Natasha Pitts
Para chamar ainda mais atenção para a
luta contra o mega-empreendimento do Plano de Aceleração do Crescimento (PAC),
Gilberto Gil cedeu sua canção "Um sonho” para ser transformada em clipe.
Em poucos dias a música, que apesar de ser de 1977, ainda é atual, se tornou o
hino do evento, por falar claramente sobre a luta contra o desenvolvimentismo,
principal discurso em torno de Belo Monte.
Apesar da intensa participação de
outros atores sociais, o Xingu+23 é voltado especialmente para pescadores,
ribeirinhos, indígenas, agricultores e demais afetados por Belo Monte com o
intuito de discutir as ações de resistência, conversar sobre o futuro dos/as
atingidos e suas famílias e fortalecer as ações da população local.
O Xingu+23 faz uma referência ao 1º
Encontro dos Povos Indígenas do Xingu, ocorrido em 1989 em Altamira e
organizado pelos Kaiapó com a intenção de protestar contra as decisões tomadas
na Amazônia sem a participação dos índios e repudiar a construção do Complexo
Hidrelétrico do Xingu. No encontro, os indígenas e ativistas conseguiram a
primeira vitória na luta contra Belo Monte, pois impediram o primeiro projeto
de barramento do rio.
Durante o Xingu+23, os participantes
também querem marcar um importante momento de luta e resistência no Brasil. Às
vésperas da Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável
(Rio+20) e da Cúpula dos Povos, que acontecerão no Rio de Janeiro, o Movimento
Xingu Vivo para Sempre (MXVPS) e seus parceiros decidiram chamar atenção da
comunidade nacional e internacional para os impactos sociais e ambientais de
Belo Monte e para as ilegalidades que cercam o seu processo de implantação.
Os interessados em participar podem
encontrar informações no site oficial do evento. A estrutura oferecida é um acampamento
com espaço para barracas e redes. No local não há sinal de telefonia nem
internet.
O Xingu+23 terá início na quarta-feira,
dia 13, em Vila Santo Antônio, a 50 km de Altamira. A comunidade não foi
escolhida por acaso. A Vila foi desapropriada quase em sua totalidade pela
concessionária Norte Energia devido à proximidade do maior canteiro de obras de
Belo Monte. Após a recepção e o credenciamento acontecerá um debate sobre
violações do Licenciamento e Instalação de Belo Monte. O dia será encerrado com
a celebração da tradicional missa de Santo Antonio.
No dia 14, ainda na Vila, os atingidos
pela obra vão se reunir em grupos para um debate. A programação do dia acabará
com uma audiência pública em Altamira. A sexta-feira (15) será reservada para
uma marcha e um ato público. Neste dia, a partir das 8h os/as participantes vão
iniciar a concentração em frente à empresa de energia Rede Celpa (Avenida 7 de
setembro, nº 2190).
Já no sábado, dia 16, acontece a assembleia final do evento seguida por
torneio de futebol e a festa do padroeiro da Vila. No domingo, acontece o
encerramento.
Fonte do vídeo: http://www.youtube.com/watch?v=5QLnJLllS1A
Fonte do texto: http://educarencantando.blogspot.com.br/
Olá querido mestre!
ResponderExcluirMuito obrigada por fazer de nós, professores(as) de Catu, pessoas conhecedoras de parte da história das sociedades indígenas e suas culturas, através de valiosas informações ou poranduba transmitidas por ti. Que muito tem a acrescentar não só para as nossas classes, como também para o nosso dia a dia, reconhecendo nossa verdadeira identidade descendente de personagens fundamentais para a construção da sociedade brasileira, de um povo misto, de um povo feliz!
Taujé mojar cecê!