quinta-feira, 9 de junho de 2011

Oficina de Teatro: Eu, o Outro e Meu Lugar no Mundo



























De a muito que queria socializar com você, leitor(a) as fotos da Oficina de Teatro: “Eu, o Outro e Meu Lugar no Mundo”, , que ministrei na cidade de São Gabriel, semi-árido do Estado da Bahia, por indicação da companheira de lutas sócio-ambientais e artísticas, a pedagoga Edileuza Silva, a querida Leu, e a convite da educadora, Suzélia Maria Gomes Guimarães Machado, coordenadora do Projeto Nós do Teatro. E, eis a oportunidade. Na apostila que oportunizamos tinha algo assim na sua apresentação:

Uma experiência com o espírito humano através do teatro a ser vivenciada na comunidade de artistas e educadores(as) no município de São Gabriel, semi-árido da Bahia, Brasil. (p. 2). (Abril, 2011).

Para essa Oficina ser movimentada, nos alinhamos em diversos teóricos, entre estes, Boal, 1998, PCNs, 1998, Kusnet, 1975, Ribeiro, 2001, 2001, 2005.

“O ser humano que não conhece arte tem uma experiência de aprendizagem limitada, escapa-lhe a dimensão do sonho, da força comunicativa dos objetos à sua volta, da sonoridade instigante da poesia, das criações musicais, das cores e formas, dos gestos e luzes que buscam o sentido da vida.” (PCNs, 1997)

Na oportunidade, conheci e reencontrei diversos artistas e educadores(as) da região: Leu Silva, Welton Gabriel, Maria Ribeiro, Silvano Machado (com quem conversei bastante sobre os índios da região, inclusive os Payayá), Antônio Régie, a artesã Jovenília, seu esposo Antônio Neto e filha, Gisele. Depois, reencontrei, Lana e José Eurípedes, filhos de Leu. Sem dúvida falamos muito sobre os melhores e essenciais projetos de arte e cultura que existem em nosso país -, que infelzmente anda contaminado por imbecialidades e sustenatadas por poderosas mídias (midiocridades).

Nestas últimas horas, Leu, Suzélia e Stefany, me informaram que o Grupo do Projeto Nós do Teatro já está na reta final da elaboração de uma peça teatral para futura encenação. Vamos aguardar o texto e as apresentações. Os primeiros nomes dos que compunham o Elenco e a Ficha Técnica dessa Oficina acontecida em 30 de abril e 1º de maio de 2011, entre crianças, jovens, artistas e educadoras: Hildete, Suzélia, Éder, Raul, Welton, Victor, Maria, Rafaela, Cristian, Arnei, João Gabriel, Sávio, Alana, Anália, Camila, Cida, Carol, Cristi Iani, Gisel, Mariane, Stefany, Talia, Liliane, Vitória Lis, Vitória Aissa, Leu Silva, Lana, José Eurípedes, Irenilda.


Programação
Na Roda
1. Saudações, agradecimentos pelo convite, a apressação da Apostila sem uma devida revisão: mas, sincera e generosa, afinal, apesar das referências para sua feitura, ela foi exclusiva para vocês e (no meu curto tempo em meio a umas tranqueiras de paus pela frente).
2. Apresentações de cada participante e ao final agradecimento pelas contribuições e minha fala sobre o meu lugar no teatro e minha busca de um teatro que não fosse “acadêmico” e sem deixar de se referenciar nele, mas, que trouxesse à tona o que esse teatro geralmente não trazia – e que muito é o Teatro-Boi: pois tudo o que está em nosso entorno nos é útil e provoca construções, assimilações, interpretações múltiplas e transformações, recriações...
3. Levantamento de conhecimentos prévios;
4. Expectativas em breves palavras;
5. Uma leitura dinâmica da Apostila;
6. A Oficina em si;
7. Exposição dos materiais produzidos nas dinâmica (todos com ênfase na cultura local) e a performance teatral como resultados práticos.

