terça-feira, 11 de maio de 2010

Fronteira - Minha Família



POESIAS E PENSAMENTAÇÕES ACERCA DA MINHA FAMÍLIA

I
Meu pai, Alberto Severiano Ribeiro, nasceu em Mundo Novo, na localidade de Covão, hoje, Indaí, em 21/11/1901.

Minha mãe, Amélia Souza Ribeiro, nasceu em Miguel Calmon, na localidade depois conhecida por Cabral, em 27/01/1917.

Tiveram desta união 8 filhos: Albertina, Almira, Áurea, Angelita (falecida), Almiro, Adelmo, Adelmira e Ademario (eu, o caçula).

Ele era ourives e lavrador. Viera de Mundo Novo para consertar/colar/emendar panelas, tachos, corretes, relógios e se consertou com minah mãe Amélia.
Ela, lavradora. Nascida como seus antepassados, em solo Payayá, e que depois passou a ser dos que vieram "danar", entre outros de outros a se aventurar. Sonhava ela - minha mãe - tocar violão. Por preconceito do seu pai, jamais chegou perto de um. Sem saber disto ou “elaborar” isto, mas como obra do fantástico me tornou um artista?
No título de eleitor do meu pai sua prpfissão consta "artista", talvez porque naquela época o ourives era ação de um artista ou algo próximo. Ele também era lavrador e garimpava as serras de Jacobina.

II

Ainda devo aos meus irmãos, pelo menos uma poesia para cada. Numa porção de poesias eu os vejo, eu os ponho ali. Todas as minhas poesias estão cheias deles.

Aos meus pais tenho dedicado mais. Você lerá algumas logo agora. Mas, antes quero revelar que eu faria muita poesia para Áurea. Todas as poesias à ela seriam para falar que ela é a cumeeira da família e que sua bondade para conosco é coisa rara de se ver.
Fico, porém devendo à cada deles um comentário poético. Talvez eu escreva que Adelmira é doublê de ranzinza e brincalhona. Tem uma coragem de Dadá, mulher de Corisco. Adelmo foi um menino que cresceu muito rápido tornando-se um homem muito cedo para assumir as responsabilidades deixadas por nosso pai quando eu foi morar no Eterno. Almira que casou com chefe de Estação Ferroviária, Eulálio Leal -, foi para longe pongada na garupa do trem do seu marido e hoje mora solitariamente com um dos seus 7 filhos, na cidade de Simões Filho. Abertina acabou de vencer a morte várias vezes com umas cirurgias malsucedidas. Almiro, uma excepcional figura nos dois sentidos: pelo lado da medicina e pelo lado do admirável mesmo. Angelita, como diz o início do nome: um anjo que se apressou para acompanhar seu marido, um pedreiro. Talvez estejam construindo na outra dimensão... e eu, estou fazendo aqui o que mais gosto de fazer: vagabundear com as palavras que escrevem vidas e fazem a gente ser gente e se emocionar. Ser humano é um ente que se emociona.

III

UMA POESIA. OUTRAS VIRÃO.

NA CAPANGA DA ALMA CABOCLA
In memoriam dos Payayá – Senhores primeiros da Região e ao meu pai, Alberto Severiano Ribeiro;
Para Minha Mãe: Amélia Souza Ribeiro.


NASCI NO SERTÃO, pátria corumbá (1)
Meu Pai nas noite di maió inquietação,
Iscapulia das cunversa i causos.
Abria batia aboiava porteira i ânsias
I in seu Cavalo-Cor-di-Sonhos, \
fundava casco
I discambava p’rasserras diamantinas!...

Derna o cocorocô do galo
O novo dia s’aprochegava
I era hora dis’arribá p’ro eito
Di milho, mandioca i feijão!

Quano o sol s’arriava p’ros confins,
Minha Mãe iscorava u véi rancho
I tudo quetava no mundéu caipira!...

C’a noite montada num trote manso
Meu Pai disapiava no Terreiro das Histórias
C’un seu Cavalo-Cor-di-Sonhos!
Rancava do alforje i do palavreado
Tanta ventura di onças,
calumbis i bois incantados
C’ua força sertã di jequitibá!

Hoje, transplantado, transfigurado,
tapeado no concreto da ferocidadegrande,
Minh’alma capangueira di canarin aperreiada, ispavorida canta:
- “...cavalo doido por onde trafegas,
depois que vim parar na capital,
me derrubastes com quem me nega,
cavalo doido, cavalo de pau!”*

NOTA: Lugar ermo, esquisito. * Letra e música de Alceu Valença. No mais, subdialeto sertanejo.

quinta-feira, 6 de maio de 2010

Fronteira Indígena - Índios & Índios: uma pluralidade

Semana da Consciência Indígena – Abril 2011
O CEPAIA - Centro de Estudos dos Povos Afro-Índio-Americanos, da UNEB, realiza entre os dias 18 e 20 de abril a Semana da Consciência Indígena, evento alusivo à celebração ao Dia do Índio.

