Postado
4 de setembro de 2013 por Redação kultafro em
Comportamento
Quatro mulheres lindas e bem-sucedidas confirmam a tese que alguns
estudos já abordaram: as negras têm mais dificuldade em engatar romances
sérios
Por Flávia Duarte – Revista do jornal Correio Braziliense
O assunto é tão delicado que poucas têm coragem de tocar nele. Falar
de desprezo, de se sentir preterida e de solidão abre feridas, joga na
cara o preconceito que acompanha as mulheres negras ao longo de sua
história. Ademais toda a discriminação que as tornam uma das personagens
mais vulneráveis da sociedade — são elas que ganham menos, têm a menor
escolaridade e ocupam os postos menos nobres do mercado de trabalho —, a
cor da pele as obrigam a traçar um caminho mais longo e dolorido em
busca do amor. Mais tortuoso ainda quando o destino almejado é o altar.
“As mulheres pretas se casam mais tarde, apresentam maior índice de
celibato e demoram mais para terem um relacionamento”, afirma a
socióloga Bruna Pereira, pesquisadora colaboradora do Núcleo de Estudos e
Pesquisa sobre a Mulher (Nepem), da Universidade de Brasília.
As estatísticas no Brasil que confirmam a tese do abandono como
consequência da raça são raras, mas a discussão é antiga. Professora no
Departamento de Ciências Sociais da Universidade Estadual de Londrina e
doutoranda na PUC/SP, Maria Nilza da Silva diz que, na década de 1950,
alguns teóricos tentavam entender o fenômeno de desvalorização da mulher
negra, pouco vista como uma opção para ser esposa e parceira. “Já
naquela época, para ser escolhida nesse contexto da conjugabilidade, a
mulher negra acaba se relacionando com um homem de classe social mais
baixa. Para ser escolhida, ela deveria ter alguma vantagem.”
Motivada pelo tema, Maria Nilza também pesquisou a menor oferta de
parceiros disponível. Isso foi nos anos 1990, mas a professora defende
que pouca coisa mudou de lá para cá. “A mulher negra continua
discriminada em vários segmentos, inclusive no matrimônio. A
possibilidade de encontrar um companheiro ou um parceiro é menor para
ela”, afirma.
Intrigada pelo fato de as mulheres negras serem mais solitárias do
que as brancas, a pedagoga e mestre em ciências sociais Claudete Alves
resolveu, durante um ano e meio, mapear 1.127 casais em São Paulo.
Desses, apenas 418 eram formados por homem e mulher negros. Uma das
explicações para o número tão reduzido de casais de mesma raça estaria
no fato de que os negros que ascendem socialmente querem se relacionar
com as brancas. Eles buscam na união com outra raça uma forma de
reforçar sua situação de suposto status. “O negro quer ter o que o
branco tem e isso inclui a mulher branca. Muitos querem filhos com a
pele mais clara do que a deles para não sofrerem o preconceito que eles
também sofreram”, resume Claudete.
A rejeição também parte dos homens brancos. No Brasil, a negra é a
minoria nos espaços culturalmente reservados para quem tem pele clara.
Isso automaticamente as deixaria em desvantagem em relação às brancas.
Dos 18 casamentos civis que Claudete presenciou ao longo da pesquisa,
apenas três uniram pares de negros. Uma dificuldade de encontrar um
companheiro de mesma cor foi confirmada por todas as 11 mulheres negras
que a pesquisadora ouviu na época. Entre os relatos, muitas contavam
que, quando mais jovens, eram procuradas pelos negros apenas para
iniciação sexual. Quando engravidavam, eles dificilmente assumiam o
filho. Era uma relação de fim anunciado. Confirmação do estereótipo da
negra sexual, que carrega até hoje, em muitos casos, uma pesada herança
da escravidão, quando elas eram escolhidas para saciar o desejo dos
brancos. Para o romance dar certo, eles exigiam moeda de troca. “Elas
ainda diziam que, quando conseguiam ficar com negros, tinham que
sustentá-los. Em geral, eles eram de escolaridade inferior e mantinham
práticas sociais diferenciadas das delas.”
