Juvenal Payaya faz exposição no CEE-BA e pede avanços para a Educação
Indígena
Com uma apresentação rica em informações, o Conselheiro Juvenal Payaya fez sua primeira intervenção durante sessão plenária do Conselho Estadual de Educação da Bahia, neste início do mês de março. Educador e com experiência extensa dentro do movimento indígena, Payaya atualizou o Pleno a respeito da situação das escolas e dos educadores nas diversas aldeias da Bahia. Tratou também dos problemas e desafios dessa modalidade educacional.
Juvenal Payaya é Conselheiro Suplente e chega ao CEE-BA para substituir interinamente o Conselheiro Jorge Carneiro de Souza, que pediu licença. Payaya passa a integrar a Câmara de Educação Básica do CEE-BA e foi saudado com entusiasmo pela presidente da entidade, Ana Maria Silva Teixeira.
“Estamos felizes e empolgados com a presença de Juvenal Payaya entre nós. O Conselho da Bahia, cada vez mais, mostra que vive um novo tempo, apresentando-se mais integrado aos problemas da sociedade contemporânea, que é diversificada e complexa. Hoje somos um colegiado diverso e apto para discutir os variados problemas que afetam a nossa Educação”.
Payaya, em sua fala, destacou avanços, mas também deixou claro que há muito ainda a ser conquistado no tangente à Educação indígena. “Construir uma política educacional indígena não é só se preocupar com escolas em aldeias, com professores para essas escolas. É também pensar a grade curricular especial que o índio necessita, ter uma compreensão da condição indígena, pensar no entorno dessa escola”, dimensionou Payaya.
Como um bom exemplo a ser seguido, o Conselheiro Juvenal Payaya citou a escola dos índios Pancararé, no município de Rodelas. “Fizeram lá uma escola de porte, estruturada, com laboratórios, boas salas, área de esportes. A Educação é muito importante para as famílias, então, aos poucos, foi surgindo uma vila indígena ao redor da escola. A comunidade hoje lá é grande e vivencia a escola, junto com as crianças”.
Juvenal Payaya frisou que o jovem indígena precisa de um currículo que o credencie a disputar vaga em uma faculdade ou no mercado de trabalho, se assim o desejar. Mas, antes de tudo, “o índio quer continuar a ser índio. Temos uma cultura ligada à terra, à natureza, e isso precisa ser preservado, valorizado e levado em conta nas escolas indígenas”.
Para que isso aconteça, acredita Payaya, a escola tem que estar integrada à cultura e ao cotidiano indígena. “Sonhamos com uma escola em que o diretor seja vinculado à cultura indígena, que tenha uma coordenadora que entenda e valorize nossa cultura, que tenha professores que são da aldeia e foram qualificados para educar, transformando-se em exemplos para os nossos jovens”, disse.
Uma nação unida - Juvenal Payaya reservou parte de sua fala para dimensionar a presença dos índios no mundo, no Brasil e na Bahia. Informou que, segundo dados da Organização das Nações Unidas (ONU), hoje existem cerca de 350 milhões de indígenas em todo o mundo. “Pelo Censo de 2010, hoje somos 818 mil indivíduos no Brasil, divididos em 220 povos. Na Bahia, segundo o mesmo Censo, somos exatos 56.342 indivíduos, presentes em 31 municípios baianos”, dimensionou para depois revelar que nessas cidades onde há presença indígena existem 76 escolas voltadas para essas
comunidades, atendendo a cerca de 10 mil crianças e adolescentes indígenas.
“Mas há localidades outras que possuem índios, mas não têm escolas para essas pessoas. Então, o menino índio vai para a escola do branco, onde não há valorização de sua cultura, e esse menino índio acaba se transformando em mais um. Queremos escolas que preservem a nossa identidade para
receberem nossas crianças”, informou Payaya.
Ao final de sua fala, Juvenal Payaya revelou que sua vinda ao Conselho Estadual de Educação da Bahia, para fazer parte do corpo de Conselheiros, vem sendo cercada de expectativas pelo seu povo. Por isso, assegurou que pretende ser uma voz ativa na luta por conquistas do povo indígena na Bahia, no setor da Educação.
O discurso esclarecedor de Payaya foi, durante todo o tempo, enriquecido por informações a respeito do jeito particular do índio encarar a vida, o cotidiano e as divindades, o que acabou por trazer à reunião um clima de muita emoção, sem que isso prejudicasse a clareza das posições, sempre colocadas de forma firme.Ao final, a emoção tomou conta da plenária e do Conselheiro Juvenal Payaya, que não conteve as lágrimas ao terminar de revelar o quanto o povo indígena da Bahia deposita de confiança nessa nova fase do Conselho de Educação da Bahia, com sua presença na plenária, em busca de avanços ainda maiores nesse setor para o povo primeiro do Brasil.