O evento contou com a parceria da Associação Nacional de Ação Indigenista - ANAÍ. Para a mesa redonda no auditório da Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas da Universidade Federal da Bahia – UFBA, na Federação – São Lázaro, em Salvador. Para esta parte da programação convidei o cacique Juvenal Payayá. Fui com minha esposa Natalina Bomfim e nosso filho Yã Bomfim Ribeiro.

Presidiu a mesa redonda a Profª Drª Maria do Rosário Gonçalves de Carvalho. O antropólogo José Augusto Laranjeiras Sampaio, o Guga, como é carinhosamente chamado por amigos e colegas, fez a abertura focando entre alguns aspectos históricos alguns dados demográficos quanto as evoluções e lutas por retomadas e afirmações dos povos indígenas, destacando as ações entre os Potiguara e os Kiriri entre as décadas de 70 e 80, respectivamente.

Os convidados para a mesa foram Glicéria Tupinambá e seu irmão, o cacique Babau Tupinambá, que vivem na Serra do Padeiro, município de Buerarema na Bahia. Eles se tornaram bastante visibilizados por estarem sendo criminalizados em virtude do “modo de luta Tupinambá”, digo, por lutarem pelo cumprimento dos direitos que estão sendo negados – como o direito de viver em suas terras – onde vivem desde os tempos antigos onde seus ancestrais “nasceram os dentes”.

Glicéria, liderança feminina entre as mulheres Tupinambá destacou que o direito não se negocia e que estão sendo criminalizados porque buscam por seus direitos. Babau que passou por 8 penitenciárias, dentro e fora do Estado da Bahia, ficou preso em um presídio de segurança máxima, citou sobre a liderança Pataxó, Joel Braz que não pode vir a este encontro por motivos de segurança. Babau falou de projetos de roças, educação, centro de informática, dos valores culturais e espirituais, inclusive de os Tupinambá são apenas 20% matéria e 80% por conta dos Encantados e para estes que eles vivem e lutam.

O pensamento-chave que marcou a posição dos participantes da mesa e dos presentes no plenário é de que há em nossa sociedade (ainda) um preconceito de os índios não têm um lugar no presente e que devem se contentar com seu um lugar no passado. Que pena que com este conceito se manda matar, espoliar, criminalizar, em pleno séculos XXI – todo(a)s aqueles e aquelas que não foram extintos, mas que, “aldeados”, “moídos”, “dissolvidos”, “assimilados” assumem a sua identidade étnica e lutam por seus direitos legítimos num Estado democrático.

A fim de que tenha a mobilização indígena, mais fóruns de discussão, reflexão e ação, Babau disse nesta mesa redonda que tem muito interesse em articular os parentes de todo o território brasileiro, inclusive caciques e outras lideranças. Um destes encontros já está previsto para acontecer em Brasília – DF.


Enfim, há que se agilizar a demarcação e desintrusão de terras indígenas e que acabemos com a crescente criminalização de lideranças indígenas, quer na Bahia e demais Estados do território nacional.

Sobre as comemorações a antropóloga Celene Fonseca, integrante da comissão organizadora do CEPAIA, assevera: “Comemorações são importantes quando acompanhadas de reflexões sobre o tema. Nessa semana, nosso objetivo é debater a real situação dos índios na atualidade. Não basta colorir os rostos das crianças com pinturas faciais que lembram os indígenas. É preciso refletir sobre a situação dos povos originários e o seu lugar na sociedade brasileira”.

A programação contou com outras atividades, em outros espaços da capital do Estado, entre estas, a palestra “Os povos indígenas na Bahia” ministrada por Nádia Acauã Tupinambá, representante indígena no Conselho Estadual de Cultura.

A Semana da Consciência Indígena contou com apoio da Secretaria Estadual de Cultura (SECULT), da Fundação Cultural do Estado (Funceb), do programa Educação e Profissionalização para a Igualdade Racial e de Gênero (CEAFRO) da Universidade Federal da Bahia (UFBA), do Espaço Cultural Pierre Verger, da Associação de Arte, Meio Ambiente, Educação e Idosos (Amei) e do Cineteatro Solar Boa Vista.

Fonte:
http://www.uneb.br/2011/04/15/cepaia-promove-seminario-em-celebracao-ao-dia-do-indio/

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UNS ÍNDIOS*

Uns índios pera aí,
Outros pequeninos nordestinos,
Outros tantos com destinos-norte na Calha da Morte
Pelas beiras, beradêros, caatingas,
Ribeiras, brenhas, babaçuais,
Manhas, manhãs e margens...

Uns grandes como os xinguanos,
Outros xingando e de bordunas no ar!
Outros tantos como Eliane Potiguara e Graça Graúna,
Mais outros como Daniel Munduruku e Marcos Terena...

