como braços no vento agitado
Mas como explicar aos que não entendem
Que essas águas que se escondem
Nas terras de Irmã Dulce
São o que restaram
Das grandes águas dos mares.
...E assim caminha a humanidade
ResponderExcluira criar desumanidades
com as coisas e entes da natureza.
Muito já não temos mais
Temos muito pouco
e breve, quem sabe, abstraídos
traídos por estes modelos atrozes
não tenhamos mais...
Tietês, Paraguassus, Paraguais,
Joanes, Ipitangas, Capivaras,
Tanques dos Coronéis,
Coroas das Lagos,
Guipes,
Guindas...
"Quando olho para o mar
dentro do mar vejo o rio..."
Valeu amigo, poeta e pastor Adem! Grato mais uma vez pela sua visita sempre rica, reflexiva e de poética das boas!!!
AR
Hoje mais uma vez...me peguei a matutar...e na cadeira dos sonhadores...
ResponderExcluirComecei a balançar,e ai companheiro...me saíram essas palavras...
E me garrei a rabiscar...
O Calor está quente de escaldar...
Oh velho tempo dos homens
Deixa o sol não nos escaldar
Suor sem calma é só calor
Sem nenhum favor nos escaldando
No açoite quente dos corpos.
Não tem mais flor nascida no mato
Não tem rio correndo para o mar
Só tem a zagaia bem preparada com lume vivo
Não tem nem mesmo a poesia rasgada
Forçada na dor flamejante da estrela.
Não tem nada!
Só a saudade das noites de lua cheia da minha terra
Só a vontade de te ter de novo a pele curtida ao sol nas minhas serras
Só o sabor guardado do mel cavado nos troncos maduros da minha terra.
E eu vou aqui me rebentando no silêncio amargo das queimadas
Sou homem velho remoendo bagaços de quimeras
Sem favor aqui perdido na escuridão da noite irada.
Oh velho tempo dos homens
Eu quero seu frescor
Mas agora não tem rio
E nem flor
E nem o orvalho do encanto
E nem mesmo mais poesia.
Só se tem o calor aumentando e ecoando
Como uma canção sem força e nem vida
Só o choro da noite e do dia
Dias e noites só calor
Até à consumação dos maus!
Oh velho tempo dos homens
Deixa-me ter de volta a flor
Só uma flor!
Na minha vida
ResponderExcluirpassou
passa um pastor e suas ovelhas
passou
passa um poeta e seus versos...
Quão revelador é tê-lo
nestes dias em baixo do sol!
Quão revelador é saber
que se trata de um poeta pastor pastor poeta
capaz de sentimentos tão nobres...
É. O mundo não está perdido
e o fanatismo tem outras formas
de ser e estar com O Profundo
e ser camarada do simples...
Deus é Senhor de Tudo e de Todos
e nos faz amar, poetar, pastorear...
Viva tu poeta e pastor Adem
e graças te rendo por tuas visitas inspiradas,
inspiradíssimas!
Grande poeta, obrigada pelas palavras carinhosas em meu blog.
ResponderExcluirAgora você faz parte de Histórias que a vida conta...Continue bilhando pelos caminhos indígenas!
Abraço carinhoso!
Olá Ademario, fico feliz por sua caminhada. É bom interagir conhecimentos contigo. Saudações educativas!
ResponderExcluirÔi Natal, a felicidade é muito recíproca: somos caminhantes de caminhos iguais, semelhantes e nos descaminhos nos reconhecemos aprendizes para uma nova construção.
ResponderExcluirÉ um prazer e uma honra contar com suas lições e interações!
Paz, saúde e êxito na tua caminhada!
Olá! Gostei do conteúdo,em outra oportunidade comentarei suas postagens.
ResponderExcluirojueta.blogspot.com
Valeu, amigo e ativista social e que entre outras funções e lutas, atua nos caminhos e princípios da Matriz Africana!
ResponderExcluirQue Oju Eta, nos mostre a terceira dimensão de viver aqui na Terra!
Que bom que vc veio a este ciberespaço! Volte mais vezes!!!
Que saudade do CESA e dos projetos! Belissímo trabalho realizado! Que Deus ilumune cada vez mais os seus caminhos e pensamentos. Um enorme abraço,
ResponderExcluirElisangela, Artista Plástica e Arte Educadora.
Ôi Elisângela, saudades de vc também! Tomara que nos reencontremos para pensamentarmos intervenções para uma educação sigificativa, afetiva e inclusiva!
ResponderExcluirQue a Força continue te animando e grato pela mensagem!!!
Hoje me lembrei dos meus avós e escrevi sobre o epilogo...só escrevi..
