Amig@s
e parentes,
Cumpro
o doloroso dever de informar de que hoje, domingo, 3 de agosto, faleceu MOURA TUKANO.
Essa informação veio através de sua esposa Maria Verônica Vieira Moreira.
Ao
longo desses últimos dias tivemos informes gerais sobre a gravidade da doença
de Manoel Fernandes Moura, mais conhecido Moura Tukano, o nosso muito
estimado líder e
escritor indígena do Amazonas, membro da Comissão de Direitos Indígenas do
Projeto Rondon e um dos fundadores da Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia
Brasileira (COIAB) e de outras ações tantas, e, notadamente, do Movimento
Indígena (1970-1990), ao lado de outras lideranças como Ailton Krenak, Álvaro
Tukano, Marcos Terena, Eliane Potiguara, entre outras.
Além
de sua trajetória, passei a conviver com o estimado Moura quando participei do
8º e 10º EEAI - Encontro de Escritores e Artistas Indígenas, a convite de
Daniel Munduruku e Graça Graúna. Nesses encontros a presença de Moura Tukano
foi fundamentadora e enriquecedora para todas pessoas envolvidas - para índios
e não índios.
Que honra e alegria foi estar ao seu lado! Jamais esquecerei
tamanha oportunidade! Perto dele o admirávamos e sorríamos muito e... íamos
para cima do que precisava ser enfrentado. Ao saber do que lhe consumia na UTI
fazíamos de longe tudo o que podíamos motivados por sua Luz e por nosso Amor à
Ele: Moura Tukano!!!
É, parentes, quanto ensinamento, quando naqueles dias, naquela montanha
do Rio de Janeiro, perto do Cristo Redentor em tantos para trabalhos para
fundarmos a nossa AssEArIn e que ele nos sugeriu que fosse: Diroá - AssEArIn
- Associação de Escritores e Artistas Indígenas -, ele nos informou o
papel dos Diroás em nossas vidas - já escrevi algumas linhas a respeito - dizia
ele e quem lhe ouviu deve agora saber o real sentido e função dos Diroás... Eu
sei o que ele nos ensinou e sinto o que é saber o que ele nos ensinou! Manoel
Fernandes Moura Tukano está encipoado nas vidas pelas quais passou. Eu, apesar
da dor dessa separação - serei mais feliz, mais forte. Ele ficou por dentro!
É
muito difícil escrever estas palavras. Penso que o melhor a fazer é
dinamizá-lo por dentro de nós e colocá-lo, ora em diante, em nossas atitudes!
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