Uns como Babau Tupinambá e Juvenal Payayá,
Outros como Raoni e Sapain,
Tantos outros como Tuira Kayapó e Maninha Xukuru
Todos e todas índios e índias
Diante das lentes, códigos
Lupas, gráficos e DNAs manobrando,
Girando, prospectando e decidindo
O que somos - o que querem
Que sejamos...

Uns e outros tantos índios e índias
vão descendo – subindo - margeando
Rios, pontes, viadutos, estrelas
Ciências, velocidades, aquisições cognoscentes
Violências, tecnologias, redes
Estupros, inundações, vilanias
Transposições, viadutos, teses...

Todos e todas transmutando os Peris e Iracemas
Em todas as dimensões:
Sólido, gás, líquido, átomos, palavras,
Alma, cor, gesto, cheiro
Sombra, luz...
(e serem e são: magníficos!)

Da ação, sim, da permanência, sim,
Do não estar oculto, sim,
Mas nas trincheiras, nas arapukas,
Nos rituais... eles e elas
Proscritos "Wirás", obstinados "Wirás"
Pelas beiras, beradêros, bugreiros,
Caribocas, caboclos,
Manhas, manhãs e margens...
Eles estão e estarão por aí
E por aqui!
Abá am iõ te!
“Índio vai continuar de pé!”

(Ademario Ribeiro)

ÍNDIO TEM QUE...

Índio tem que
botar o pé na massa
na estrada
na universidade
na ancestralidade
no tribunal
nas cotas!
Chega de pés em suas costas
ou de lhe virarem às costas
ou de lhe negarem as cotas

Índio tem que
botar p’ra correr
os que lhe roubam
- a mulher
- o filho
- as plantas
- as aves
- os bichos
- a terra
- a língua
- o sagrado
- o profano
- o sangue...

Índio tem que
se representar
não só se apresentar
como artistas natos
suas plumagens e pinturas e artesanatos...

índio tem que
sair da mata
fazer acontecer
porque senão
não vai acontecer...

Só vai acontecer
se índio
botar o pé
meter a borduna
botar o saber p’ra circular
contextualizar
retomar os rituais
a antropofagia
e meter a cara
a boca
dar a louca...

“Eles” meteram o pé
meteram a cruz
meteram as doenças
meteram o canhão
meteram o machado
meteram o trator
meteram as multinacionais
meteram a transposição
e são cheios de nhen-nhen-nhen!!!

Não somos a favor da revanche
nem à favor do desmanche
mas sabemos que o que era tudo teu
agora é de “todos” que aqui estão
e têm alguns que
já meteram a mão no rio,
no mar, na terra,
na lei, na bíblia, nos planaltos
e estão fazendo de tudo
para que “tudo” seja só deles
e há outros que deveriam ser
aliados como no passado de Pindorama
mas estão confusos pensando que
“a farinha é pouca...”
que é “tempo de murici...”

Mas eu digo que ainda é tempo
de mojar cecê! “unir o que foi cortado!”.
Nda s-ar-i abati ranhé!
“a espiga ainda não tem milho!”
Mas estamos no potyrõ:
nos adjutórios, mutirões
e é possível (ainda)
um pedaço p’ra tua gente
p’ra teu guri, curumim, mitã, kunhãtaí,
kybyra, anama, anakã ou ramuia!

Se um dia todos acordarem
deste sono que a serpente atiçou
ou da ganância voraz que a serpente envenenou
entenderemos que não precisamos partir,
apartar - e aí, virá o reino da yby mara-e’yma:
“a terra sem males” de todos os povos!

Índio tem que meter
Então que meta a sua meta
meta apito
meta borduna
meta o que puder
afinal, “eles” nunca tiveram pena de você.
Você até vestia e ainda veste pena
e pode despenar “eles”
e fazer um dabacuri
em pleno século XXI
ou você incorporou a pena cristã?!?!?!

A terra sem males está
para todos, enfim,
p’ra você,
p’ra “eles” e “elas”,
para juntos construirmos
os sonhos sonhados de todos os povos
do mundo inteiro!
este mundo é possível!

Não espere
não desespere
é só você continuar
neste movimento de pé ante pé
por aí, por aqui, por lá
em todo lugar
afirmando quem você é
o que você quer
porque você sabe quem você é
e sabe aonde quer chegar!

Índio tem que!

Abá am-iõ-te!
“Indio vai continuar de pé!”