Indígena
Com uma apresentação rica em informações, o Conselheiro Juvenal Payaya fez sua primeira intervenção durante sessão plenária do Conselho Estadual de Educação da Bahia, neste início do mês de março. Educador e com experiência extensa dentro do movimento indígena, Payaya atualizou o Pleno a respeito da situação das escolas e dos educadores nas diversas aldeias da Bahia. Tratou também dos problemas e desafios dessa modalidade educacional.
Juvenal Payaya é Conselheiro Suplente e chega ao CEE-BA para substituir interinamente o Conselheiro Jorge Carneiro de Souza, que pediu licença. Payaya passa a integrar a Câmara de Educação Básica do CEE-BA e foi saudado com entusiasmo pela presidente da entidade, Ana Maria Silva Teixeira.
“Estamos felizes e empolgados com a presença de Juvenal Payaya entre nós. O Conselho da Bahia, cada vez mais, mostra que vive um novo tempo, apresentando-se mais integrado aos problemas da sociedade contemporânea, que é diversificada e complexa. Hoje somos um colegiado diverso e apto para discutir os variados problemas que afetam a nossa Educação”.
Payaya, em sua fala, destacou avanços, mas também deixou claro que há muito ainda a ser conquistado no tangente à Educação indígena. “Construir uma política educacional indígena não é só se preocupar com escolas em aldeias, com professores para essas escolas. É também pensar a grade curricular especial que o índio necessita, ter uma compreensão da condição indígena, pensar no entorno dessa escola”, dimensionou Payaya.
Como um bom exemplo a ser seguido, o Conselheiro Juvenal Payaya citou a escola dos índios Pancararé, no município de Rodelas. “Fizeram lá uma escola de porte, estruturada, com laboratórios, boas salas, área de esportes. A Educação é muito importante para as famílias, então, aos poucos, foi surgindo uma vila indígena ao redor da escola. A comunidade hoje lá é grande e vivencia a escola, junto com as crianças”.
Juvenal Payaya frisou que o jovem indígena precisa de um currículo que o credencie a disputar vaga em uma faculdade ou no mercado de trabalho, se assim o desejar. Mas, antes de tudo, “o índio quer continuar a ser índio. Temos uma cultura ligada à terra, à natureza, e isso precisa ser preservado, valorizado e levado em conta nas escolas indígenas”.
Para que isso aconteça, acredita Payaya, a escola tem que estar integrada à cultura e ao cotidiano indígena. “Sonhamos com uma escola em que o diretor seja vinculado à cultura indígena, que tenha uma coordenadora que entenda e valorize nossa cultura, que tenha professores que são da aldeia e foram qualificados para educar, transformando-se em exemplos para os nossos jovens”, disse.
Uma nação unida - Juvenal Payaya reservou parte de sua fala para dimensionar a presença dos índios no mundo, no Brasil e na Bahia. Informou que, segundo dados da Organização das Nações Unidas (ONU), hoje existem cerca de 350 milhões de indígenas em todo o mundo. “Pelo Censo de 2010, hoje somos 818 mil indivíduos no Brasil, divididos em 220 povos. Na Bahia, segundo o mesmo Censo, somos exatos 56.342 indivíduos, presentes em 31 municípios baianos”, dimensionou para depois revelar que nessas cidades onde há presença indígena existem 76 escolas voltadas para essas
comunidades, atendendo a cerca de 10 mil crianças e adolescentes indígenas.
“Mas há localidades outras que possuem índios, mas não têm escolas para essas pessoas. Então, o menino índio vai para a escola do branco, onde não há valorização de sua cultura, e esse menino índio acaba se transformando em mais um. Queremos escolas que preservem a nossa identidade para
receberem nossas crianças”, informou Payaya.
Ao final de sua fala, Juvenal Payaya revelou que sua vinda ao Conselho Estadual de Educação da Bahia, para fazer parte do corpo de Conselheiros, vem sendo cercada de expectativas pelo seu povo. Por isso, assegurou que pretende ser uma voz ativa na luta por conquistas do povo indígena na Bahia, no setor da Educação.
O discurso esclarecedor de Payaya foi, durante todo o tempo, enriquecido por informações a respeito do jeito particular do índio encarar a vida, o cotidiano e as divindades, o que acabou por trazer à reunião um clima de muita emoção, sem que isso prejudicasse a clareza das posições, sempre colocadas de forma firme.Ao final, a emoção tomou conta da plenária e do Conselheiro Juvenal Payaya, que não conteve as lágrimas ao terminar de revelar o quanto o povo indígena da Bahia deposita de confiança nessa nova fase do Conselho de Educação da Bahia, com sua presença na plenária, em busca de avanços ainda maiores nesse setor para o povo primeiro do Brasil.
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