Um preterimento que é observado em todas as classes sociais. Quem
confirma são mulheres lindas, bem-sucedidas, da classe média, que
cresceram no Plano Piloto. Daniela Luciana, Jaqueline, Denise e Marília
são negras. Também sentem o peso histórico que carregam com a cor.
Confirmam o preconceito, a dificuldade de encontrarem um par em pé de
igualdade com as mulheres brancas. Um problema que não é delas. Vem do
outro. “Essas mulheres precisam entender que essa dificuldade é fruto de
um problema social e não pessoal. Elas se inferiorizam como se não
fossem bonitas ou interessantes”, lamenta Paula Pereira,
pesquisadora-colaboradora do Nepem. Daniela Luciana, Jaqueline, Denise e
Marília reconhecem que a dificuldade de romper as amarras do racismo
não são delas, mas nem por isso enfrentaram sempre com tranquilidade os
olhares de preconceitos.
“Muitas mulheres negras sentem que em suas vidas existe
pouco ou nenhum amor. Essa é uma de nossas verdades privadas que
raramente é discutida em público. Essa realidade é tão dolorosa que as
mulheres negras raramente falam abertamente sobre isso.”
Bell Hooks é ativista negra e feminista norte-americana
Um par da mesma raça
Janaína Bittencourt tem 24 anos. Foi criada no Plano Piloto. Ela e o
irmão eram os únicos negros da escola particular em que estudava. Seu
último relacionamento durou mais de dois anos, com um homem de mesma
cor. Solteira, tomou uma decisão: quer um marido negro.
“Demorei muito para me enxergar como uma pessoa potencialmente
bonita. Na fase escolar, não me lembro de ter sofrido aquele racismo
duro. Passei a enxergar isso por volta de 13, 14 anos, quando a gente se
interessa pelos meninos. Todo mundo tinha um parzinho, menos eu.
Atribuía isso ao fato de não ser bonita. Identificava que tinha uma
estética diferente daquela que na escola era importante, como o cabelo
liso, por exemplo. Enfim, essas coisas que, depois de adulto, a gente
aprende a relevar. O meu papel, naquela época, era o da amiga que faz a
ponte para as outras ficarem na festinha.
Os homens mais velhos me notavam mais. Acredito que sempre despertei o
apetite sexual deles. A abordagem comigo era sempre muito direta, não
tinham o cuidado que tinham com as meninas brancas. É isso que pega na
autoestima. Se eu ficasse com alguém, nunca tinha brecha para virar uma
coisa a mais.
A família do branco tem sempre uma resistência maior. Era sempre um
momento de tensão. Ficava na dúvida em dizer: ‘Avisa a seus pais que sou
negra’. O primeiro rapaz pelo qual me apaixonei, aos 18 anos, era muito
tranquilo em relação à questão racial. Quando fui conhecer a família
dele, porém, a mãe dele ficou meio chocada, não conseguiu disfarçar.
Pensei que era coisa da minha cabeça. Mas, depois disso, ele terminou.
Dois meses depois, estava namorando uma menina branca.
O que muita gente não enxerga é que a preterição das mulheres negras é
algo que a sociedade nos ensina. A mulher negra supostamente é boa para
o sexo e para as relações superficiais, mas não para o casamento. Nesse
jogo, as mulheres ficam relegadas até para os negros. É uma pequena
morte você não ser viável para ninguém, nem para quem deveria ser seu
par natural.
Eu me relacionei com homens brancos, mas o custo era muito pesado.
Não tinha liberdade de sair com as minhas tranças, se elas não tivessem
com a manutenção certinha na raiz. A sociedade não está preparada para a
estética negra. O homem negro, talvez por ter uma mãe negra em casa,
entende que o cabelo crespo amassa quando você dorme. Com o homem
branco, é sempre um processo. Tinha que acordar mais cedo, passar uma
água para o cabelo ficar mais ou menos. Namorar um homem branco é ter
que passar por essas questões que não sei se quero. Demorei muito para
me enxergar como uma pessoa bonita, passível de relacionamento, e agora
não tenho que passar por tudo isso de novo.