(Ademario Ribeiro)







Eu, Ademario Ribeiro, teatrólogo, poeta, diretor teatral, pedagogo, ambientalista, presidente da ONG ARUANÃ, originário das Terras dos Payayá, semelhante à Graça Graúna, sigo seus passos, sua fé, sua luta e aos muitos outr@s escritores(oras) da Lista de Literatura Indígena, reiterando o sentimento e as boas palavras da COIMI/NE e Secretaria Municipal de Políticas Públicas de Mulheres e Minorias, a respeito da chapa para presidência da FUNAI:

1º - MARCOS TERENA,
2º - MEGARON TXUKARRAMÃE,
3º - GEREMIAS XAVANTE,
4º - PIRAKUMAN YAWALAPITI,
5º - FERNANDA KAYGANKANG,
6º - AILTON KRENAK E ALVARO TUKANO.

A AFUNDAÇÃO NACIONAL DO ÍNDIO não tem mais tempo/espaço para funcionar em nosso país da forma que vinha ao longo de tormentosas décadas, conivente com as práticas antiindígenas. Basta!
Abá am iõ te!
Índio vai continuar de pé!

Miguel Calmon/Chapada Diamantina/Simões Filho/RM de Salvador, 19 de maio de 2010
Ademario Ribeiro

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Índios e Índios

- Índios do século XVI que foram mais que civilizados nos primeiros momentos da "conquista" e em troca foram exterminados;

- Índios da literatura romântica:"os bons e puros". Aqueles que foram poetizados e poetizáveis e que ganharam nomes nacionais, etc.;

- Índios, I juca pirama, que Gonçalves Dias, traduzia como: "O que há de ser morto, e que é digno de ser morto";

- Índios, as vítimas da selvageria da invasão e conquista; da selvageria do capital e seu lucro sem meios; da selvageria de alguns apóstolos e seus papas;

- Índios, aqueles intrusos e malditos pelos latifundiários que foram os intrusos nas terras milenares dos índios. Que ironia não é? Quem invadiu quem?

- Índios, os urbanos que são as vítimas dos esbulhos, das grilagens, das liminares forjadas, da inoperância da FUNAI e de outros órgãos dos governos;

- Índios, aqueles que entraram espremidos nas cotas;

- Índios, aqueles que por pouco não seriam incluídos nos estudos na sua pátria/continente de Pindorama/Abya Yala e que precisou alterar uma lei e criar a Lei 11.645/08;

- Índios, os atuais. Um misto de índios ainda nas matas, nas cidades, nas universidades. Índios cineastas, índios online, índios pilotos de avião, índios com radares e satélites, índios aculturados afirmando serem índios apesar da roupa, da cor da pele, dos óculos, do bigode - excluídos pelos escopos e gráficos midíocres de serem índios, de serem mestiços, de serem negros, de serem brancos, de serem gente.

Vozes que não se calam:

"Que tragédia é esta que cai sobre todos nós?";

"Apesar da minha roupa/também sou índio";

“Quem me dera
Ao menos uma vez
Como a mais bela tribo
Dos mais belos índios
Não ser atacado
Por ser inocente...

Nos deram espelhos
E vimos um mundo doente
Tentei chorar e não consegui”.


ÍNDIOS EM VALENÇA? VENHA CONFERIR!

Com este importante e emblemático tópico-tema-provocação, Marcos Aguiar do Projeto Índios na Cidade, da ONG Opção Brasil, convidou-me junto ao Juvenal Payayá e Elton Terena, a contribuirmos com algumas atividades na cidade de Valença – na Costa do Dendê, Estado da Bahia, nos dias 23 e 24 de janeiro de 2010. O translado, acolhimento e hospedagem por conta do CEADDH – Centro de Estudos Avançados em Defesa dos Direitos Humanos, do qual tivemos a presença sempre marcante da sua presidenta Drª Elisabeth Barbosa, dos membros do CEADDH e dos acolhedores habitantes valencianos.

Contamos com a contribuição da pedagoga Natalina Bomfim Ribeiro, especialista em tutoria em EaD, especialista em metodologia do ensino superior, pesquisa e extensão em Educação e coordenadora da ONG ARUANÃ e da economista Edilene Payayá, coordenadora da Associação dos Moradores e Amigos de Morro do Chapéu. Além de algumas presenças destacadas da cidade de Valença, contamos também com o Prof. e Escritor Edgar Otacílio que nos ofertou o seu último livro intitulado “Valença”. Um mosaico que apresenta este município e região dos primórdios aos dias atuais.

Vejamos a Programação

Índios em Valença? Venha conferir!!!

Sábado, 23.01.10 – Turno vespertino
1. - Patrimônio cultural dos povos indígenas no Brasil
a) tradições, brincadeiras, jogos, etc.
Na Roda: Ademario Ribeiro, Elton Terena, Juvenal Payayá e Marcos Aguiar.

b) A importância da língua tupi e sua contribuição à língua portuguesa falada no Brasil – Ademario Ribeiro;

2. - Povos Indígenas na Bahia: ontem e hoje;
a) Brevíssimo sobre as diásporas. Confronto com os colonizadores. Extermínio, debandada dos sobrevividos;
b) Resistência e ressurgidos.