Vejam as fotos e comentem. O retorno será como um aplauso e como sinal de quando, onde - podemos melhorar. Merda para todos! "Merda", para os artisas, como sabemos, é uma maneira de desejar boa sorte, êxito!





Referências
BOAL, AUGUSTO, Teatro Para Atores e Não Atores. – Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1998.
CIVITA, VICTOR, Teatro Vivo, Introdução e História. – São Paulo: Abril Cultural, 1976.
BRASIL. Congresso Nacional. Decreto Nº 82.385. Brasília: Diário Oficial da União, 06 de outubro de 1978.
BRASIL. Congresso Nacional. Lei número 6.533. Brasília: Diário Oficial da União, 24 de maio de 1978.
BRASIL. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais: (5ª a 8ª Séries). Secretaria de Educação Fundamental. Brasília: MEC/SEF, 1998.
KUSNET, Eugenio. Ator e Método. Rio de Janeiro: SNT / MEC, 1975. LEHMANN, Hans-Thies. O Teatro Pós-dramático. São Paulo: Cosac & Naif, 2008. MAIA, E.M.
Ribeiro, Ademario. Oficina de Teatro Itinerante: OITI/PROESA. Simões Filho: Editora do Autor, 2005
_____. Pescando na Baía de Aratu – A bomba na rede da teia. Simões Filho: Editora do Autor, 2001.
_____. Poética Poranduba - Eco-Étnica. Salvador: Editora do Autor, 2001.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Hist%C3%B3ria_do_teatro Acesso em 24.04.2011
http://uniaopaisccaparica.fersap.pt./planoanuam/arquivo/atores/4/.html Acesso em 24.04.2011
http://www.google.com.br/imagens - Acesso 26.04. 2011

5 comentários:

  1. Mano Ademario: que lindeza de intervenção teatral. Parabens pra Leu e Zelia que compartilham dos seus sonhos. Parabens pra você também. Adorei a máscara amarela e florida exposta por uma das alunas da oficina. É isso aí. Existem varias maneiras de se lutar pela Paz, pelo lugar no mundo. A sua oficina é uma das maneiras. Que Ñanderu e os Orixás nos acolham. Graça Grauna Grão

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  2. Valeu, mana GG! Contei por aqui muitas das nossas histórias. Você, por exemplo, já serviu de referências para nossas intervenções e prospecções nas Bandas do Semi-Árido!

    Viva a Arte! Viva seu Povo! Viva seus Mestres!

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  3. Ademario,

    As marcas de sua passagem por aqui não serão apagadas por um vento qualquer, as asas que despontam n@s menin@s indicam a perda do medo do vôo.

    Muitíssimo obrigada por nos ceder este espaço.

    Abraços
    Leu

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  4. Olá querida pessoa, já tentei publicar comentário umas 3 vezes e não consigo, vejamos se desta vez a coisa anda...

    Ademário fico feliz em saber que a luta pela quebra das limitações individuais e sociais continua, é preciso mais ações como esta que conduza o individuo para novas experiencias, ampliando os horizontes e desenvolvendo uma visão diferente, ou diferenciada (tá namoda né?).

    Altair Ramos

    Abraços

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  5. Leu, muito querida companheira, eu que agradeço ter tido a honra e alegria de ser acolhido por vocês e daí -, alimentei minha lamparina para clarear outras travessias e brumais. Fiquei muito comovido de estar com tod@s vocês -, carrapichos existenciais em minh'alma caatingueira!

    Beijos!

    Altair, poeta-amigo-águia, muito grato por tua visita sempre generosa, abraço aberto e apertado. Nunca em minha história encontrei tanto desencontro como nessa última década de encardida, multifacetada, perversa e maldisfarçada "política". Havemos de prosseguir, né camarada, mesmo que a travessia do tempo-espaço esteja nos espremendo, asfixiando? Viva Thiago de Mello nos alimenta: "Faz escuro, mas eu canto!".

    Inté breve!

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