O casamento implica, inclusive, ter filhos, e filhos negros. E, para
algumas pessoas, isso é um terror. Talvez nem associando à cor da pele,
mas ao cabelo duro. Por isso, muitas mulheres negras começam a amenizar
os traços para entrar em uma estética tida como mais bonita. Eu quero
que meus filhos sejam negros, que tragam na pele o simbolismo que minha
família tem. Sou criticada quando falo isso. Uma tia falava que a gente
tinha que ter essa preocupação de amenizar os nossos traços. Acho isso
uma violência.
As mulheres brancas, via de regra, se casam mais, consolidam família,
permanecem mais tempo casadas. Antigamente, para a mulher branca, o
futuro almejado era ser esposa e dona de casa. Já as mulheres negras
tinham que trabalhar para se sustentar. Para as negras, que durante
muito tempo nem poderiam se casar, a família acontecia sem a presença de
um homem. Por isso, entendo que exista essa fixação de se casar no
papel. É a afirmação de uma afetividade que sempre lhes foi negada.”
Militante do afeto
A baiana e servidora pública Daniela Luciana Silva
tem 42 anos. Negra, viveu um casamento intrarracial e conta que já foi
confundida com a babá da filha, Maria, 7 anos. Ela diz que as mulheres
negras precisam trilhar um longo caminho na busca pela autoestima.
“Nasci contrariando as estatísticas, nasci classe média. Sou
moradora do Plano Piloto, onde estão poucas negras. Os homens não
abordam as negras com a mesma frequência que abordam as brancas. A cor é
uma marca de pobreza, de alguém menos casável. Estudei em escola
particular, na Bahia, onde eu era a única negra. Com 15 anos, tinha
várias paqueras, mas os meninos nunca me chamavam para dançar, por
exemplo. Meu primeiro namorado era negro. Chamo de namoro por licença
poética. Foram alguns beijos durante as férias. Levei um tempão para
namorar de novo.
As mães de mulheres negras nos educaram para entender que, quando
você saísse de casa, poderia ser alijada pelo racismo. Elas diziam que
os homens não iam nos valorizar. Por isso, a mulher negra também é mais
desconfiada. Você se torna menos ousada, menos espontânea. E, às vezes,
acaba sendo arrogante para compensar as origens.
Até que, com 18 anos, fui fazer faculdade em Salvador. Lá, eu não era a minoria. Ao contrário, era modelo do que era bonito. Quando vim para Brasília, achava que não ia me casar, que não tinha mais chance. Mas me casei com 34 anos. Ele era branco e tinha 23. Ele nunca permitiu que apontassem essas marcas raciais entre a gente. Às vezes, notava que as pessoas nos olhavam como se quisessem dizer: ‘Como essa mulher está com esse rapaz?’. Imagina! Eu era mais velha e ainda era preta. Estamos separados desde 2010, mas nos casamos apaixonados, por amor.
Para a mulher negra, é muito difícil se relacionar. O que percebo, como militante e como mulher, é que todo mundo quer aprovação. O homem negro também. E ele faz escolhas. Em alguns casos, escolhe a mulher branca, porque também quer aceitação diante do grupo no qual é minoria, como acontece no Plano Piloto. Os que ascendem socialmente acabam frequentando lugares em que a maioria é de gente branca, então ele pode fazer suas escolhas afetivas com mais facilidade do que a mulher negra.
No entanto, se você define que preto só se relaciona com preto e branco só com branco, fica muito difícil encontrar parceiros. Tem homens que nunca vão ficar com uma mulher negra, porque ela não faz parte do gosto deles. Ele não quer alguém que carregue o componente da herança genética e familiar pobre. Ele quer uma coisa leve, sem a complexidade que é lidar com a questão histórica da raça, do preconceito. O problema não é nosso. É que nós temos mais elementos negativos nesse jogo. Não somos a escolha padrão de nenhum homem menos corajoso, menos seguro de si.