Na roda: Ademario Ribeiro, Elton Terena, Juvenal Payayá eMarcos Aguiar.

Sábado, 23.01.10 – Turno vespertino
3. - Direitos Humanos com enfoque para os povos indígenas - com debate.
Na roda: Ademario Ribeiro, Edilene Payayá, Elisabeth Barbosa, Elton Terena, Juvenal Payayá, Marcos Aguiar e Natalina Bomfim Ribeiro.

Domingo, 24.01.10 – Turno matutino
4. - Oficinas das línguas Tupi e Terena – Ademario Ribeiro e Elton Terena;
5. - Feira de artesanato;
6. - Rodas de conversas;
7. - Encerramento com elementos temáticos das Oficinas e com um toré.

Rápidas considerações

Valença e seu entorno são conhecidos internacionalmente como Costa do Dendê. Aquela da qual se deram notas de “terras descobertas” desde as primeiras povoações do Brasil por não-índios quando, por volta da “terceira década do século XVI, o Martim Afonso de Souza, militar e administrador colonial português, a mando do rei D. João III, O Colonizador, comandou uma expedição de cinco navios (1530-1533) com a tríplice missão de explorar a costa desde o Maranhão até o Rio da Prata, impedir o comércio de pau-brasil pelos franceses e fundar os primeiros núcleos lusitanos no Brasil quinhentista”...

Região que seduz a visão para seus rios, vegetação exuberante de mata atlântica, manguezais, saveiros e barcos e localidades paradisíacas como Guaibim e Morro de São Paulo...

Podemos voltar a este evento para algumas minúcias, tais como a toponímia da região e para destaques ao povo atual sem esquecer seus habitantes milenares como os Aymoré e Guerém.

OS HOMENS BONS

Já pensou se a gente começasse por dar nomes aos bois na história que precisa ser reescrita em nosso país? O que poderíamos apresentar sobre os que foram chamados de “Homens bons”? Quantos fidalgos, religiosos, militares, políticos se esconderam sob esta alcunha!!! Comecei a fazer um listinha – como ficou grande – e uma dor a maior se assomou de mim! Quanta gente foi enganada, escravizada, hostilizada, humilhada, estuprada, etc. por estes “Homens bons”... Meu Deus!!! Não tenho forças para editá-la agora. Fica para outra oportunidade!...

HOSPITALIDADE E VISIBILIDADE

Mas, voltando ao evento citado acima, os valencianos receberam muito bem os convidados para discutirem o tema proposto: “Índios em Valença? Venha conferir!”. A Opção Brasil e o CEADDH foram muito felizes a fazerem esta proposição e, inclusive para lá de corajosa -, haja vista o passado desta região que em relação aos aborígenes que foram massacrados, exterminados e no mínimo admoestados a serem o que eram e de estarem milenarmente onde nasceram. Estes aspectos até que foram “abrandados” em virtude talvez do grande assédio sobre os convidados que repito, fomos muito bem acolhidos. Os “ilustres” convidados. Esta era a palavra na boca do povo da cidade para se referir aos índios e aos indigenistas ali presentes no evento. Havia um respeito, uma admiração, um cuidado! Eles vieram mesmo CONFERIR! Auscultar, escutar, chorar, abraçar o índio dos livros, os índios das mídias, os índios sob as várias facetas e talvez tenham em muito vindo reencontra-se com o índio em suas entranhas, em seu sangue, nos seus olhos rasgados ou sem qualquer relação à fenotipia: mas, vieram, sobretudo reencontrar-se com os índios que são o Brasil em nós. Por mais que a “máquina-mania de apartaides” e que se esconde e sobrevive sob vários disfarces e manobras e nos amesquinhem, os índios em nós brasileiros, ainda resistirá:

Abá am iõ te!
“Índio vai continuar de pé!”


Para reflexão, este poema ainda não terminado foi iniciado lá neste Encontro de Valença!

DAS TERRAS INVADIDAS E SEUS NOMES TUPIS E CATÓLICOS
OU
REALIDADES E IGNOMÍNIAS DESCOBERTAS


“Nunca houve um documento
da cultura que não fosse, ao mesmo
tempo, um documento da barbárie.”
(Walter Benjamin)


...ELES, IGREJAS, GADOS E LUCROS...

...E eles foram chegando
E a gente combatia
A gente se afastava
Se entregava
Ou se deixava atraído
Traído ou morria...

Ai eles foram fincando as suas cruzes
E deixando atrás a fumaça e a cinza
Das nossas habitações incendiadas
Seus negócios prosperando
E nossos corpos enfileirados no chão jazendo
E as igrejas iam construindo
Pregando suas cercas que corriam léguas ligeiras
E o gado ia entrando
A gente se afastava
Se entregava
Ou se deixava atraído
Traído ou morria...