ResponderExcluirQuando se morre existe um silencio absoluto
O silencio da morte é como um traje
Que tem um que de quase eterno
Uma silente despedida um tanto quanto dura
Um acorde breve que vem e nos esfacela
Desvai-se o corpo e vem o irreal da pessoa humana
No silencio da morte nos despedimos do amor romântico
Ela é por ser e portanto não necessita de aceite
Pois está escrito desde o príncipio
Do silencio da morte não tem como variar
Pois é um tecer constante
Nas oficinas da alma como um novo traje
Que um dia vem e remove de nós
O aspecto de criatura
O silencio da morte...
É um traje.
Adem
Amigo, a morte é marca da vida. Ela é absoluta. Um ultraje para quem fica.
ResponderExcluirA vida e a morte vão e voltam ininterruptamente neste rio-mar profundo existencial
e não somos nem os seixos em seu fundo.
Fundo?
Que nada! Não e nem.
Paz!!!
Volta e meia, passo aqui para enxugar o suor nas tuas poesias. Elas são como as neblinas depois das tardes de calor.
ResponderExcluirobrigada por deixá-las á nossa disposição!
E eu, alquebrado,
ResponderExcluirPajé caatinguêro
In ânsia busco,
Entre um pé aqui
Outro lá -
Uma ponte
Para me encontrar contigo,
Nas tardes buliçosas
Nas noites solitárias
No barulho dos dias velozes
E, assim, vou deixando poesias
Como marcas, semeaduras
Que são as saudades
Do que há se curtido, enquanto a vida
Bolina em nossas veias
E não se esvoaça
Para além do horizonte!
Apois, s’aprochegue
Pessoa companheira
Nestas alfombras,
Pegue cântaros,
Travesseiros de marcela,
Flores do campestre,
Gotas d’águas desses ribeiro,
Mergulha tuas faces,
Lava teu corpo –
Como o meu – cansado
E te cura
Para além dos dias
De Ferroe Fogo,
E se possível
Permita-se a uma cópula
Com o novo sol de amanhã!
AR
Estou me apaixonando pela cultura indigena.
ResponderExcluirGostaria de ter visitado seu blog antes, assim poderia ter usado alguns momentos destas oficinas em uma apresentação na faculdade.
Gosto de todo o seu trabalho.
Muito obrigada por dividí-lo conosco.
Estou me apaixonando pela cultura indigena, aliás sempre tive uma atração.
ResponderExcluirSe tivesse visitado seu blog antes estas oficinas teriam sido de grande ajuda para uma apresentação na faculdade.
Gosto muito do seu trabalho.
Muito obrigada por dividí-lo conosco.
Ôi, querida educadora, Aidê!
ResponderExcluirMuito grato pelo apoio e simpatia. O potirõ (trabalho de muitas mãos: mutirão) sempre é mais envolvedor. Seja bem-vinda e vamos contruir possibilidades de arte educação e cidadania!
Forte abraço,
Quem dera, como tu, saber fazer poesia e ir além das fronteiras.
ResponderExcluirAdemario, querido,
ResponderExcluirO seu blog é uma maravilha. Pelo seu conteúdo, mas especialmente pelos comentários percebo que ele é uma ponte para as idas e vindas dos que querem lhe encontrar.
Eu estou indicando-o para umas professoras, especiais como você.
Abraços.
Edileuza
Ôi, Leu, vc como sempre: me deixa encabulado! Será retroalimentor contar contigo e com @s colegas!
ResponderExcluirVolta mais vezs, tá?!
Beijos,
Olá meu Irmão,
ResponderExcluirMas uma vez você nos brinda com um projeto maravilhoso de resgate e respeito a cultura indigena.Sucesso e que o seu trabalho seja reconhecido pela academia.
Abraços de seu irmão de caminhada,
Coutinho
Valeu, meu malungo, a tua visita a esta paragem (Ilê ou Oka digital). Inda estaremos juntos noutras caminhadas. Fica com Ñanderu, Olorum, Javé!!!
ResponderExcluirMuito interessante o trabalho realizado, certamente, afetou as crianças de alguma forma e isso é fundamental.
ResponderExcluirAbraços,
Clô
Ah, cara Clô
ResponderExcluirtenha certeza
que estamos afetados!
Não dá para sermos os mesmos,
heraclitamente, nem o rio,
nem elas, nem nós!
Grato pela visita!
Mais uma vez, parabéns pelo seu trabalho.
ResponderExcluirQue bom seria se existisse neste mundo mais pessoas como você.
Um forte abraço!!
Ôi, querida Kézia, vc sabe sabe que eu também admiro o seu trabalho com as crianças. Grato pela visita e carinho!
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