Até que, com 18 anos, fui fazer faculdade em Salvador. Lá, eu não era a minoria. Ao contrário, era modelo do que era bonito. Quando vim para Brasília, achava que não ia me casar, que não tinha mais chance. Mas me casei com 34 anos. Ele era branco e tinha 23. Ele nunca permitiu que apontassem essas marcas raciais entre a gente. Às vezes, notava que as pessoas nos olhavam como se quisessem dizer: ‘Como essa mulher está com esse rapaz?’. Imagina! Eu era mais velha e ainda era preta. Estamos separados desde 2010, mas nos casamos apaixonados, por amor.
Para a mulher negra, é muito difícil se relacionar. O que percebo, como militante e como mulher, é que todo mundo quer aprovação. O homem negro também. E ele faz escolhas. Em alguns casos, escolhe a mulher branca, porque também quer aceitação diante do grupo no qual é minoria, como acontece no Plano Piloto. Os que ascendem socialmente acabam frequentando lugares em que a maioria é de gente branca, então ele pode fazer suas escolhas afetivas com mais facilidade do que a mulher negra.
No entanto, se você define que preto só se relaciona com preto e branco só com branco, fica muito difícil encontrar parceiros. Tem homens que nunca vão ficar com uma mulher negra, porque ela não faz parte do gosto deles. Ele não quer alguém que carregue o componente da herança genética e familiar pobre. Ele quer uma coisa leve, sem a complexidade que é lidar com a questão histórica da raça, do preconceito. O problema não é nosso. É que nós temos mais elementos negativos nesse jogo. Não somos a escolha padrão de nenhum homem menos corajoso, menos seguro de si.
Eu não tenho essa restrição, mas há meninas que querem se
relacionar só com negros porque decidiram marcar uma posição política
também no campo afetivo. Não acho errado. Eu quero me casar de novo. Sei
o que quero e do que preciso. O que nos diferencia das mulheres brancas
é que temos um trabalho muito maior para chegarmos por inteiro e
seguras em um relacionamento. Sou militante do afeto. A sociedade é que
nos leva a aceitar pouca coisa, mas eu sei o que eu mereço e não
aceito.”
Amor entre raças
A antropóloga Denise da Costa, 29 anos, nunca pensou em se relacionar
com um homem branco. Até esbarrar com aquele que seria seu marido.
Casada há três anos, não nega que teve medo de ser apresentada à família
dele e, volta e meia, enfrentam juntos algumas situações de
preconceito.
“Antes do meu marido, só tive namorados negros. Não achava que fosse namorar um homem branco por medo de não me aceitarem. Tanto que, assim que comecei a namorar o Daniel, meu maior medo era de a família dele me rejeitar de alguma forma. Não aconteceu. Nós, mulheres negras, sabemos que nem sempre podemos ser aceitas nos ambientes que frequentamos e que isso também acontece nos relacionamentos afetivos.
Meu primeiro namorado, aos 15 anos, era negro. Eu não era muito
abordada nessa época. Olhava para as minhas amigas brancas e pensava:
‘Acho que sou mais bonita do que elas, mas os meninos estão olhando mais
para elas.’ Hoje me sinto com a autoestima mais elevada.
De maneira inconsciente, evitei me relacionar com homens brancos. Eu circulava por espaços onde a presença do negro era maior. Acho que era uma proteção mesmo, de achar que não era o meu lugar. Mas estava solteira e queria conhecer pessoas interessantes. Foi quando comecei a namorar o Daniel, despretensiosamente. Nós nos conhecemos na faculdade. Para ele, foi uma experiência nova também. Ele nunca tinha namorado uma mulher negra.