E os engenhos moendo canaviais sem fim
E o mel era um fel
Dentro dos meus ancestrais
E ainda incorporado em mim
Em ti

As gentes de Ituberá,
(salto brilhante)
As gentes de boipeba
(cobra de cabeça chata
ou a de tartaruga do lugar)
Kirimurê,
(flauta harmoniosa, silenciosa
E tudo o mais conhecido na história
Na memória do que viria a ser Brasil.

Tudo que era sagrado e natureza
Foi mudado de nome e dono ou exterminado!
Em seus lugares ergueram palácios e casarões,
Usinas e os engenhos,
Igrejas e as riquezas e tudo o mais
De ouro e prataria e especiaria
E consagraram-lhes como:
Monte Pascoal;
Ilha de Vera Cruz;
Terra de Santa Cruz;
Porto Seguro;
Alto do Amparo ou do Socorro;
Vitória da Conquista;
Colina do Senhor do Bonfim;
Valença...
O que esperar de uma história em que piratas são
Nominalizados de fidalgos?
Em que exterminadores, usurpadores e estupradores são “homens bons”?

Mas haverá um tempo
Em que o céu vai clamar
Pelo rio seco
Pelo arvoredo sucumbido
Pelas minhas pajelanças demonizadas
Pelo sol em pino
Em desatino da insolação
Pelas abolições só de papé e pabulage
Pelo progresso que se fez avançar
Sobre o nosso viver – o qual
Não dependia deles
Pelas indústrias que só torraram as matas
E poluíram as águas
Pela mão da criança estendida
Como mendigando ou assaltando

É chegada a hora de tudo descer
De tudo ser revelado:
As profecias estão se cumprindo
E o humano retornará
Ao ventre da Mãe Terra
Para uma nova caminhada
E para a sua purificação final!
(Ademario Ribeiro)

Agradecemos à querida Amanda, pedagoga desta cidade, a gentileza do envio das fotos alusivas àquele momento e à Natalina a socialização destas.






















Fronteira da História & Cultura - Marco III - ONG ARUANÃ




SOBRE OS PORQUES DO "PREFÁCIO"

Vários textos já escrevi sobre o Município de Simões Filho, Estado da Bahia, na tentativa de contribuir pelo resgate e valorização da sua história, cultura, educação, economia, cidadania, meio ambiente, etc. Aqui, aproveito-me deste espaço para oferecer o prefácio abaixo em virtude do livro no qual ele está inserido ter sido publicado com edição reduzida em analisando o número de escolas e instituições existentes no município - assim como pela busca constante por estudantes, professores, pesquisadores, empresas e governos sobre aspectos referentes à história deste município.

Eu e Sr. Apolinário, hoje com aproximadamente noventa aninhos e morando fora da cidade - temos sido convidados a palestrar sobre este tema. Enfim, para cobrir um tiquinho esta grande lacuna no que diz respeito ao resgate e valorização da História de Simões Filho, antes Água Comprida, distrito de Salvador e, muito antes, incrustada no século XVII era a região conhecida por Cotegipe. Veremos isto em seguida e nos meus dedinhos de prosa (textos) que ainda pretendemos publicizar aqui em PensamentAções & suas Fronteiras.

Boa leitura, e, se quiser, indique e comente.

AR

PREFÁCIO

(Livro História Comprida de Antonio Apolinário da Hora).

As histórias oral e escrita de Simões Filho não diferem entre si – delas se conhecem detalhes e vieses. Quando muito, encontramos poucas fontes e minutas referências. Muito do que teve e tem este município, podia e pode ser propulsor de crescimento e desenvolvimento – porém, enquanto, perdurar a mentalidade fragmentadora, mais o alheamento –, estes descaminhos vão dar numa encruzilhada, – comprometendo o tecido sócio-cultural, o humano e a sua cultura e nesta perplexidade as gerações que já nos avizinham.

Município bem servido pela natureza: colinas, tabuleiros, rios e matas que se juntam aos manguezais da Baía de Aratu, espécies de restinga e remanescentes de mata atlântica denotam um cenário de integração bafejado pelos ventos marinhos. A nossa terra foi habitada por etnias da grande massa dos Tapuia* nos primórdios de Pindorama e bem antes da colonização, pelas etnias de linhagem dos Tupi com a predominância dos Tupinambá, que tiveram participação nas lutas pela consolidação da Independência do Bahia em 2 de julho de 1823, ao lado dos africanos e brasileiros, que almejavam um Brasil livre da tirania.

Do Forte do Barbalho saíam as grandes boiadas pela Estrada Geral do Sertão, antes passando sobre a Ponte das Boiadas, situada na estratégica falha geológica, ali nas imediações do viaduto da BR 324 e da ponte ao lado, atravessando e alcançando outros estados. Resgatar esses rasgões no tecido histórico é respeitar esse passado e a identidade, oferecendo ao presente uma contribuição cidadã, promovendo um futuro promissor.

Não só dos habitantes seculares, mas resgatar as manifestações populares e artísticas daquele período até os nossos dias, aqui introduzidas com a chegada dos imigrantes portugueses e africanos e os migrantes de vários pontos do país, principalmente do Nordeste, Sertão e Recôncavo baiano.

Bumba-meu-boi, ternos de reis, lindro amor, maracatu, rezas, simpatias, artesanato e violas e tambores que “vestiam” de sons e percussões as danças, inclusive a Dança de São Gonçalo, e seu conjunto de saber herdado por Seo Mathias, (de saudosa memória) dos quilombolas da Fazenda Mocambo seus ancestrais do recôncavo, em Pitanga dos Palmares.

Os folguedos, rezas e cultos que se comunicavam pelo Oiteiro, Dambe, Cotegipe, Muriqueira (atual Góes Calmon), Matoim, com fiéis e cortejos de populares do Recôncavo e da Região Metropolitana de Salvador. Os migrantes perderam as fazendas e engenhos e se foram para a capital ou para o sul do país. Foi um fluxo e um refluxo –vinda e ida, – retirada e debandada. A cidade e a cidadania estonteiam! Cadê as Grandes Boiadas com sua Estrada e sua Ponte? Cadê o Ipê-do-Brejo que tinha aqui? Cadê os Povos que cultuavam ao redor daquelas Gameleiras (Iroko-Ioko-Tempo) na estrada dos Eucaliptos e que é “morada” de um Orixá ou Encantado, marcando, assinalando um tempo místico e mítico? Cadê o Rio Joanes, agonizando com o seu assoreamento, mas ainda “servindo” várias cidades? Cadê as palmeiras imperiais e remanescentes da mata atlântica na Unidade Ecológica de Cotegipe?... Ciranda, cirandinha, vamos todos resgatar?!...

Mapear esses mananciais, riquezas folclóricas e artísticas. Desenvolver projetos de arte, cultura e educação a partir da história e da geografia de Simões Filho que já foi Água Comprida e que bem antes era Cotegipe: Caminho das Cotias. Fazer uma “ponte” entre as ruínas da Paróquia de São Miguel de Cotegipe e do cais à sua frente, Igreja construída em 1608 pelo quarto bispo do Brasil – D. Constantino Barradas. Os manguezais, os tantos rios, lagoas, lagos e cachoeiras. Associar esta valorização a programas de educação ambiental que contemplem estas questões, preservando e educando a sociedade para uma ação proativa e de consciência eco-histórico-cultural. A cidade é de todos. Desde o período das tribos primevas até às tribos que ainda estão chegando. Mesmo com sua geografia acentuada e descarrilada a sua história, é preciso sonhar, desconstruir e reconstruir o Município sem a sanha das Aves de Arribação: Xô! Xô desalmado carcará! “Trocar o logus da posteridade pelo ‘logo’ da prosperidade : …” (Gilberto Gil).

A municipalidade é a pulsação da sociedade. A contemporaneidade exige o resgate dessa herança, a construirmos sua face identitária com sua pluralidade e diversidade, pois, como esfinges, - as Gameleira e as Três Pontes, - nos inquirem, tomada de rumo e garantia de afirmação!

Desta comprida história, existe um obstinado homem, Sr. Antonio Apolinário da Hora, Seo Tuninho, que entre o atendimento a um freguês e outro, vivia anotando, escrevinhando, rascunhando estas tantas pernas e rasgões no seu Bazar Estrela. Ele que tanto viveu as lutas pela emancipação desta terra ao lado de Hermínio Bonifácio, Walter Tolentino Álvares, Noêmia Meirelles e Altamirando Ramos, oferece-nos neste momento o seu livro HISTÓRIA COMPRIDA – lume aceso de sua ‘lamparina’ sempre azeitada de memórias, seriedade e muito esforço! Sua agenda de serviços prestados a esta municipalidade é quem mede a sua contribuição. Seo Tuninho estava sempre resolvido a trazer para o presente estas páginas e para este livro, - ele fez diversas recorrências: são histórias e mais histórias relatadas com apaixonamentos pela terrinha e sua gente – que fazem-me citar alguns versos da poesia Infância de Carlos Drummond de Andrade: “...comprida história que não acaba mais...e eu não sabia que minha historia era mais bonita que a de Robinson Crusoé !“

Só um líder genuíno não dá meia-volta às dificuldades ou senta-se na pedra esperando a banda passar! Tranqueiras de pau obstruem a sua estrada, mas, a mente não tem fronteiras, e, ele, obstinado, gritou vivas aos Tupinambá, ao Ipê do Brejo, aos Engenhos, aos Ternos de Reis, à Dança de São Gonçalo, à Pedra do Caboclo, ao Milagre de Santa Luzia, ao Dambe e ao Tanque do Coronel! Ele não é nuvem branca, nunca foi Ave de Arribação, (é sim), o que nos escreveu o poeta, Mário Quintana em seu Poeminha do Contra:

“Todos esses que aí estão
Atravancando o meu caminho,
Eles passarão...
Eu passarinho!”.