A questão racial acabou sendo imposta na vida dele. Por eu usar meu cabelo natural, já aconteceu de as pessoas gritarem comigo na rua para eu cortá-lo. Meu marido fica indignado. Teve também um outro episódio, que aconteceu no condomínio de luxo que a irmã dele mora, em Minas Gerais. Na hora da identificação, o porteiro falou: ‘Seu irmão está aqui com uma morenona’, de um jeito muito agressivo. Por que ele não pensou que eu era mulher dele e respeitou? Existe um0 racismo muito sutil no Brasil, que é tão subjetivo que você não consegue desmascarar e dar nome àquilo que está acontecendo. E existe esse racismo escancarado. Daniel fica nervoso nessas situações, xinga, mas eu digo: ‘Não mexe com isso não.’
Fico pensando como vai ser meu filho com o Daniel. Sei que
terão expectativas sobre como ele vai nascer, se será branco, mestiço,
com cabelos crespos ou não. Mas o importante é que eu quero ensinar a
ele as coisas que aprendi sobre racismo. Tarefa nem um pouco simples.”De maneira inconsciente, evitei me relacionar com homens brancos. Eu circulava por espaços onde a presença do negro era maior. Acho que era uma proteção mesmo, de achar que não era o meu lugar. Mas estava solteira e queria conhecer pessoas interessantes. Foi quando comecei a namorar o Daniel, despretensiosamente. Nós nos conhecemos na faculdade. Para ele, foi uma experiência nova também. Ele nunca tinha namorado uma mulher negra.
A questão racial acabou sendo imposta na vida dele. Por eu usar meu cabelo natural, já aconteceu de as pessoas gritarem comigo na rua para eu cortá-lo. Meu marido fica indignado. Teve também um outro episódio, que aconteceu no condomínio de luxo que a irmã dele mora, em Minas Gerais. Na hora da identificação, o porteiro falou: ‘Seu irmão está aqui com uma morenona’, de um jeito muito agressivo. Por que ele não pensou que eu era mulher dele e respeitou? Existe um0 racismo muito sutil no Brasil, que é tão subjetivo que você não consegue desmascarar e dar nome àquilo que está acontecendo. E existe esse racismo escancarado. Daniel fica nervoso nessas situações, xinga, mas eu digo: ‘Não mexe com isso não.’
A beleza da minoria
A auditora Marília Santos, 26 anos, sempre circulou
em meios em que era a minoria. Está solteira há sete meses, depois de um
relacionamento de quase um ano com um homem de mesma raça. Estilosa e
linda, explora seu diferencial para chamar a atenção. Sempre atraiu
olhares e reconhece que nem todas as negras têm as mesmas boas
experiências para contar.
Nos meus relacionamentos, nunca passei por situações de preconceito, mas já tive medo. Quando a gente toma consciência da nossa raça, temos medo. Quando era pequena, não me preocupava se era negra ou era branca, mas, quando estamos em um relacionamento, tememos não pelo rapaz com quem estamos saindo, mas pela família dele. Se ele quis namorar com você, é porque ele te aceita da cor que é, mas a família dele não é obrigada a pensar da mesma forma.
A primeira imagem que o homem tem é de que a negra é muito sexualizada. Acha que nós gostamos de uma abordagem mais ríspida, e não é assim. Também existe uma abordagem maior por parte dos estrangeiros. Ser negra está na moda.
Não acontece comigo, mas acontece com outras negras, de se sentirem excluídas em certos ambientes. Normalmente, não sinto essa coisa, porque já chego querendo ser diferente. Nem mais nem menos, mas chamando a atenção. Muitas negras querem ser iguais a todas as pessoas da festa e aí elas se sentem excluídas. Já fui muito questionada e até excluída do meio. Me acusam de não entender o movimento. Eu não vivi essa realidade. Posso respeitar, apoiar a causa, mas não lutar com a mesma força de alguém que sofreu.”
Fonte: http://www.kultafro.com.br/2013/09/a-cor-da-relacao-mulheres-negras-e-as-dificuldades-com-romances-serios/