Esse homem, este líder, merece mais que cortesia (embora carecemos demais de civilidade!), mas de respeito pela sua batalha nesta Terra e pela sua Gente, pela generosidade em memória trazida no seu HISTÓRIA COMPRIDA, - que os sinos dobrem por suas páginas de Resgate e Paixão: Vivamos a Simões Filho que queremos!

Ademario Ribeiro




Broto - Informativo I, Ano 2010.

Palavras iniciais do Broto Informativo

“Broto”. Nosso informativo a partir de agora terá este nome de batismo.

Fazer essa caminhada solidária e geralmente tão solitária. Daqui para frente, não. O sentimento de se trabalhar em rede se amplia. Estamos mais otimistas. Parcerias virão. Simpatizantes virão. Que nossas mãos e corações sejam teares preparando a “rede” e ela se estenderá!

Estamos conseguindo ser o que somos e isto, queremos compartilhar com você. Seja um de nós e ampliemos a rede de benefícios.

O porquê de a ARUANÃ ser a ONG da Transformação

Porque a ONG ARUANÃ tem como logomarca, uma árvore decepada pela moto-serra da ignorância, do desamor, do desfiliamento. Mas o seu “broto” é a esperança. É o que pode ser resgatado, transformado, transmutado. É floração enramando e se encipoando na Teia da Vida!

A ARUANÃ NO DIAS DAS MÃES

Estamos participando neste domingo, dia 09.05 do EcoCiclístico em homenagem ao Dia das Mães, passando por várias comunidades do município. Honrados são todos os que amam as suas mães, por isso aproveitamos mais esta oportunidade para falar do nosso Amor às Mães do Mundo Inteiro, em particular às Mães em Simões Filho e dizer que Mães e ARUANÃ têm tudo a ver. Na sua prática, a ARUANÃ é também uma mãe. Distribuiremos materiais educativos sobre saúde, qualidade de vida e dicas ambientais.

Todo o Amor e Zelo às Mães! Viva as Mães!!!


QUEM É A ONG ARUANÃ

ARUANÃ – Associação para Recursos Ambientais e Artísticos, fundada em 01.10.86, em Simões Filho, Estado da Bahia, CNPJ Nº 40.590.360/0001-69, pessoa jurídica de direito privado, sem fins econômicos, com Utilidade Pública Estadual e Municipal, atua com equipe multidisciplinar nas áreas das políticas públicas com foco para projetos socioeducativos para crianças, jovens, adultos e comunidades em geral, capacitação de professores, educação de jovens e adultos, educação ambiental, manifestação cultural e oficinas artísticas com ênfase para o teatro.

PRINCÍPIO GERAL:

Contribuir para a formação de atitudes e valores que mobilizem e organizem pessoas e coletivos a compreenderem a interdependência humano-natureza, motivando funções sociais cada vez mais responsáveis.

SUA PARTICIPAÇÃO EM ALGUNS COLETIVOS

• Fórum Brasileiro de ONGs e Movimentos Sociais pelo Meio Ambiente e Desenvolvimento - FBOMS;
• Conselho Municipal da Assistência Social;
• Fórum Estadual Lixo & Cidadania;
• Rede Brasileira de Educação Ambiental - REBEA;
• Titular no Comitê Gestor da APA Joanes – Ipitanga;
• APEDEMA - Assembléia Permanente das Entidades em Defesa do Meio Ambiente;
• LIGAMBIENTE;
• Cadastro Estadual de Entidades Ambientalistas – CEEA/IMA...

MENSAGEM:

Não, não tenho caminho novo.
O que tenho de novo
é o jeito de caminhar.
(Thiago de Mello)

Descobrir e reinventar gente é a maior obra da cultura.
(Herbert de Souza, Betinho)

PRÓXIMAS AÇÕES DA ARUANÃ:

A curto-prazo:

- Semana Municipal de Meio Ambiente - Parceiros: SEMAM - Secretaria de Meio Ambiente e empresas sensibilizadas

A ARUANÃ vai oportunizar:

Oficinas de arte educação com: Histórias em quadrinho (HQ), desenhos e pinturas, poesia e teatro.

Onde? - Na Praça da Bíblia, centro de Simões Filho
Quando? – 8,9,10 e 11/06
Público alvo: Para toda a sociedade e prioritariamente para estudantes e interessados em geral.

E, breve:

- Publicações de livros e cartilhas;
- Oficinas de desenhos em quadrinhos (HQ) e de serigrafia.

Não apenas aguarde estas possibilidades! Contribua! Participe!

Contatos com a diretoria da ARUANÃ:
E-mail: aruanasocioambiental@gmail.com